¤●○Amarga ilusão○●¤

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- Sarah não vá pra tão longe! - Minha mãe me gritava, não havia preocupações, não havia medo, tudo que existia era meu pequeno mundo de criança. Eu corria e fazia castelos na areia da praia, nada me abalava naquele momento.

Tudo era perfeito, até vir o Sabbath das Bruxas em meu aniversario, eu acendi, não era mais Sarah Bennety a menina se fora, as lembranças e emoções de minha vida passada haviam surgido, deveriam ter sido o suficiente para temer revelar meu segredo.

Minha mãe era diferente, ela sentia e sabia mais do que transparêcia. Ela notou minhas mudanças, minha aparência não era mais como antes, meu humor estava diferente, a menina medrosa e alegre se tornara uma bruxa calada e desconfiada.

Um dia ela me confrontou, eu ainda não tinha entendido, não sabia que deveria proteger meu segredo, ainda não sabia exatamente quem era. Então eu fiz, eu mostrei para ela o que era as lembranças, a raiva tudo o que se passava comigo eu mostrei.

Choque foi o que identifiquei em suas feições, ela me olhou como se eu fosse um monstro que houvesse engolido sua menininha o que de certa forma era verdade. Meus olhos se encheram, resisti até não conseguir segurar minhas lágrimas, ela era importante demais para a menina.

- Está tudo bem Sarah, a mamãe vai dar um jeito. Vai ficar tudo bem! -- Ela dizia enquanto me abraçava, foi o único momento como Sanderson que senti o amor maternal. Ela me amava mesmo descobrindo o monstro em mim. Com as bruxas não era assim ou matamos ou morremos.

Não tive muito tempo com ela, uma semana depois, um frio a matou. Pela segunda vez o amor havia sido arrancado de mim, e eu sabia que era uma punição uma forma de o Universo me punir por ceder a algo que eu não deveria ter. Por isso a ligação com o lobo era estranha, Seth é puro demais para alguém como eu o que os espíritos ancestrais queriam com isso?

- Você não deveria estar na escola? - Olho indiferente a figura morena na minha frente, não importa o quão belo ele era, sua presença sempre me causava calafrios e raiva.

- E você não deveria estar cuidando da própria vida Alister? - Vejo o bruxo dar um sorriso de lado. - O que faz em Forks? Ou melhor, o que faz vivo? Achei que Winni tivesse te matado.

Analiso a pequena cafeteria, procurando apenas um motivo para não matar o traidor em minha frente.

- Ai! Me alegra ver que sentiu a minha falta. - Ele sorri irônico com uma mão no coração.

- Não respondeu minha pergunta! Não tenho tempo a perder com você, seja direto ou caia fora, se não quiser morrer dessa vez! - Não tinha paciência para a cobra em minha frente, na verdade para nenhum bruxo em si. Seu sorriso debochado conseguia me irritar mais que o normal, era obvio que ele era um rato, ele com certeza havia entregado várias bruxas a morte, não teria vivido tantos séculos sem nenhum dano se não tivesse se beneficiado de alguma maneira.

- Não fui eu que entreguei vocês a forca, deveria saber disso.

- É esse o assunto? Porque se for não é de meu interesse. - Ele perde sua feição debochada, se mantendo um pouco serio antes de começar a falar.

- Ah um clã vampiro, Volturi, eles estão caçando o restante de nossa espécie.

Analiso um pouco tau informação, me parecia ridículo bruxos(a) temerem vampiros.

- Hum! Sua informação me parece sem sentido, porque nossa espécie deveria temer esses Volturi? Até onde sei, vampiros queimam e despedação é só mata-los! - Simples demais isso não deveria estar tomando o meu tempo.

- Não é tão simples Sanderson, não restam mais bruxas como você, houve muita mistura com os humanos. Nossa raça perdeu a força. Os vampiros tem habilidade que podem nós matar, esse clã tem esses habilidades.

- E. O que você quer que eu faça? Pense bem no que vai dizer, porque não dou a mínima para o seus problemas! Sei o suficiente sobre você para saber que deve ter dado informações a eles, sobre nossa espécie. --- Vejo ele travar, não havia mais sinal de deboche, medo talvez e outra coisa que não consigo decifrar, ele é melhor que um humano em esconder emoções. --- Parece que fez merda irmãozinho e a única que poderia gostar de te ajudar está morta.

Me levanto saindo da cafeteria, é claro, o idiota veio atrás de mim.

- Eles estão com a minha família! --- Paro interessada. O idiota teve família, distrações perigosas é evidente que serião usados por contra ele.

- Família irmãozinho? - Me digo virando para o mesmo, por sorte não tinha muitas pessoas na rua. ---Você é mais burro do que imaginava! --- Rio descontrolada, não o suficiente para lhe gerar dor, mas o suficiente para aliviar um pouco a minha alma e parecer uma lunática. --- Você passou informações sobre mim! Porque não me surpreendo? Mas sabe? Dessa vez você vai pagar!

Não dou tempo dele fazer algo, sinto o seu pavor enquanto lhe arrasto para um beco.

- Por favor Sarah não! Foi o único jeito, deles não machucarem minha família. - Ele parecia desesperado.

- Shiu! Irmãozinho, fique calado, enquanto descubro o que preciso!

Uso meus poderes prendendo ele na parede, encosto em seu rosto recebendo as informações que preciso. Imagens e mais imagens, nomes e poderes. O suficiente para fazer qualquer um sentir medo, bem, eu não sou qualquer um.

- Bela família maninho! --- Rio debochada. --- Uma hora dessas sua família já virou alimento dos sanguessugas que você ajudou. --- Dou uns dois passos para trás, vendo Alastair desmoronar, ele já não tinha poder, os anos de consumo da mágia negra haviam cobrado o seu preço. Meu irmão era mortal agora. Ele se tornou um inútil para mim e para os vampiros que o idiota servil.
--- Você ira me esquecer, tudo relacionado a magia deixou de existir para você a partir de agora! --- Estalo meus dedos concretizando meu comando, saiu o deixando desacordado no chão do beco. Ele colheria os frutos de suas ações, pelo que eu vi os Volturi logo viriam atrás dele, em busca de informação. Sorrio irônica, pela primeira vez o rato não teria informações para o leitor de mentes Volturi.

E maninho se ferrou!

Caminho distraída em direção a floresta, não havia perigo para mim.

Um lobo me observava de perto, a força dessa ligação o fazia se preocupar e querer proteger o monstro de alguns contos infantis. Deixo ele seguir meus passos, não importa muito, ele me acalma e nesse exato momento é o único fora minha família que não precisava me temer.

O ódio ia começar a me consumir, a magia negra ia tentar me dominar. Quando a hora chegasse talvez nem Seth conseguiria me ajudar.

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Rosa VermelhaWhere stories live. Discover now