A CUBANA ( INICIADA EM 2020)

CAPÍTULO 26.

Allan - sabe que Adam não ia gostar se soubesse que estava falando com você, e se eu marcasse um encontro ele ia ser informado pelos seguranças.

Ana - já passei cinco minutos longe de Shally, acho bom falar mais rápido ou seja lá o que for seu plano ....vai ser por água abaixo!

Allan me olha surpreso mas logo fica sério e me analisa pensativo.

Allan - você é muito estranha princesa.

Ana - não me chame assim, não somos íntimos. - ele levanta os braços em forma de rendição e concorda com a cabeça.

Allan - está bem. Eu vim aqui porquê quero que fique comigo, seja lá o quanto Adam lhe oferece, eu dou o dobro.

Fico sem palavras para tamanha babaquice, mas meu corpo reage lhe dando um soco no rosto.

Ana - você é mais estúpido do que eu imaginava! E como você é invejoso, não é atoa que te chamam de moleque!

Allan fica vermelho de raiva e aperta meu pescoço me pressionando na parede.

Allan - escuta aqui desgraçada! Adam não merece o que tem e você é uma estúpida por não ter me escolhido. Guarde minhas palavras, vou acabar com os dois!

Lhe dou um empurrão e destranco a porta, mas antes de sair me viro e lhe encaro com nojo.

Ana - só por cima do meu cadáver!

Allan - você não sabe com quem está se metendo. - ele ajeita sua postura e arruma seu terno me encarando desafiador.

Ana - você também não. - digo com um sorriso cínico e saio batendo a porta lhe deixando sozinho.

Allan - se abrir a boca, Vai se arrepender!

Escuto antes de entrar na área da loja e reviro os olhos.

Vejo minha sacola perto de um espelho e a pego voltando para a área de vestidos onde Shally estava e a encontro olhando ao redor com uma expressão preocupada.

Ela finalmente me vê e corre em minha direção.

Shally - onde você estava?! Lhe procurei por toda parte. - ela diz arrumando sua bolsa em seu ombro e cruza os braços me encarando.

Ana - me desculpe! Eu paguei e fui ao banheiro, quando estava voltando eu vi umas peças lindas e acabei me distraindo.

Shally- e esse vermelho em seu pescoço? - ela arregala os olhos e se aproxima me analisando.

Ana - ah!... eu não faço idéia do que foi isso, sou tão distraída. - Rio fraco e Shally sorri desconfiada. - vamos embora? Eu já peguei o que queria.

Shally- está bem, vamos, eu já estou cansada mesmo. - ela diz sorrindo e demos os braços saindo da loja.

Olho para trás e Allan estava me encarando do vestiário. Dou um dedo do meio e me viro.

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Fico segurando a maçaneta apreensivo decidindo se eu ia entrar ou não. Meu pai já tinha tirado todos os cargos que eu possuía, da empresa para meu grande império.

Não podia ficar de mãos abanando! Não sou nenhum filhinho de papai. Vou lutar para ter o que é meu de direito!

Sinto uma raiva subir e abro a porta de uma vez, meu pai me olha sério sentado em sua poltrona e olha para os nossos sócios.

Marco- falando em imprudente....

Comprimento os senhores e sinto uma pequena tontura me fazendo puxar a cadeira que estava perto de mim e me acomodo rápido.

Adam - me desculpe, podem continuar.

Meu pai bebe seu whisky e bate o copo de vidro na mesa. Os sócios me olham com negatividade e suspirei os encarando sério.

Marco- não sei porquê deu o trabalho de vim, sabe que eu o tirei dos cargos por sua
Insuficiência.

Adam - eu não estou morto! Eu consigo trabalhar!

Meu pai ri irônico e os homens na mesa fazem o mesmo.

Marco- prove! - pai enche o seu copo e começa a falar de assuntos, os quais eu não consigo acompanhar nenhum.

Adam- eu vou provar!

- já que insiste, tem alguma informação sobre a Cubana?

Respiro fundo e nego com a cabeça.

Adam - ela é muito difícil.

- Marco, tô começando achar que Cubana podia ser sua filha, ia dar mais sucesso e gosto ao nosso império.

Me levanto bruscamente e seguro o velho pelo pescoço.

Adam - acho bom você me respeitar! Não é só porquê que meu pai está aqui que vou ficar quieto.

O solto na cadeira e encaro todos na mesa.

Adam - isso vale para todos!

Minha cabeça começa a doer mais e saio batendo a porta.

A secretária me olha preocupada e corre em minha direção.

- senhor Puente! Você está pálido, devo chamar o motorista pra vim lhe buscar?

Nego com a cabeça de olhos fechados e faço sinal silêncio. Minha cabeça iria estourar!

Adam - não precisa...

Minha visão embaça e sinto meu corpo ficar mole e simplesmente entro em uma escuridão.

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Marco escuta um grito do lado de fora e ele se levanta bruscamente puxando sua arma, seus sócios fazem o mesmo e ele faz sinal para ficarem parados.

Mas antes mesmo dele dar um passo, a secretaria entra eufórica e aponta para algo atrás de si.

Marco - diga logo!

- seu filho! Ele desmaiou.

Marco guarda a arma e sai correndo para fora, ele vê seu filho pálido e apagado no chão o que o faz se agoniar.

Marco - o pulso está fraco. Preciso que o médico o veja rapidamente!

Um dos seus sócios ri atrás de si e Marco vira bruscamente para ele.

Marco- qual a graça?

- seu filho vai para pedra! - ele explode na gargalhada e Marco saca a arma apontando para o seu rosto.

Marco- você pode ir antes do que ele, acho bom sair da minha frente e do meu filho antes que eu acabe com você seu inútil!

O homem fica sério e se retira da recepção.

Marco- chame o meu médico e o mande vim com uma van e em menos de 10 minutos!

Ele grita para a secretária e a mesma sai correndo até o telefone.

Um de seu sócios tenta levantar Adam mas desiste e senta na cadeira.

- Muito pesado!

Marco - 98 kilos e 1,90. Deve ser pesado mesmo.

Marco senta no chão ao lado de seu filho e aguarda seu médico chegar.

Atrás dele seus sócios tinham o mesmo pensamento, Adam não ia aguentar até o fim do ano com essa "doença".

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