Rosa Vermelha

~○La Push●~

La push, nome exótico para uma praia gelada de areia escura. Quando meu pai havia me falado sobre uma praia perto da reserva me senti tentada a explorar o ambiente, procurar memórias antigas talvez, mesmo que isso significa-se ficar perto de outras pessoas, o que em si me causava arrepios, pessoas quase sempre vinham acompanhadas de perguntas e apresentações, coisas que eu detesto.
Eu não era exatamente a miss simpatia, humanos não me inspiravam confiança, talvez por isso os frios sejam tão odiosos já foram humanos, suas piores características eram aumentadas, o que os tornava tremendo filhos da puta. Sinto um calafrio ao pensar de novo naquele ser, vampiro? Talvez, ou um demônio o que na minha cabeça fazia mais sentido, eram belos e fatais, não importa, se eu ver algum novamente vou mata-lo.

O vento gelado de la push deveria ser meu convite para voltar para casa, algo que resolvo ignorar, enquanto não houver pessoas por perto, ali eu permaneceria.

Caminho pela praia procurando detalhes, que me lembravam o passado. Não é necessário andar por muito tempo, vejo indícios de uma fogueira.

- Interessante! - Penso um pouco alto, os quileutes não haviam mudado tanto no decorrer dos séculos.
Winifred teria gostado de conhecer essa tribo, minhas irmãs teriam curtido conhecer os metamorfos, sorrio um pouco triste com a memória, elas teriam usado a energia vital deles, teriam me usado para atrai-los, não importava a magia de nós 3, ou apenas de uma, eles não venceriam.

Sento em um tronco caído suspirando e tragando um pouco mais de ar que o normal. Essa é a segunda vez que retorno ao mundo mortal e ao que tudo indica minha sorte não havia mudado muito, deveria ter pensado melhor, especificado que não queria uma nova vida com tragédias, mas o que eu poderia fazer? Se eu demorasse mais não teria a oportunidade de tentar de novo e diferente de minhas irmãs eu não queria amaldiçoar gerações futuras de ninguém, os únicos que mereciam pagar eram os que nós levaram a forca ( - Como se estivessem errados -) e nem eles estavam em minhas preocupações, pagamos com a vida e eu realmente rezo para que elas nunca voltem a vida, os humanos pagariam caro e pela segunda vez não ficaria do lado delas, mesmo se novamente, tivesse que pagar com a vida.

- Acenda! - Digo fazendo um pequeno movimento com a mão, uma fogueira era o necessário para me aquecer e me afastar de lembranças antigas.
Ouço vozes alegres ao longe, imagino que estejam vindo a praia, não dá pra evitar uma pequena careta, minha pequena paz séria abalada.

Observo aqueles rapazes se aproximarem enquanto riam e brincavam uns com os outros. Não eram humanos isso era certeza, conseguia sentir a magia em cada um, sem contar o fato de não estarem vestidos adequadamente para o frio. Não eram de se jogar fora, imagino que essa seja a forma espiritual dos lobinhos. Uau! Tenho que me lembrar de agradecer aos espíritos ancestrais que tornaram possível observar essas beldades nesse plano. A qual é? Não gosto da companhia de estranhos, mas a visão que estou tendo me lembra que meu passado me condena, Não era exatamente Sarah a puritana, muito pelo contrário eu sábia usar minha beleza para atrair os homens. Balanço a cabeça tentando retornar um pouco do meu juízo, essa era uma nova vida o passado era uma outra vida que deveria ser apenas um aviso.

- Ei, você está nos nossos lugares! - Nem me dei o trabalho de levantar o rosto para visualizar aquele ser na minha frente. Mal educado.

- É? Não Vi nenhum nome escrito por aqui. - Digo fazendo um movimento com as mãos. Acho que o garoto ficou um pouco desconcertado, o mesmo começou a tremer. Aff! Lobos e seu super auto-controle. Me levanto no momento que um deles coloca a mão no ombro daquele idiota.

- Se controla! - Me aproximo dele, retirando meu capuz para olhar bem em seus olhos, se era briga que ele queria, era briga que ele teria, no fim precisava de uma distração para aplacar o tédio de meus dias atuais.
Dei uma rápida olhada nos que estavam ao redor parei meu olhos no que estava com as mãos no ombro do estressadinho.
Podia imaginar tudo mas ao olhar em seus olhos o lobo pareceu relaxar e vidrar o olhar no meu, DROGA! Já havia ouvido falar daquilo, como era mesmo o nome? A não importa, o desafio e tudo mais, tinham perdido toda a graça, não esperei que algum deles falasse alguma coisa.

Apenas virei minhas costas indo em direção a minha casa, claro, sorrio maldosa, apaguei a fogueira, e os troncos? Digamos apenas que eles vão precisar de outros. Não se irrita uma Sanderson e sai impune...