Capítulo 27.

438 42 31
                                    

Minha mão ainda passeava pelos cabelos de Louis. Eu me sentia bem em ter dado uma segunda chance a ele, a nós. Eu acho que devo amá-lo muito mesmo.

Eu sei que comparado ao que Victor fez, Louis ter aceitado apostar meu amor foi pior. Mas no fim as feridas foram mais por fora. Sei que fiquei magoado, mas o buraco que se abriu em meu coração parece que se fechou só em tê-lo ao meu lado. E isso é muito grande.

Uma batida na porta foi ouvida e minha mãe colocou apenas a cabeça para dentro do quarto me fazendo rir. Ela caminhou até mim e beijou minha testa.

— Estou vendo que está muito melhor. — Ela comentou olhando em meus olhos e depois olhou para Louis.

— Sim, estou. — Sorri olhando Louis dormir como um anjo.

— Conseguiram se resolver? — Ela perguntou e eu assenti.

— Eu o perdoei no final. Ele me magoou, mas eu o amo demais. — Murmurei.

— Sabe, eu me sinto assim em relação ao seu pai. — Ela disse e eu arregalei os olhos.

— O que? — Perguntei alto demais.

Ela olhou para Louis e eu fiz o mesmo, mas ele apenas suspirou continuando a dormir.

— Ele está mesmo cansado. — Minha mãe disse.

— Não mude de assunto. — Murmurei.

— Olha, é do mesmo jeito que você se sente com Louis. Eu nunca deixei de o amar, mesmo durante todos esses anos. — Ela disse encolhendo os ombros. — E enquanto você estava aqui, ele foi muito atencioso comigo. Me fez perceber que talvez nós possamos tentar uma segunda vez. — Minha mãe explicou.

Eu suspirei e assenti a entendendo. — É, se você pode perdoar meu pai depois de tantos anos, eu também posso. — Encolhi os ombros. — Perdoar meu pai, e Louis também. — Falei o olhando.

— Você o ama muito, não é? — Ela perguntou e eu sorri bobo concordando.

— E quando vão casar? — Ela perguntou do nada, eu me engasguei e comecei a tossir.

— O que? — Perguntei alto.

Isso fez Louis se mexer, mas diferente da última vez, nesta ele acordou. Louis se espreguiçou e me olhou, ele sorriu para mim.

— Oi. — Murmurou ainda sonolento e eu sorri achando fofo como seu rosto estava inchado.

— Oi, desculpe te acordar. — Falei fazendo carinho em seu rosto, ele fechou os olhos se inclinando para meu toque.

— Tudo bem. — Ele sussurrou.

Minha mãe pigarreou para chamar nossa atenção para ela.

— E então? Quando vão casar? — Ela perguntou novamente me fazendo revirar os olhos.

Louis moveu o corpo para trás e se encostou na cadeira, ele ficou apenas nos observando.

— Mãe, nós não vamos casar. — Falei seguro daquilo.

Era maluquice. Eu tinha acabado de acordar de sei lá quanto tempo em coma, e já queriam me colocar em uma igreja? Pelo amor dos deuses.

— Talvez não seja má ideia. — Louis disse meio distraído e eu o olhei incrédulo.

— Vocês estão loucos, não é? Louis, casar? É sério? Somos muito novos, não estamos nem na faculdade. — Falei rápido, minha voz saindo meio esganiçada.

— Calma, amor. — Louis pediu fazendo círculos nas costas de minha mão para tentar me acalmar.

— Vocês já passaram por tanta coisa, casamento não seria ruim. — Minha mãe disse sorrindo.

Eu estava chocado que ela estava realmente propondo aquilo, não fazia sentido nenhum. Estava esperando o momento que um apresentador de TV e câmeras iam entrar no quarto me dizendo que era uma pegadinha.

— O que as pessoas vão pensar? — Olhei de um para o outro repetidas vezes.

— Que nos amamos. — Louis disse encolhendo os ombros, então ele colocou uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha.

— Ou que estou desesperado. — Falei rápido.

— Não importa o que achem. — Minha mãe disse calmamente.

— Importa sim! É um casamento, não é qualquer coisa! Estamos muito novos ainda. Eu não estou dizendo que não quero, é só que está cedo demais. — Falei meio exaltado.

Meus batimentos cardíacos estavam rápidos e minha respiração acelerada.

Minha mãe levantou e andou até a porta enquanto eu respirava pesadamente, ela abriu a porta e falou algo para alguém. Logo um médico entrou e veio até mim, ele pegou uma seringa e injetou no fio que ligava ao meu soro.

— Agora se acalme. — O médico pediu e saiu do quarto em seguida.

— Eu não posso casar agora. — Murmurei, minha voz arrastada.

— Tudo bem, amor. Não precisamos falar disso agora. — Louis disse baixo e me perguntei se sua voz nesse tom era efeito da sonolência.

— Mas eu não vou...

— Shh... — Ele colocou um dedo em meus lábios.

Movi minha cabeça pedindo silenciosamente um beijo e Louis pareceu entender, pois beijou delicadamente meus lábios.

— Durma, anjo.

Louis Point Of View.

— Ok, que história foi essa? — Perguntei para Anne enquanto saíamos do quarto.

— Olha, eu ainda não confio em você, principalmente depois do que fez. Foi um tipo de teste para ver se você está realmente disposto a estar com meu filho. — Anne disse. — E você não pareceu odiar a ideia. — Ela acusou.

— E não odeio, eu quero estar com Harry para sempre. Mas quando for fazer outro desses, avise pelo menos ao seu filho. Quase o matou do coração. — Murmurei.

— É, eu sei. Foi meio irresponsável. — Anne disse.

— Tudo bem, ele está bem agora. — Falei colocando a mão no ombro dela.

Ela me olhou. — Você é um bom garoto, Louis. Não vacile de novo. — Anne disse e então se afastou.

— Não vou. — Murmurei para mim mesmo.

***

Espero que estejam gostando.

Até mais,

–K.F.

Black Angel [L.S] Mpreg!HarryWhere stories live. Discover now