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Acordo no dia seguinte com uma ligação de Helena, ela quer saber se eu vou pra festa mais tarde com ela, digo que vou, apesar de não estar muito animada considerando o que aconteceu na prova do vestido, mas eu já tinha prometido que iria, e eu sou uma mulher de palavra. Aparentemente a festa vai ser Só uma reuniãozinha entre amigos, já que hoje é domingo e amanhã tem aula.

Após fazer minha higiene matinal e tomar o meu café da manhã resolvo correr para me exercitar e também para espairecer um pouco.
Imagens de Laura não saem da minha cabeça, ela sorrindo, me beijando, e até ela irritada é fofa. Uma pena ela ser tão insuportável e mimada.

Voltando para casa paro em um sinal e veja alguém correndo para atravessar, sem saber o que realmente aconteceu me vejo no chão, com uma dor aguda na parte de trás da minha cabeça e uma pessoa em cima de mim pedindo desculpas e logo em seguida correndo. Fui levada ao hospital, quando cheguei meu pai já tava lá e a noiva dele também, fiquei internada, tomei medicação para dor e dormir.
Quando acordo meu pai está sentado no sofá em frente à minha cama.
- O que aconteceu pai? - estou com a voz meio grogue, talvez por causa do remédio
- Um pequeno acidente meu amor - ele responde com a voz cheia de carinho - Um rapaz vinha correndo e bateu em você, você caiu é bateu a cabeça, estava com muita dor e um pouco desorientada, fizemos exames mas não foi nada grave.
- Quando eu posso ir pra casa? - pergunto
- Acredito que se você estiver sentido melho já possa ir, vou chamar o médico - ele fala e sai
Logo em seguida entra Edna e advinha quem mais!? Laura!!!
- Como você tá se sentindo? - Edna me pergunta com a voz carinhosa
- Acho que estou melhor, não sinto mais dor - respondo
Laura apenas me olha, não fala nada. Em seguida meu pai entra com o médico, ele me examina e diz que tenho que tomar uma medicação antes de sair, mas já estou liberada. A enfermeira vem e põe a medicação no soro.
- Vamos assinar os papéis da sua alta tá filha? - meu pai fala e eu apenas concordo com a cabeça, Edna vai com ele.
Ficamos só eu e Laura no quarto, ela tenta não olhar pra mim, mas no fim cede e me olha com preocupação
- Você deveria prestar mais atenção ao andar na rua - Laura fala
- Eu nem sequer estava andando - respondo
- O que foi fazer no parque tão cedo? - pergunta
- Estava caminhando - respondo, fecho os olhos e me movimento lentamente sentindo um pouco de dor atrás da cabeça. Laura se aproxima rapidamente e toca meu rosto
- Você tá bem? Tá sentindo dor? Precisa de alguma coisa? - ela está visivelmente preocupada
Dou um sorriso
- Está preocupada comigo é? - ela fecha a cara e se afasta, não fala nada, Apenas sorrio
Meu pai entra com Edna e logo depois nós fomos pra casa, passamos para deixar Laura e Edna em um SPA. Ligo para Helena, explico o que aconteceu e decido não ir a festa, vou descansar para estar 100% no fim de semana, Edna pode precisar de mim no casamento, e quero muito ajudar.

No dia seguinte de manhã não vou a escola, fico em casa sozinha já que meu pai trabalha, por volta do meio dia escuto a campainha tocar. Atendo e vejo Laura parada com duas sacolas, fico sem reação, apenas paro na porta e a observo
- Não vai me chamar pra entrar??? - pergunta
- Err... Claro... Quer dizer... Entra - minha voz quase não sai, e eu gaguejo bastante, mas deixo ela entrar
- Trouxe almoço pra você - ela coloca as sacolas no balcão da cozinha - E vou almoçar aqui se não for problema pra você
- Tudo bem, estou com fome mesmo - pego a quentinha e os talheres e sento no balcão - senta ai, vamos comer
Laura senta ao meu lado e nós comemos em silêncio. Ao terminar ela me ajuda a lavar os talheres e nós sentamos no sofá da sala
- Quem mandou vc vir aqui? E trazer comida pra mim? - pergunto
- Ninguém - ela responde ser olhar pra mim
- Então...?
- Tia Edna falou que você tava sozinha em casa, e eu tinha tempo livre, então resolvi vir te trazer comida. Algum problema - Ela me interrompe
- Problema nenhum, só é estranho - respondo
Levanto e pego o controle, coloco na netflix
- O que você quer assistir? - pergunto
- Pode colocar qualquer coisa - ela responde
Volto pra me sentar e ela me puxa para o lado dela
- Não precisa sentar tão longe, eu não mordo - fala
Apenas coloco o filme "A barraca do beijo" e ficamos prestando atenção, após alguns minutos de filme percebo Laura me olhando
- Imagina se fizesse uma barraca dessas na escola - tento puxar assunto
- Seria interessante - ela responde - Você participaria? - pergunta
- Acho que sim, mas duvido que alguém fosse pagar pra me beijar - dou uma risada
- Eu pagaria pra beijar você - nesse instante eu encaro Laura, sem saber o que dizer
Ela se aproxima de mim lentamente e quando percebo já estamos nos beijando. Laura passa a mão em minhas costas e desce para cintura, então me puxa para seu colo e põe a mão em minha nuca. Sem perceber começo a rebolar devagar em seu colo e o beijo vai ficando mais quente e molhado, Laura põe a mão em minha bunda e aperta levemente. Paramos o beijo por falta de ar, ela me olha com desejo e sorri, um sorriso diferente, mais safado, então ela volta a me beijar, dessa vez um beijo lento, carinhoso, e aí a campainha toca atrapalhando nosso momento, tento ignorar, mas é impossível, levanto relutante de seu colo, e vou atender.
Abro a porta e vejo Helena, Sheila e Mário, dou um abraço em cada um e mando eles entrarem
- Laura? O que tá fazendo aqui? - Helena pergunta
- Vim trazer almoço para ela, minha tia mandou - responde Laura - Mas eu já estou de saída
Laura saí sem falar com mais ninguém, me olha sorri, um sorriso falso dessa vez, e saí.

Pessoal passou o resto da tarde e uma boa parte da noite comigo, até meu pai chegar, fizemos pipoca, assistimos filmes e conversamos bastante.

Na hora de dormir fico lembrando do beijo, acho que realmente estou apaixonada, mas tinha que ser pela Laura!?

lésbica por acasoWhere stories live. Discover now