A CUBANA ( INICIADA EM 2020)

CAPÍTULO 24.

1 semana depois...

Ana.

Havia se passado 1 semana desde da pergunta inesperada de Adam que me deixou sem resposta. Não sabia o que dizer...

Uma parte sim e a outra reviravam os olhos dizendo não até o fim.

Mas qual eu escutava?!

Adam percebeu que eu fiquei estranha e fomos embora da praça, e me disse que eu não precisava responder agora, ele me daria um tempo.

Ele me liga todos as manhãs para eu ir até sua casa, eu vou e fico com ele sua mãe, mesmo ele não voltando a tocar no assunto eu sei que anseia por isso.

Eu sabia que ele queria ouvir, mas eu ainda não sabia...

Shally toca em meu braço me fazendo despertar e lhe encaro confusa, não sabia se ela havia perguntando algo.

Ana - me perdoe, Shally, o que foi?

Bebo meu copo de água e ajeito minha postura prestando atenção nela.

Shally - eu estava dizendo que Adam está muito estranho com seu pai, hoje ele foi á uma reunião que iria acontecer em que seu pai seria o motivo. - a mesma diz olhando para o meio da mesa como se estivesse pensativa.

Fico em alerta e ajeito meu cabelo o jogando para trás, me aproximo mais de Shally e digo em voz baixa.

Ana- Adam parece estranho mesmo com o pai...quando eu perguntei o porquê não recebia visitas de seu pai, ele não quis responder e mudou de assunto. - Shally faz uma careta, suspira e juntas suas mãos as levando até sua boca olhando para frente.
- eu tentei falar com ele para ajudar, mas Adam não quis e evitou falar sobre isso. Shally, me desculpe mas eu preciso saber um pouco....quero ajudá-lo.

Continuo fazendo um pedido, com minha expressão murcha e um suspiro triste eu sei que ela dirá.

Shally - Meu filho não administrou bem o seu cargo na empresa, meu marido já estava " aposentado " dos negócios e confiou totalmente em Adam, mas o que parece ele não ligava e gastava seu tempo com mulheres e apostas. -
quis sorrir quando Shally começa a mentir e o quanto ela estava se esforçando para buscar as palavras. -
seu pai deu um ultimato e pediu sua mudança, pois estava prejudicando a empresa e ações estavam caindo, adversários crescendo e conquistando nossos aliados. Adam não ligou e continuou, então meu marido tirou seu nome da diretoria e voltou a assumir a empresa, nosso filho voltou atrás pedindo desculpas e pediu mais uma chance, meu marido não o ouviu, fez o mesmo que nosso filho fazia com ele, não quis saber.

Shally suspira e fecha os olhos como se estivesse lamentando, a mesma bebe um pouco de água e volta a falar.

Shally - nosso filho estava tentando fazer o pai dele mudar de ideia, mas na mesma semana descobriu que estavam com algum problema, ele estava sentindo falta de ar, enjoos e tonturas. - Shally diz passando as mãos em seus brincos de pérolas e percebo que ela procura algo para completar sua história.

- Adam foi ao médico e descobriu que as bebidas alcoólicas que ele tomava como se fosse água havia diminuído sua imunidade e comprometeu seus rins...

Shally se levanta da cadeira e vem em minha direção, ela segura minhas mãos e me encara com um sorriso fraco no rosto.

Shally - eu fico muito feliz que você queira ajudar meu Adam, a única coisa que peço é que não diga que eu... - eu aperto suas mãos e a interrompo antes de completar a frase.

Ana - eu entendo, Shally. Tudo bem.

Me levanto e lhe abraço.

Ana - vamos sair para almoçar? Você está me devendo... - Shally sorri e afirma com a cabeça.

Shally - mas é claro!

Shally pega sua bolsa de couro preta em cima da mesa e agarra meu braço.

Estávamos chegando perto do restaurante, Shally pediu para descer uma esquina antes do restaurante pois queria ir falando comigo no caminho.

Quando dobramos a esquina vejo uma mulher de longe que eu conheço bem, Esther Mayson, uma ex-namorada de Adam. Eu sei que ela vai visitá -lo em seu escritório sempre que pode e pelas minha escutas eu sei que ela tenta voltar com ele.

Shally - aí ninguém merece! Olhe...

Shally balança meu braço disfarçadamente fingindo que estava arrumando os óculos escuros em seu rosto.

Olho na direção que ela apontou com a cabeça e vejo que era Esther de quem estava falando. Opa! Mais uma que não gosto dela? Isso vai ser bom...

Esther estava com três amigas, bem vestidas e vinham de cargos altos na máfia. Todas filhinhas de papai.

Esther Mayson era filha do chefe de segurança, mas se achava uma princesa da Inglaterra.

Sua amiga loira na esquerda era Ivy Alonso, filha do novo detetive de destaque da cidade que trabalhava para a máfia. Sei que esse pai idiota dela está louco para me achar para ter crédito e voto de confiança da máfia. Vai sonhando...

E a ruiva bronzeada atrás delas era Lua delgado, filha de Garry Delgado, braço antigo de Marco Puente. O antigo dono da máfia espanhola, pai de Adam.

Ana - você as conhece?

Shally- vi todas crescerem e quererem pegar o meu filho para ter um status alto, todas nojentas.

Ana - elas lhe viram, virão comprimentá-la.

Shally - você vai entrar nessa comigo! - sorrio e jogo meu cabelo para trás olhando as três da cabeça aos pés. Todas perceberam e empinaram seus narizes.

Ana - claro.

Só deu tempo de dizer isso, e as três chegaram de frente para Shally.

Esther - olá querida sogra.

Lua - a senhora está bem?

Ivy- Adam não veio com a senhora?

Fiquei encarando-as e todas pareciam querer voar em cima de mim.

Shally - não, eu vim almoçar hoje com a minha nora, ah! Esqueci de apresentar minha querida Ana.

Sorrio para elas que tentam  intimidar-me com seus olhares arrogantes, mas isso estava muito longe de acontecer!

Lua - Nora? - as três sorriem e ficam se entre olhando.

Tadinhas, conheço esse olhar de desespero.

Shally - se nos derem licença, eu e Ana vamos entrar.

Esther- que coincidência, também vinhemos almoçar, mas outro dia marcamos juntas.

Ivy e Lua a encaram confusas. Burras! Entrem na jogada dela, eu sei que já almoçaram e acabaram de sair daí.

Ana - me desculpe, foi um prazer conhecê-las mas estou com fome, vamos sogra.