Cap. III - Sentimentos Afloram

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Assim que o Dr. Gerard saiu da casa de Henry, Diane tomou os analgésicos que ele prescreveu a ela para a dor. Agora ela também tinha uma tipoia para evitar que a luxação piorasse e que teria que usar pelos próximos dias. Ou seja, o resto do seu plano de viagem para Londres tinha falhado. 

Em compensação, ela estava na casa de Henry Cavill. Era surreal demais. Ele era surreal. Parecia sempre calmo, seguro, com um sorriso sempre nos lábios... e que lábios! Ela aproveitava que ele estava distraído na cozinha e o olhava da sala. Perfeito. Dos pés a cabeça. E quando ela fechava os olhos, ela ainda conseguia sentir o cheiro que emanava dele quando a ajudou a caminhar até a sua casa.

- Coma isso. - Disse Henry, novamente a tirando de seus pensamentos. Ele parecia ter um dom para isso.

- Obrigada, mas não estou fome. - Disse Diane assim que percebeu que Henry tinha colocado um prato pequeno com um sanduíche em cima da almofada que estava em seu colo.

- Precisa comer alguma coisa. Já está aqui a algum tempo e não comeu nada ainda. Não precisa ter vergonha. - Ao terminar se falar, Henry sorriu se sentando no sofá ao lado dela e se dando uma mordida em um sanduíche que ele também tinha feito pra si mesmo.

- Não é vergonha, só não estou com fome mesmo. Obrigada. - A verdade era que Diane perdera muito o seu apetite nos últimos meses.

- Comece a comer que a fome vem. Minha mãe sempre dizia isso aos meus irmãos. - Henry retrucou dando outra mordida em seu sanduíche.

- E a você não? - Diane perguntou curiosa.

- Não precisava. Eu estava sempre com fome.

Diane riu. Sentada ali, ao lado de Henry e ouvi-lo contar essas pequenas coisas de sua vida pessoal, fazia com que ela o visse de forma mais "humana". E não o super astro Henry Cavill, mas sim Henry William. E ela gostou dessa sensação. Até demais, talvez.

...

Henry ficou no sofá conversando com Diane até que ela terminasse de comer seu sanduíche. Comia feito um passarinho, mas pelo menos comeu ele todo. 

Ela o intrigava. Enquanto conversavam, descobriu que tinham muitas coisas em comum, como gosto musical, a paixão por animais, gostar de viajar e conhecer lugares diferentes, mitologia grega e idiomas. Também descobriu que Diane era professora de jardim de infância, na cidade de Manchester e que tirou uma semana de férias para visitar Londres. Pobre moça, vai passar essa semana com uma tipoia no pé!

Enquanto a ouvia falar, ficava olhando em como ela movimentava as mãos, reparando em como eram pequenas e delicadas. Os brincos simples, cabelos castanhos médios, a pele clara. Os lábios já não estavam mais roxos. Estavam rosados e eram cheios. Henry se pegou pensando em como seria beijá-los. 

Balançou a cabeça para afastar tal pensamento. Estava apenas cuidando de uma moça que o seu cão machucou. Cão, aliás, havia se deitado entre eles no sofá e colocado a cabeça no colo de Diane. 

E com isso Henry pensou, se até Kal se encantou por ela a primeira vista, por quê eu não poderia?

Destino TraçadoWhere stories live. Discover now