Cap. VII - Nunca é o bastante

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Diane acorda ouvindo vozes e risadas vindas da cozinha, o que indicava que tinha mais alguém na casa de Henry.
Se trocou e escovou os dentes e ficou na dúvida se deveria sair do quarto.
O beijo da noite anterior a deixou acordada por muito tempo e quando dormiu, só conseguiu sonhar com Henry.

Abriu a porta devagar e tentou ver se enxergava a pessoa que estava com Henry na cozinha. Era mulher.
Um frio se instala no seu estômago e seu coração acelera. Estava com ciúmes? Depois de um só beijo? Se chamou de boba e decidiu sair do quarto. A verdade é que estava curiosa.

Kal correu até seus pés quando a viu e quando Diane levantou o olhar, encontrou os olhos de Henry brilhantes a encarando. Um sorriso maroto estava em seus lábios e ele segurava uma caneca de café.

Uma pequena mulher se sentava ao balcão da cozinha. Tinha cabelos muito loiros, presos num coque alto e vestia uma blusa vermelha com calças pretas. Ao se virar para ela, Diane reconheceu a mulher imediatamente.

- Diane, quero lhe apresentar a minha mãe, Marianne. - Diz Henry indo em direção a Diane para lhe ajudar a descer os três degraus que separavam o corredor do quarto de hóspedes da cozinha.

- Prazer, Mrs. Cavill. - Cumprimenta Diane, apertando-lhe a mão.

- Pode me chamar de Marianne, querida. - Diz a mãe de Henry com um sorriso simpático enquanto estendia a mão a Diane. - Seu pé está melhor?

- Sim, está bem melhor! Acredito que em dois dias já posso tirar a tipoia. - Pela pergunta de Marianne, Henry já deve ter dito tudo o que aconteceu à mãe.

- Dr. Gerard precisa avaliar primeiro. - Henry comenta com a voz séria.

Diane olhou diretamente para a boca dele e a lembrança do beijo da noite anterior a deixou corada.

- Sente-se aqui querida, eu já estava de saída. Só vim deixar umas caixas para o Henry. - Marianne se levantou e cedeu seu lugar a Diane. - Prazer em te conhecer.

- O prazer foi meu. - Disse Diane enquanto via Henry acompanhando a mãe até a porta.

Quando ele voltou, Diane começou dizendo:

- Henry, sobre a noite passada...

- Shhh... Não precisa falar nada. - Henry a calou colocando dois dedos em seus lábios. - Eu preciso ir treinar com meu personal hoje, vou ficar umas horas fora. Você fica bem aqui sozinha?

- Sim, claro. Não se preocupe comigo.

- Vou levar o Kal para evitar que ele pule em você e te machuque de novo.

- Ele não fez por mal, não é meu bem? - Diane afagava a cabeça do cão quando disse isso.

- Bom, eu preciso ir agora. Te vejo mais tarde.

Num impulso, Henry chega próximo dela e a beija na testa. Diane pensou que fosse derreter. Isso foi o gesto mais carinhoso que ele poderia ter tido com ela.

Diane acena e a porta da frente da casa se fecha. Estava sozinha na casa de Henry Cavill. Quem um dia poderia imaginar?

Ela viu duas caixas no chão da cozinha. Deveriam ser as caixas que a mãe dele trouxe. Era possível ver que havia umas fotos dentro de uma delas. Curiosa, caminhou até lá e se sentou ao lado da caixa. Sem abrir muito a caixa pegou algumas fotografias. Eram de quando Henry era criança com os pais e os irmãos. Outras de festas de aniversário, casamentos dos irmãos mais velhos e viagens de família.
Ela colocou as fotos dentro da caixa novamente. Não queria bisbilhotar ainda mais.

Resolveu pegar seu livro que estava na sua mochila e ler para passar o tempo até Henry chegar. A casa sem ele e Kal ficava ainda maior e muito vazia. Ele era a alma daquele lugar.

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