VI

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O tempo que Sebastian e a esposa estavam se dando muito bem em Moscou, Clarissa estava tudo o que sempre quis, carreira um sucesso, casos vencidos e o sorriso no rosto das pessoas que ajudava.

Enquanto isso, Sebastian prometeu a si mesmo que ia tentar encontrar o filho, com os seus contatos em Nova York ele tentava achar notícias sobre seu filho. Dois anos depois na sua empresa que trabalhava ele nomeou alguém de confiança para cuidar com ele de tudo. Nesses dois anos ele se tornou um dos melhores arquitetos de Moscou e Nova York(Por seus trabalhos também), cada dia que passava Clarrisa tinha a certeza da besteira que fez de ter dado o seu filho ainda recém-nascido ao orfanato, ela sentia uma vazio dentro de si.

Anos Depois

Ele voltou para Nova York com Clarissa, não só porque ele queria investigar de perto o caso do filho, mas sim porque ele teria a empresa dos seus sonhos. Chegando lá, a antiga casa deles estava bem preservada, por conta que uma amigo muito próximo a eles estava cuidando sobre pedido de Clarissa.

Uma semana depois, passeando pela rua, Clarissa passou em frente ao orfanato que deixou o seu filho, e por coincidência ela encontrou o freira que entregou seu filho.

- Psiu! Oi - Clarissa disse. - Acho que você não se lembra de mim!

- Oi, boa tarde.. O que deseja? - Perguntou a freira.

- Vejo que estou certa, você não se lembra de mim mesmo.. Durante anos, eu deixei um bebê com você aqui. - Ela disse olhando nos olhos da freira.

- Logo a freira percebeu o olhar de Clarissa, esse olhar estava fixo na sua cabeça, ela não esqueceu do olhar desesperador de Clarissa naquela noite. - Espere... Eu me lembro de você, você voltou!

- Sim, sim... Eu voltei, e voltei arrependida do meu enorme erro.. Eu vim pedir que me ajude, Porfavor - Clarissa suplicou. - Sei que me arrependi tarde demais, mas eu quero dar de volta, o sorriso no rosto do meu esposo, dar de volta a vida em mim, se você poder, me conte tudo. - Ela disse desesperada.

- O nosso Deus que é rico em misericórdia, deu a você o arrependimento.. por sorte, eu estou com tempo, e posso contar tudo pra você. - Ela disse sorrindo levemente convidando Clarissa para entrar.

- Porfavor me conte tudo, não deixe de me contar nada! - Disse Clarissa se sentando no banco de balanço.

- Bom, seu filho se chama Bryan Colins, ele teve uma infância muito boa aqui conosco, as mães que vinham diariamente aqui, não sentia o menor interesse de adotar-lo, e ele sempre me perguntava o porque disso? E eu contava pra ele que a mãe que ele tanto queria iria chegar no momento que ele menos esperava. Conforme ele foi crescendo, quando tinha treze anos eu decidi contar pra ele tudo.

- E como ele reagiu? Mal? - Clarissa perguntou.

- Sua reação foi extremamente de choque, e ele perguntou o porque de você ter feito isso e eu disse tudo o que você passava naquela noite com ele nos braços. Disse que você passava, insegurança, e que tinha medo. Medo de não dá o que ele queria, medo de não fazer ele feliz e por isso que ela preferiu deixar você no lugar que tinha tudo o que ela queria que tivesse. E final de tudo eu perguntei a ele se ele iria perdoar a mãe dele por ter feito isso, e ele me respondeu que durante a vida dele ele ia pensar, era muita coisa para um menino de treze anos.

- E agora? Você sabe onde ele está? Eu queria tanto ver ele mesmo de longe - Ela disse com os olhos cheios de lágrimas.

(In)desejo familiarOnde histórias criam vida. Descubra agora