Capítulo 26 - A Traição.

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"Nada fica impune aos olhos de Deus."

Já ouviram essa frase? Então, nem aos olhos de Deus e muito menos aos olhos do Xerife da cidade.

O caos na penitenciária, chamou não só atenção de todos os policiais que estavam lá dentro, como também novamente todas a emissoras de TV.

Uma multidão de pessoas se aglomeravam do lado de fora.

Os questionamentos eram os mais variados de todos ... Como podem ter tanta imaginação?

"Ouvi dizer que uma bomba explodiu lá dentro."

"Eu ainda acho que os presos pagaram pelo os crimes deles. Isso é o dedo de Deus."

"Pra mim isso foi tudo armação. Uma forma de se livrar dos presos sem deixar rastros. Tudo coisa do governo."

"E se for um serial killer e ele estiver solto por Hanville?".

"Serial Killer? Se isso for obra de alguém, essa pessoa é um santo."

Bom, podem ver que os comentários realmente são os mais aleatórios de todos ... Mas, algum estava certo? Receio dizer que não!

O Xerife Jensen caminhava pela penitenciária escura, acompanhado de dois policiais.

O cheiro forte os incomodavam.

Ao chegar no corredor eles viram os corpos mortos no chão e com os olhos todos queimados.

- Meu Deus, o que está acontecendo nessa cidade?! - Sussurrou o Xerife.

Em seu rádio, a voz de um dos policias ressoava.

- Xerife todos os padrões de energia foram destruídos e queimados ... Não há eletricidade no prédio, câmbio!

O Xerife retirou o seu rádio do bolso e o aproximou de sua boca.

- Tudo bem! Consiga pra mim os HD's de registro das câmeras de segurança. Eu quero entender o que aconteceu aqui. - Respondeu o xerife, sendo interrompido por um dos policiais que vinha diretamente da sala de visita.

- Não tem uma pessoa viva nesse lugar. Estão todos mortos, Xerife.

- Todos? Você tem certeza?!

- Bom, só não encontramos uma pessoa.

- Deixa eu adivinhar ... Arthur Blake?

- Exato, Senhor! Olhamos por todo o lugar e não existe sinal do corpo dele em nenhuma parte.

- Entendi, obrigado.

Pensativo, o Xerife caminhou pelo o corredor, passando pelo os corpos ... de algum modo, ele sabia que algo naquele lugar tinha a ver com Arthur. Afinal era o único corpo que não estava lá ... Ou seja meio óbvio!

Essa intuição não iria sumir de sua cabeça até encontrar a verdadeira resposta, porém ... ela estava diante de seus olhos.

Ao entrar na sala de visitas escura e queimada, Jensen ligou a sua lanterna, olhando tudo a sua volta até que sua atenção ser tomada, ao ver o desenho na parede, aparentemente de cinzas, de enormes asas.

- Xerife, tentaremos recuperar os HD's. Levara um tempo, todos os compradores estão estourados. Cambio! - Ressoava a voz no rádio.

Jensen ignorou a voz do seu companheiro e se aproximou da queimadura na parede.

Seus dedos lentamente tocaram nas cinzas enquanto seus olhos via a extensão da queimadura.

Ao apontar a lanterna para a porta, ele viu ao chão uma enorme pena que reluzia ao receber luz.

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