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Thomas Maddson

Naquele dia eu não estava tão distraído nos treinos quanto nos dias anteriores. Vez ou outra eu prendia minha atenção no treino das líderes, mas isso não tirou o meu foco.

- Você não está tão ruim assim hoje. - Mike alfinetou, quando o treinador ordenou uma pausa nos treinos. - Mas ainda está distraído. Qual delas te chama a atenção? - Seus olhos foram em direção ao treino das meninas, que havia sido pausado igual ao nosso.

- Nenhuma. - Menti. Mike gargalhou. Eu olhei para ele tentando achar a mesma graça. Não consegui.

- Qual é Thomas, você não precisa esconder. Realmente tem garotas bonitas lá, como Chloe Lincoln, Diana Monroe, Lisa Steell... Aliás, há uma delas vindo aí.

- O que? - Segui seu olhar e me deparei com Diana Monroe vindo em nossa direção. Ela de fato era muito bonita, mas eu não sei se ela fazia meu tipo, ou se eu fazia o dela.

- Thomas, não é? - Ela parou em minha frente, um sorriso de lado tomou conta do seu rosto. Respondi sua pergunta com um aceno. Mike saiu, e eu quis lhe dar um soco por isso. - Você tem namorada?

Wow, que direta.

- Não. - Minhas sobrancelhas estavam fortemente franzidas, em confusão.

- Ótimo. - Ela molhou os lábios enquanto me olhava de cima a baixo. - Já que você não tem namorada - Seus braços se apoiaram nos meus ombros. - e eu nunca vi você com nenhuma outra menina a não ser aquela baixinha de cabelos curtos - ela apontou discretamente para Angeline.- suponho que você esteja faminto... Estou certa?

O quê?

- O que você está querendo dizer? - Eu questionei e ela sorriu mais ainda.

- Eu sei quando um garoto precisa de atenção. E a sua amiguinha não pode te dar a atenção que você merece. - Ela não apontou, mas eu sabia que ela estava se referindo a Angeline mais uma vez .- Eu só estou tentando te ajudar.

Eu levei um certo tempo para finalmente entender o que ela estava me propondo. Fazia tempo que eu não beijava garotas tão bonitas quanto Diana e sinceramente, eu não me importava tanto até eu começar a pensar de mais em Angeline. E isso me incomodava muito, mesmo que não parecesse. Talvez fosse a falta de sexo que estivesse fazendo com que pensasse essas coisas ao vê-la. Talvez eu realmente quisesse a beijar, ou talvez eu estivesse delirando.

- O que você me diz? Eu estou livre hoje durante as aulas, depois delas... Quando você preferir. - Ela estava mais próxima do que antes, seus dedos acariciavam minha nuca.

- Eu não posso matar aula para transar, Diana. Não sou tão inteligente como você.

- Sua amiga não pode te ajudar a recuperar? As notas dela são ótimas e é para isso que servem os amigos, não é? - Ela retrucou. Diana parecia bem empenhada para que aquilo acontecesse, de fato. - Por quê você não me passa seu número para combinarmos melhor?

Ela estendeu um pequeno pedaço de papel e uma caneta e eu ponderei o que aconteceria se eu aceitasse sua proposta ou não. Rapidamente cheguei a conclusão de que as consequências não seriam tão diferentes assim. Anotei alguns números no pedaço de papel e a entreguei.

Seus lábios atacaram os meus no segundo seguinte em um beijo profundo e lento. Suas mãos acariciavam meus cabelos enquanto as minhas cravaram em seu quadril, a puxando para mais perto. Nós nos separamos quando o ar nos faltou.

- Sua boca é uma delícia. - Ela murmurou com seus lábios ainda pairando sobre os meus.

Eu mal tive tempo para pensar em uma resposta.

The Unimaginable Where stories live. Discover now