Cap. II - Depois do Impacto

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- Eu sinto muito! Deixe eu te ajudar. — Henry disse assim que se aproximou da moça estendendo a sua mão para ajudá-la a se levantar.

- Obrigada. - A voz de Diane não era nada além de um sussurro. Ela não podia acreditar que bem a frente dela estava Henry Cavill. O motivo de ela estar ali naquela rua. O ator que ela mais admirava por todos os motivos possíveis. Seu Albert Mondego!! Sim! Tudo começou quando ela assistiu ao filme "O conde de Monte Cristo" dentro de um ônibus, numa viagem da escola. E desde então ela era apaixonada por aquele furinho no queixo e olhos azuis.

- Você está bem? - A pergunta de Henry a desperta de seus pensamentos, mas ela só consegue acenar que sim com a cabeça.
Com a ajuda dele, ela tenta se levantar mas ao colocar seu pé direito no chão, solta um grito de dor.

- Você deve ter machucado seu pé quando caiu com ele no buraco. - disse Henry.

Uma chuva fina começava a cair, por isso Henry pegou a mochila de Diane que havia caído no chão, colocou em suas costas, segurou bem a guia de Kal que continuava a abanar seu rabo e tentava lamber Diane mesmo que Henry dissesse que não e perguntou a ela: - Acha que consegue andar até a minha casa? Não é muito longe daqui.

- Consigo.

Mas a cada passo que ela dava, mesmo estando apoiada em Henry, Diane sentia uma dor enorme vindo de seu pé. Ela só esperava não tê-lo quebrado. Precisava voltar ao trabalho em uma semana e dar aula para crianças com o pé quebrado não seria fácil.

Enquanto caminhavam, ela conseguia sentir o cheiro de Henry. Não era perfume, era o cheiro de pele mesmo. Meu Deus! Nem em seus sonhos mais malucos ela poderia imaginar que um dia o encontraria. E que ainda estaria apoiada em seu corpo forte, caminhando em direção a sua casa.

- Qual o seu nome? - Ele pergunta a ela.

- Diane Jameson.

- Prazer Diane. Henry Cavill.

Por uma fração de segundo ela pensou em dizer "Eu sei!! Sou sua maior fã! Mas ela pensou que talvez ele pensasse que ela estivesse ali esperando por ele, ou o stalkeando, então decidiu apesar sorrir em retorno e continuar andando.

Em pouco tempo chegaram na casa dele. Uma casa linda, bem máscula. E para Diane era como montar um grande quebra cabeça. Ela via a cozinha, os armários de portas cinzas, que apareciam quando ele postava fotos das comidas que cozinhava. Mais ao fundo, a parede vermelha da sala, onde ele montou a árvore de Natal. Ela olhava tudo ao redor e não notou quando Henry saiu e voltou rapidamente com uma toalha e um roupão para ela.

- Tire suas roupas e coloque isso. Vai ficar doente assim.

A primeira reação de Diane foi choque. Não é todo dia que se ouve Henry Cavill te dizer para tirar as suas roupas. Mas depois de se recobrar do susto, ela respondeu:

- Eu estou bem. - Ela disse com um sorriso fraco nos lábios.

Henry sorriu de volta, cruzando os braços em frente ao peito, dizendo:

- Seus lábios estão roxos. A menos que isso seja moda, não penso que você esteja bem.

A adrenalina dos últimos vinte minutos foi tanta, que Diane nem havia percebido o quanto estava molhada e com frio. Sem falar nos ralados nas mãos e no queixo. Ela se sentia como se tivesse sido atropelada por um caminhão.

- Tem um banheiro a sua esquerda que pode usar. Depois me dê suas roupas para eu colocar na secadora.

Novamente a voz de Henry a tira de seus pensamentos e ela só consente com a cabeça, entrando no banheiro a seguir. Um banheiro simples, mas muito bonito, com piso claro e paredes escuras. Quando ela se olhou no espelho, se assustou com o que viu.

Estava com o rosto sujo, o queixo machucado e os lábios muito roxos de frio. Mas também percebeu os olhos fundos e as olheiras que a tempos a perseguiam. 

Também viu que deveria ter perdido mais peso desde a última vez que se pesou.
Os últimos 3 meses foram duros com ela e isso era visível em seu corpo.

Mas, ela balançou a cabeça para espantar esse pensamento e, aproveitando que estava em um banheiro com toalha e roupão em mãos, tomou um banho rápido para aquecer o corpo.

Quando saiu do banho com as roupas molhadas que Henry pediu, o encontrou na cozinha preparando um café. Ele também havia trocado de roupa e tomado um banho. 

Os cabelos estavam molhados, caindo em cachos pela testa. Ele vestia uma camiseta do Durrell Challenge e um jeans.

Quando fez menção de dar um passo em direção a cozinha, Kal se ergueu como se fosse correr e Henry com um gesto fez com que ele se sentasse de novo.

- Obrigada pelo roupão. E aqui estão as minhas roupas molhadas, mas você realmente não precisa se incomodar. Posso secá-las na lavanderia do hotel que estou. - Disse Diane enquanto se sentava em um dos bancos altos que ele tinha na cozinha.

- Isso é parcialmente minha culpa. O Kal te derrubou. É o mínimo que posso fazer. Henry respondeu sorrindo.
- E como está o pé?

- Está melh...- Ao olhar para o seu pé, Diane fica assustada com o inchaço dele. Henry percebe sua reação e vai para perto dela checar a situação.

O pé dela estava muito inchado e vermelho. Com certeza havia sofrido uma luxação.

- Venha se sentar aqui no sofá. - Sem esperar pela resposta, Henry a ajuda a chegar até o sofá, praticamente a carregando pelos braços.
Ele colocou umas almofadas em cima da sua mesinha de centro e a trouxe mais próximo do sofá para que Diane pudesse colocar o pé em cima.

- Henry, não se preocupe. Não deve ser nada. - Diane realmente não queria dar trabalho àquele homem maravilhoso que estava a sua frente. Parecia surreal que ela, Diane Jameson estava sendo cuidada por ninguém menos do que Henry Cavill.

- Eu vou ligar pro meu médico daqui. Ele vai poder avaliar e ver se foi uma luxação ou algo mais grave. - Henry fingiu não escutar os protestos de Diane. Tinha algo nela que o fazia querer cuidar dela.

As roupas que ela usava eram claramente muito grandes pra ela. Depois do banho, ele pode ver as olheiras e os olhos fundos. E ela deixou escapar que estava em um hotel. Será que passava necessidades? Tinha um emprego? Família?
Será que ela sabia quem ele era? Quando ele se apresentou, ela não esboçou reação nenhuma. Mas isso pode ser devido ao choque de ter tido Kal pulando em cima dela poucos minutos antes.

Eram tantas as perguntas que ele tinha, mas no momento, ele precisava ligar para o médico.

Destino TraçadoWhere stories live. Discover now