Black Angel [L.S] Mpreg!Harry

Capítulo 19.

Se puderem, escutem a música durante todo o capítulo.

***

As lágrimas escorriam por meu rosto, eu já podia sentir até minha respiração ficar mais difícil, minha mente começava a lembrar de todos nossos momentos. Mas agora um grande letreiro dizendo que tudo era mentira vinha junto, e eu só conseguia chorar mais e mais.

Os braços de Adam me envolverem e eu sabia que ele estava preocupado. — O que houve, Harry? — Perguntou confuso.

— Louis mentiu para mim. Ele fez o mesmo que Victor, ele me enganou. — Digo entregando o celular de Louis para Adam poder ler a mensagem.

Eu encaro Adam enquanto seus olhos correm pela tela do celular de Louis. — Desgraçado. — Ele diz com raiva.

Então nós escutamos a porta de minha casa abrir.

— O que aconteceu com ele? — Eu escuto a voz de uma pessoa, e já na primeira letra sei que é Louis.

— Vai embora. — Mando sem nem mesmo me preocupar em olhar para seu belo rosto de enganador.

— Amor...

— Não me chama de amor! — Eu grito sentindo meu sangue começar a ferver.

— Mas o que eu fiz? — Ele pergunta, sua voz mostrando sua confusão.

— O que você fez? Está se fazendo de idiota? Você sabe bem o que fez! — Adam me solta e grita tudo no rosto de Louis.

Ele joga o celular em Louis, que também lê a mensagem, e então parece entender.

— Eu posso explicar. — Louis tenta dar um passo em minha direção, mas Adam se coloca na frente e empurra Louis para trás o fazendo bater na porta.

— Harry lhe contou toda a merda que fizeram com ele! Ele confiou em você! Você sabe que Victor tirou a virgindade dele em uma aposta e fez a mesma coisa! — Adam gritava, seu rosto estava vermelho de raiva.

Levantei do sofá e me movi até as escadas querendo apenas sair dali. Mas minhas pernas estavam fracas com todos os sentimentos que eu sentia e eu cai ao pé dela. Então apenas me encolhi em um canto e fiquei chorando baixinho.

— Eu não tinha a intenção. Eu posso explicar tudo. — Louis diz com a voz triste e embargada.

Eu reviro os olhos vendo que ele é um bom ator.

Então a porta que estava sendo barrada por Louis é empurrada, e para que seja aberta ele sai da frente. Minha mãe entra carregando várias sacolas de compras nos braços parecendo atrapalhada.

— O que está acontecendo aqui? — Ela pergunta observando nós três, o sorriso que ela carregava no rosto quando entrou sumindo aos poucos.

Aproveitando a chance sai correndo e peguei a chave das mãos de minha mãe fazendo ela derrubar as sacolas de compras. Corri para fora de casa e fui rápido em entrar no carro de minha mãe.

Minha mãe, Adam e meu namorado traidor saem de casa atrás de mim, mas eu apenas ligo o carro e saio dirigindo apressado.

Eu sabia que estava transtornado demais para dirigir, mas eu não me importava. Não me importava que estivesse chovendo, não me importava que eu tivesse indo rápido demais, não me importava que não dava para ver nada na estrada, não me importava que eu não estava de cinto. Nada mais importava.

Um barulho de um carro brecando foi ouvido e tudo começou a girar, só então percebi que o barulho tinha vindo do meu carro e ele estava girando pela pista. Meu corpo estava sendo arremessado pelo carro, e então eu senti uma forte dor nas costelas.

O carro só parou quando um poste apareceu na sua frente o fazendo bater com força. Eu senti uma dor horrível na perna e meu pulso parecia ter sido quebrado quando coloquei as mãos na frente do rosto para não me ferir.

Eu comecei a gritar com as dores em junção. E então um grito de alguém foi ouvido no meio da confusão, e depois o som de vidro quebrando se seguiu. Quando estilhaços foram lançados contra meu rosto percebi que alguém estava quebrando o vidro do meu carro.

Meu corpo foi puxado lá de dentro e agora eu pude sentir as gotas da chuva em minha pele. Tinha alguém me perguntando o que eu sentia e onde doía.

— Dói muito. — Me lamentei sentindo minhas lágrimas se misturarem com a chuva em meu rosto.

— Calma amor, vai passar. — Eu ouvi a voz de um anjo dizer.

Gritei quando o anjo tocou minha perna. Por que o anjo estava me magoando?

Meus olhos embaçados pelas lágrimas tentaram enxergar quem era o anjo, mas eu só via olhos azuis.

O anjo se inclinou para a frente e me beijou devagar, e os seus lábios junto aos meus enviaram uma onda de arrepios por meu corpo.

Abri os olhos que havia fechado por causa do beijo, e agora eu pude ver o rosto do anjo. O anjo era Louis. Louis era meu anjo. E o anjo acariciava meu rosto com cuidado enquanto chorava me vendo gritar de dor.

Então as dores foram parando e eu senti vontade de fechar meus olhos e dormir. O anjo pedia repetidas vezes para eu ficar ali com ele. Mas eu não queria ficar. Ali com ele tinha dor, e para onde eu estava indo não tinha.

E antes de eu dormir por completo, olhei para os olhos azuis do anjo e disse:

— Eu te amo.

***

Eu nem sei se espero que estejam gostando porque as coisas não estão boas, mas enfim.

Até mais,

–K.F.