Eu prometo, Nayeon - 2YEON

Capítulo XIII - Paz

Nayeon dormia suavemente abraçada com Jeongyeon, nem a mesma sabia quando ela havia feito isso, apenas acordou as nove da manhã assim.
Pensou sobre o que havia acontecido de madrugada, a mais velha havia dito que a amava, e ela também amava Nayeon. Muito. Só que não sabia o que impedia de falar. Talvez fosse o pouco tempo que esse sentimento apareceu ou a confusão que estava acontecendo em sua vida. Mas amava Nayeon. Amava e queria estar sempre mostrando isso. Só que, pra isso, precisava da ajuda de alguém. Ou, na verdade, recomeçar com esse alguém.

— No que você está pensando? — Se assustou com a voz de Nayeon, principalmente porque estava sonolenta e rouca.

— Você gosta de me assustar? — Perguntou, fazendo a mais velha rir.

— Não era minha intenção, mas foi engraçado. Vou fazer mais vezes. — Nayeon se sentou na cama. Arrumando seu cabelo e se virando pra Jeongyeon que estava abismada com a beleza daquela menina mesmo quando acordava. — Você ta acordada faz tempo, no que anda pensando?

— Como vou resolver minha vida.

— Por que não vai no hospital tentar falar com a Tzu? Talvez ela te escute se insistir.

— Ela gosta que respeitem o espaço e o tempo dela, forçar uma comunicação pode piorar tudo... — Sentou na cama, suspirando pesadamente. — Fizemos merda, não foi?

— Muita, extremamente! Me sinto o governo! — As duas riram, e Jeongyeon desejou mentalmente sempre acordar com alguém como Nayeon ao seu lado.

— Eu acho que vou lá apenas pra saber se ela está bem. O Tuan é idiota, mas vai me falar se eu insistir.

— Vou na casa da Jihyo, ela deve estar se sentindo muito mal. Eu acho que ela gostou da Tzuyu e queria investir nela.

— Gostar? Elas se conheceram e dois dias depois o negócio da Sana aconteceu...

— Jihyo me disse que elas se conheceram na praça, ela estava andando indo pra casa e viu Tzuyu sentada no banco. Por algum motivo quis falar com ela. É estranho, né? A pessoa sentir algo e apenas ir. — Jeongyeon sabia muito bem o quão estranho era isso. — Quando vai me dizer o que sentiu comigo?

— Já disse pra me perguntar quando tudo estiver bem, Nay. Eu vou te responder, não se preocupe. — Se levantou, tendo um sorriso leve em seu rosto. — Sei que não vai esquecer até ter sua resposta.

— Que bom que sabe! — Nayeon se ajoelhou na cama, puxando Jeongyeon pela camisa para se aproximar. — Beijinho de boa sorte. — Deu um selar rápido em Jeong, que teve um gay panic instantâneo. Não soube o que falar nem reagir.

— Vou demorar pra me acostumar com isso... — Falou baixo, abaixando sua cabeça com uma vergonha enorme.

— Não se preocupe, temos tempo suficiente. Bom, você não ia ir?

— Vou me arrumar, mas vai ser bem rápido. Quando for embora é só deixar a chave na caixinha do correio. Okay?

— Sim, senhora. Vou voltar a dormir, tenho nada pra fazer hoje mesmo.

— Tudo bem, só não dorme o dia todo. Vou te ligar pra te acordar.

— Ai que saco! Não tenho um minuto de paz.

A mais nova riu vendo Nayeon deitar revoltada.
Jeongyeon estava mesmo começando a gostar de Nayeon? Começando não, estava se afundando nisso. Precisava falar com alguém sobre isso.

~~~~~~~~~~
— Você não vai deixar essa vadia entrar pra ver a Tzuyu! Ela é a culpada disso tudo! — Jeongyeon entrou naquele hospital já ouvindo os surtos de Mina.