Black Angel [L.S] Mpreg!Harry

Capítulo 15.

Aviso: Esse capítulo contém ataque de ansiedade e automutilação. Se estiver passando por momentos difíceis e isso puder vir a ser um gatilho, aconselho a não ler. Se estiver precisando conversar com alguém, eu estou sempre disponível, ou você também pode ligar para o CVV - Centro de Valorização da Vida pelo número: 188.

***

Quando em meu quarto, me sentei em minha cama e abracei meus joelhos contra meu peito começando a chorar. Aos poucos eu já não conseguia respirar tão bem, e eu já podia sentir minha cabeça rodar.

Então as vozes começaram a falar comigo.

"Vamos lá, Harry. Sabe o que tem de fazer para isso passar."

Eu balancei a cabeça negando, não queria fazer aquilo, se eu fizesse Louis ficaria com raiva de mim.

"Ele não vai, ele não vai ligar. Louis quer você bem, e isso te faz bem."

Com isso em mente, levantei da cama e caminhei até o banheiro. Eu me olhei no espelho e vi o quanto parecia atormentado, mas mesmo assim peguei a lâmina.

— Harry, não! — Louis disse me assustando, ele tomou a lâmina de minha mão e a jogou fora. — Me diz que não ia fazer isso. — Ele pediu correndo aos mãos pelos cabelos, visivelmente nervoso.

— Me desculpa. — Pedi chorando mais.

— Vem aqui. — Louis disse me abraçando, ele me levou para minha cama e sentou me puxando para seu colo, então ficou abraçado comigo enquanto eu continuava chorando. — Eu estou aqui para você, e você não precisa de nada disso. Você é um cara forte, e eu te amo muito. — Louis disse.

— Mas as vozes... — Fui cortado por um soluço.

— Vozes? Escuta vozes? — Louis perguntou parecendo curioso.

— Quando eu tenho uma crise, sim. Elas me incentivam a fazer esses cortes. — Respondo.

— E por que você não manda essas vozes se foderem? — Louis perguntou e eu o olhei confuso.

— O que? — Murmurei franzindo o cenho.

— Grite, bem alto: Fodam-se essas vozes! — Louis gritou me fazendo rir.

— Fodam-se essas vozes. — Falei baixinho.

— Não, amor. Alto e claro: Fodam-se essas vozes! — Louis gritou novamente.

— Fodam-se essas vocês! — Gritei e Louis sorriu orgulhoso.

— Faça isso sempre que elas te disserem para fazer essas coisas, e então ligue para mim. — Louis pediu e eu assenti concordando.

Então batidas na porta soaram. — Filho, posso entrar? — Minha mãe pediu.

— Sim, mãe. — Falei saindo do colo de Louis e sentando ao seu lado.

Minha mãe entrou, ela me olhou e suspirou. — Olha, me desculpe, ok? Eu não devia estar te forçando tanto a falar com seu pai. Se você não quer, então vou respeitar sua decisão. — Ela disse.

— Obrigado, mãe. Mas eu pensei melhor, eu até posso concordar em ir. — Murmurei.

— Sério? — Minha mãe perguntou animada.

— Sim, você está certa, eu tenho de deixar o passado no passado. — Digo e minha mãe concorda vindo até mim e me abraçando apertado. — Mas eu quero alguém lá comigo. — Peço.

— Claro, eu posso ir com você. — Ela diz.

— Eu estava pensando em Louis. — Digo, meu olhar e o de minha mãe vão para ele.