Capítulo 6 - Gênisis.

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A escuridão pairava pela a cidade. Mas, não era um simples apagão.

O colar do garoto adormecido em meio ao penhasco, não sugou apenas a luz ao seu redor, como também impossibilitava qualquer aparecimento de algo que a causasse.

Arthur e Zoe presos dentro de casa tentavam ascender qualquer tipo de luz.

Zoe estendia suas mãos e tentava ilumina-las, o que era inútil, pois a luz se dissipava em fração de segundos.

- Tem algo errado, Arthur! - Disse Zoe, tentando ascender suas mãos várias vezes, enquanto ouvia o som de Arthur mexendo em uma das gavetas.

Zoe ouvia o som da voz de Arthur jogando algo de metal no chão com força, enquanto esbravejava irritado.

- Merda!

Arthur caminhou com cuidado em meio a sala escura, tentando se aproximar da janela, por mais que ele força-se a sua visão, ele não conseguia ver nada do lado fora.

- Arthur? - Zoe chamava por seu nome.

- Eu já vi isso antes! A cidade toda está escura. - Disse Arthur até ser surpreendido por um cão que pulou em sua janela, latindo e rosnando furioso, enquanto o susto o jogava para trás.

Zoe no mesmo momento materializou a sua lança e se pôs de modo de ataque, abrindo rapidamente suas asas dentro da casa.

- Que porra é essa?! - Sussurrou Arthur se colocando de pé e se apoiando em um dos móveis.

- O que está acontecendo Arthur? - Questionava Zoe, se virando lentamente enquanto ouvia o som da madeira da casa ranger.

- A última vez que as trevas caiu sobre a terra, desse modo ... foi quando nosso Pai criou esse lugar. - Disse Arthur, ouvindo ainda o som da madeira rangendo e falando logo em seguida sobre a criação.

" - No início, não havia luz, apenas trevas e água caótica, onde o espírito de nosso Pai andava sobre a escuridão.
No primeiro plano de sua maior criação, ele deu ao mundo a luz, separando assim o dia da noite, fazendo logo em seguida a separação dos elementos.

O Ar, trazia consigo o céu coberto por nuvens carregadas, fazendo com que a água caótica de seu mundo se separasse e caísse sobre as planisses secas.

O vento, separava o elemento água de suas planisses, enquanto do chão, rochas se levantavam separando o elemento água, do elemento terra.

A força bruta de suas rochas, combinadas com a água que molhava sua terra, fazia com que a vegetação verde se levantasse e brotasse dos lugares mais improváveis, fazendo com que as nuvens carregadas se dissipassem, se abrindo sobre o céu azul e com estrelas que ainda podiam se ver durante o dia.

Lembro de Miguel, Ele esteve lá com os grandes arcanjos, Gabriel e Rafael, vendo a criação desde o início.

Pelo os mares, o elemento água em busca de vida, criava suas primeiras criaturas, uma vida onde apenas os seres criados por tal divindade viveriam, assim como cada um dos elementos criariam sua própria espécie, assim como a terra com os seres terrestres e o ar com seus enormes pássaros.

Para os arcanjos, a criação de nosso Pai estava completa. Não havia erros, cada elemento tomava conta de sua espécie, mas ... para Deus, ainda faltava ... faltava um ser que andaria sobre terra e levaria o seu nome a diante.

Miguel nunca foi a favor de tal criatura, pois não sabia o que um ser com qualidade quase celestiais poderiam fazer sobre essa nova criação, mas nosso Pai não o ouviu ... e os criou ... os dois primeiros mortais sobre a terra, com prazo de existência, mas com tempo suficiente para seguir o seu plano.

OSC - OS 4 ELEMENTOS //Where stories live. Discover now