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𝗖𝗮𝗿𝗮𝗺𝗲𝗹 𝗕𝗼𝘆

𝗖𝗮𝗿𝗮𝗺𝗲𝗹 𝗕𝗼𝘆

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Terra, o planeta onde 80% da população despertava individualidades, quirks, e eu fazia parte dessa porcentagem, mas era diferente da maioria dela, nãoo queria ser um herói, uma heroína, no caso. Não havia alguma razão em particular, simplesmente não sentia vontade, nem obrigação de ser uma heroína, mas também não sentia vontade de ser uma vilã.

Estudava em uma escola normal, nada como UA ou Shiketsu, e era nessa mesma escola a qual me encontrava agora. Olhava pela janela ao lado de uma cadeira, não observando nada em específico – até porque não tem muito o que observar quando você só enxerga em preto e branco – enquanto a professora responsável realizava a chamada.

— Sasaki Shizuka! — chama.

— Hai! — respondi, sem virar meu olhar da janela.

Sorri de canto, Shizuka, tranquilidade, calmaria. Meu nome fazia jus ao meu quirk.

Acho que devo explicar o do preto e branco… É até que simples, eu não consigo enxergar as cores, nasci assim. Enquanto todos vêem amarelo, eu vejo cinza, enquanto todos vêem vermelho, eu vejo preto, enquanto todos vêem rosa, eu vejo branco. Não que sequer saiba como essas cores são, para falar a verdade, para sim as cores são só nomes. Meu mundo é como um programa de TV antigo. Claro, eu gostaria de poder ver as cores, cores além do preto, branco e cinza, mas não tem como. Os médicos disseram que não havia solução e minha família vive dizendo que isso tem a ver com o sangue da família, não que eu acredite. Sempre que tentam me empurrar algum papo sobre nossa família eu mudo de assunto, ou vou embora.

Após realizar a chamada, a professora se dispôs a escrever no quarto. Poucos minutos depois, o quadro se encontrava repleto de deveres.

Olá, Deus, sou eu de novo…

Ok, não era burra, mas também não era inteligente. Conseguiria responder os deveres, não todos, mas alguns. Respirei fundo enquanto batia com meu lápis na mesa, isso mesmo, batia, já que o mesmo escorregou da minha mão e caiu janela a fora.

Nããããão!!! Lápis-chan! É cedo demais para você nos deixar!

Literalmente, é cedo demais, ainda estava na 2ª metade da aula. Virei para trás, procurando ajuda em meu fiel companheiro.

— Tomika~ — chamei, sorrindo.

— Seu lápis voou pela janela e agora você precisa de um emprestado. — afirmou, com a bochecha apoiada na palma da mão.

— Como esperado de alguém com o Byakugan! — concordei, satisfeita.

— Eu já disse mil vezes, não é porque meu quirk melhora minha visão e me permite ver 360°, que eu tenho o Byakugan. — diz com um tique em seu olho, me estendendo um lápis.

𝐂𝐚𝐫𝐚𝐦𝐞𝐥 𝐁𝐨𝐲| 𝓚. 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸Where stories live. Discover now