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Levado pela sensação incrível de ter Rose ali o beijando, Thomas levou suas mãos à cintura de dela e a puxou para mais perto, segurando-a firme. Colando mais seus corpos, sentindo o calor que Rose emanava. Aquela sensação era incrível, nunca sentiu nada parecido. Era um beijo, apenas um beijo, mas foi o suficiente para apagar completamente qualquer outro pensamento que Thomas pudesse ter naquele momento, e focar apenas em Rose. Não conseguia pensar em mais nada além dela.

Ele não queria soltar... Pelos Deuses! Ele queria ficar beijando-a para sempre. Queria tê-la em seus braços para sempre.

Aquilo deveria ser um sonho, ele com certeza estava sonhando com aquele momento. Ou talvez estivesse louco, não importava. Nada importava além de ter Rose, pela primeira vez, em seus braços o beijando. Nem em seus melhores sonhos ele poderia imaginar algo assim.

Quando Rose afastou seus lábios dos deles e o encarou, Thomas soltou a respiração, que ele não havia notado ter prendido, e fitou os olhos negros dela. Aqueles olhos que o impressionaram desde a primeira vez em que os viu, olhos que ele descobriu mais tarde sendo da mulher mais incrível que existia. A mulher por quem ele havia se apaixonado.

Rose sorriu para ele. Um sorriso largo que fez o coração de Thomas derreter como neve em fim de inverno. Thomas também sorriu, poderia ficar sorrindo para sempre a partir daquele momento. Ele estava feliz.

— Isso realmente aconteceu, ou eu estou ficando maluco? — Thomas falou baixo. Ele ainda tinha suas mãos em volta de Rose, a mantendo perto. Apenas alguns centímetros de distância um do outro.
Rose tinha suas mãos apoiadas nos ombros de Thomas.

— Acho que sou eu quem está ficando maluca. — Rose sorriu para ele.

Thomas levou uma de suas mãos ao rosto de Rose, afastando uma mecha de cabelo caída. Rose o encarava enquanto ele acariciava levemente seu rosto.

— Parece que estou em um sonho — Thomas falou admirado, ainda acariciando o rosto de Rose. Ele poderia ficar admirando-a para sempre, ela era uma mulher incrivelmente linda. O tom de sua pele que contrastava com a mão dele que a acariciava; os lábios levemente rosados; os cabelos negros e cacheados que voavam com a brisa da noite que entrava pela grande janela que havia ali, e os olhos marcantes, tornava Rose uma pessoa única. Thomas só conseguia pensar que Rose poderia ter saído de uma pintura, ou da imaginação de alguém realmente criativo. — Eu realmente não estou sonhando?

— Possivelmente — Rose respondeu. Eles ainda estavam abraçados.

— Mas eu não me lembro de ter ido dormir — Thomas falou com o cenho franzido e Rose sorriu.

Aquele sorriso!

Para Thomas, ter a Rose abraçada a si, sorrindo para ele era a melhor sensação do mundo. Se existisse algum paraíso, definitivamente seria algo parecido com aquilo.

Ele nunca, nem em um milhão de anos, nem em seus sonhos mais fantasiosos, conseguiria pensar em algo tão bonito quanto ela. Não apenas pela aparência, era óbvio, não existia uma só pessoa que não ficasse impressionado com a beleza dela. Mesmo quando não a conhecia, sempre ouvira falar sobre a Rose, ouvia comentários sobre sua admirável beleza. Contudo, para Thomas, a beleza de Rose não se resumia apenas em suas características físicas. Sua personalidade, sua elegância, seu modo de pensar e de agir também a faziam uma mulher espetacular.

E Thomas estava completamente apaixonado por ela.

— Fui sincero antes, Rose — Thomas voltou a falar. — Eu amo você.

Rose sorriu e assentiu.

— Eu sei — falou. Ela não duvidava de que Thomas realmente a amava. Apesar de nunca confiar demais em alguém, ela confiava em Thomas e acreditava quando ele dizia amá-la.

Thomas puxou-a para um abraço, deitando sua cabeça no topo da de Rose, sentindo o cheiro doce que ela tinha. Ele não esperava uma resposta ao seu “Eu amo você”. Ele nem sequer esperava que Rose fosse admitir que sentia algo por ele, muito menos que a beijaria. Sabia que Rose não diria que o amava, talvez ela nem o amasse. Talvez ela não tivesse certeza se aquilo entre eles daria certo e por isso estava cautelosa. E Thomas não iria apressá-la, não queria e nem precisava. Ele entendia, não podia culpá-la por não estar tão apaixonada quanto ele, e já estava bastante feliz por saber que ela sentia algo, mesmo que não fosse amor. Um dia seria. Um dia Rose retribuiria. Quando ela realmente tivesse a certeza que o amava, ela diria e isso o tornaria a pessoa mais feliz do mundo.

Até lá, ele ficaria mais do que satisfeito com Rose em seus braços.

— O Daehan falou sobre o pedido de aniversário dele? — Rose perguntou, afastando-se um pouco de Thomas para encará-lo.

— Sim, uma viagem ao Sul — Thomas disse divertido. — Eu nunca fui ao Sul, sempre quis ir.

— Eu realmente não sei por que todo mundo quer ir naquele lugar — Rose falou. O Sul, na opinião de Rose, era só mais um lugar onde homens iam para se sentirem livres já que no Sul não existiam muitas das regras que havia nos outros reinos.

Desorganizado demais, na opinião de Rose.

Não que fosse um caos, eles seguiam suas regras, mas não era comparado com Ennord.

— Você tem certeza sobre isso? — Thomas franziu o cenho em preocupação. — Uma viagem pelos reinos, sem guardas para proteção, pode ser arriscada.

Rose sorriu.

— Você está com medo? — disse Rose divertida e Thomas sorriu. — Não são os perigos nas estradas que me preocupam e sim deixar o reino sem nenhum comando. Mas é um pedido do Daehan, eu quero fazer isso por ele.

— Quando partiremos?

— Em alguns dias. Preciso resolver alguns assuntos com os nobres e dar alguns comandos ao Robert — Rose explicou. — Não quero retornar e encontrar meu reino em ruínas.

Thomas sorriu.

Rose se afastou dos braços de Thomas que ainda a segurava perto de si e caminhou na direção da porta.

— Até amanhã, Thomas. — Virou para encará-lo. — Tenha um boa noite.

— Você também, Rose. — Thomas sorriu e permaneceu sorrindo mesmo após Rose deixar os seus aposentos. Ele com certeza teria um boa noite. Não conseguiria parar de sorrir. Não conseguiria nem mesmo dormir aquela noite.

Cenas de tudo que havia acabado de acontecer passavam em sua mente. Parecia um sonho e ele temia que fosse realmente um. Tinha medo de que pela manhã descobrisse que nada daquilo havia sido real.

Mas se aquilo fosse um sonho, ele não queria ser desperto nunca.

Deitou-se e fitou o teto de pedra, sentindo a brisa fria da noite que entrava pela janela. Ainda estava sorrindo.
Ele estava feliz, assim como o homem em seu poema. Mas diferente dele, Thomas havia conseguido sua Rosa.

A Rainha de Ennord Where stories live. Discover now