A CUBANA ( INICIADA EM 2020)

CAPÍTULO 38.

Asier - Finalmente conseguimos meu filho! - Asier apoia sua mão no ombro de seu único filho, Allan.
Asier estava eufórico, se sentia que estava quase lá. Mesmo ter demorado tanto, ele sentia que o gosto de seu reinado estava se aproximando.

Quanto tempo ele esperou por isso! Seu pai nunca havia ligado para ele, o centro das atenções sempre foi seu irmão mais velho, Marco. Sempre tirando notas mais altas, melhor nas estratégias e em lutas corporais...Seu pai sentia tanto orgulho que não se dava o trabalho de lembrar que tinha outro filho.
Asier era a sombra. Mesmo ele tentando provar ao máximo que também podia ser útil para a família, mas seu esforço era em vão. Ninguém o reconhecia.

Asier suspirou e sorriu satisfeito que finalmente seu plano havia dado certo.
Seu filho o observava e ficou até com receio ao ver o pai sorrindo para o chão e tentou tirá-lo daquele transe estranho.

Allan - Vamos dar o próximo agora. Mas como faremos? - ele pergunta olhando para seu pai que sorria para a tela do computador, a imagem de Cubana morta o animava. - em ?

Asier olha para seu filho e se aproxima dele.

Asier - não é óbvio? Vamos fazer do mesmo jeito que eu sempre faço! Enganar as pessoas para elas pensarem errado... Igual àquela história que eu contava para você dormir.

Allan- da família que morava na ilha?! - Allan achou uma ótima ideia. Podia dar certo!
Dessa família, seu pai executou tão bem que pouquíssimos sabiam.

Allan - mas como vai ser exatamente? - Seu pai revirou os olhos para ele e sentou-se na cadeira para explicar detalhadamente para Allan.

Asier - É fácil. Vamos bolar um plano para todas da máfia achar que o poderoso chefe deles, Marco Puente os traiu. - ele sorriu maléfico e Allan fez o mesmo. Mas no fundo ele ficou um pouco preocupado, como fariam isso?
Marco era muito inteligente e estrategista. Tanto que ele percebeu o plano " perfeito " de seu irmão Asier de 20 anos em menos de duas semanas e o baniu da máfia.

Adam não era tão bom quanto seu pai, mas ele não podia negar que ele só melhorava a cada dia. Foi impressionante! Allan ainda achava que podia roubar seu cargo se fizesse tudo bem feito e todos reconhecessem isso, mas de repente seu primo havia dado uma pausa em tudo e ele viu sua chance ali e começou a se esforçar, mas quando ele menos esperava... Adam voltou, e veio como outra pessoa ,todos perceberam seu desempenho na máfia. Allan odiou isso!

Asier - agora, concentre -se.

Seu pai começa a explicar o pano e ele se senta prestando atenção tentando ignorar o que estava martelando em sua cabeça.

" Isso não vai funcionar "

Pelo menos eles tinham uma preocupação a menos agora, Cubana estava fora da linha.

Allan sentia arrepios quando via Cubana em ação, ninguém conseguia pegá -la!

Essa mulher realmente mereceu sua fama, ele tinha que admitir. Ela era invisível mesmo todos a vendo e rápida demais mesmo tendo os melhores atrás dela.

Adam novamente tinha tirado a sorte de ter tido aquela mulher em seus braços, Allan já tinha ficado com inveja quando a viu ao lado de seu primo, aquela era a mulher mais encantadora que ele tinha visto, mas se sentiu ainda mais louco por ela quando descobriu que a mesma era a Cubana. Ah desgraçada!

Bom que ela já estava morta. Se ele não poderia ter aquela mulher, Adam não poderia também. Isso o aliviava.

_______

ADAM.

Depois que Ana parou de chorar, fomos para a sala conversar sobre coisas aleatórias. Eu sabia que não era uma boa hora pra fazer perguntas sobre seu passado, mesmo eu sendo muito curioso em relação à isso já que ela nunca me disse nada sobre.
Eu deitei no sofá e a mesma deitou-se apoiando no meu peito. Coloquei um filme o qual nem assistimos e ficamos falando mal das pessoas.

Ana - Aquele seu sócio que comia tudo que via pela frente, se não me engano, é o Frederico Xavier ? - gargalho e confirmo com a cabeça. Aquele homem é insuportável! Só queria me ver dar um passo em falso para criticar para todos à sua volta.

Adam - é um falido que se apoia nos outros. - rimos e Ana se senta colocando à mão na barriga.

Adam - o que foi? - ela me olha sorrindo e se levanta.

Ana - ter falado dele me deu fome! Venha.

Seguro sua mão e vamos para a cozinha. Lhe mando sentar na cadeira e vou atrás de algo para ela comer na geladeira.
Acho o bolo que ela adora e suco de laranja.

Adam - quer isso?

Ana - passa pra cá!

Dou para ela e a mesma começa a comer

Ana me olhava em dúvida se aceitava ou não, eu a tinha convidado para me acompanhar em jantar de negócios, não queria ir sozinho e com ela o tempo passaria mais rápido.

Adam - e então? - ela apoia os cotovelos na mesa e nega com a cabeça. Aproximo meu rosto e cheiro seu pescoço na tentativa de tentar mais uma vez

Ana - não quero ir, Jaime ainda não acostumou com essa casa.

Adam - mas é claro que já! Ele está tão bem com meus pais que nem chorou hoje. - Meu pai já tinha chegado em casa fazia três horas e conheceu Jaime, e nos surpreendeu o jeito que ele ficou. Marco tentava distrair Jaime ao máximo para ele não enjoar do seu colo e até agora eles estão no quarto brincando e ainda não saíram.

Ana me olhou com cara fechada e cruzou seu braços. Droga, ela não iria mesmo.

Ana - eu não quero sair dessa casa e por favor não me chame mais. - de repente ela ficou vermelha e se levanta pisando fundo. Fiquei confuso e fui atrás dela. O que deu nela? Eu só a chamei pra me acompanhar.

Ana estava indo em direção ao jardim e a chamava de longe, mesmo sabendo que me ouvia, ela continuava andando sem olhar para trás.

Adam - o que foi ? Eu fiz algo de errado?

Ana bufa e amarra seu cabelo em um coque.

Ana - desculpa, só estou na TPM e esse calor está me estressando. - ela diz calma e respira fundo me olhando. Acho que eu que estava a estressando, estou insistindo no pior momento e ainda pra uma merda de reunião.
Já fiz uma burrada.

Adam- desculpe. Suba para o quarto, lá o ar condicionado está ligado. - Ana se aproxima de mim e sorri, mas seguida ela me beija e sobe as escadas.

_________

ANA

Quando Adam me chamou para ir acompanhar ele quase aceitei, mas me lembrei que para Asier estou " morta ". Eu não podia arriscar aparecer assim em público! Mesmo com pena de falar daquele jeito com Adam, eu tive que fazer para ser convincente.

Olho para ele mais uma vez e subi as escadas para ir ao quarto.

Me tranquei e fiquei pensativa na cama. Eu realmente não tinha pensado direito antes de vir para cá, Asier ou Allan podem me ver fácil. Mas eu estava tão cansada e triste que não foi difícil aceitar o convite de Adam pra vir com ele, aquilo me deixou de uma forma mais tranquila, eu não ficaria mais sozinha com Jaime.

Me xingo mentalmente e me levanto para controlar minha raiva, pensar em morar escondida novamente era uma idéia que me perturbava.

Puxo meu cabelo e vou em direção à janela, procuro pelo carro de Adam e fico aliviada ao ver que ele ja tinha saído.

Decido sair do quarto para me acalmar um pouco, e vou em direção ao quarto de Shally e Marco para ver meu bebê um pouco. Quando toco na maçaneta escuto a risada de Jaime e paro no lugar para apreciar.

Shally - você é a cara da sua mãe, amor. - travo no lugar e sinto meu coração acelerar.

1/4