58. Na dúvida seja passiva

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POV Narradora

Após a reunião, Gizelly foi embora o mais rápido que pôde, sua cabeça estava a mil, seu estômago embrulhado, tudo o que foi falado naquela reunião a abalou, em especial, a forma como Rafaella não disse um 'a' sequer pra defender a ideia delas juntas, o fato é que ela sabia que Rafaella não iria assumir algo com ela, mas não esperava que a mineira não intervisse nem na forma rude como a prima falou sobre a possibilidade.

Gizelly saiu de lá e foi para o barzinho mais próximo, encher a cara era tudo o que ela precisava naquele momento e foi o que ela fez...

POV Gizelly Bicalho

- Manda a bebida mais forte que tiver aqui. - eu disse assim que cheguei ao balcão do bar, não sei o que era aquilo mais logo mandei pra dentro, o treco desceu queimando minha garganta, eu tossi algumas vezes e quando me recuperei disse - Manda outra dessa e uma cerveja!

Tomei a segunda dose com a mesma rapidez que a primeira, dessa vez não tossi tanto, logo em seguida dei um longo gole na minha cerveja. Fiquei ali enchendo a cara, até que comecei a ficar extremamente bêbada, então o garçom me fez ligar pra alguém.

- TABAAATA SUA SAAAAFADA - eu dizia rindo e chorando ao mesmo tempo, o garçom pegou o celular.

- Oi Tabata, sua amiga tá aqui e tá super bêbada e tem uns caras de olho nela, eu tenho irmãs, então achei melhor fazer ela ligar pra alguém que pudesse vir pegá-la... Certo, eu ficarei, tchau.

Em alguns minutos a loira tava aqui, me ajudando a caminhar até o uber, quando chegamos em casa ela me levou até o banheiro, me botou debaixo do chuveiro e me deu um banho, antes de sair de lá eu comecei a vomitar, ela ficou ao meu lado, até que eu acabei e ela me levou pra cama.

- Fica aqui Tabiti. - disse embolado e chorosa - Por favor.

Ela ficou, ao meu lado até que eu dormisse. De manhã acordei com ela me chamando.

- Levanta Gizelly.

- Nossa, um trator passou em cima de mim - tentei abrir os olhos, mas a luz incomodava.

- Bebe tudo! - me deu uma garrafa de água e uns comprimidos, eu bebi a água toda - Agora vai tomar banho que temos trabalho, no caminho você me explica que porra deu na tua cabeça pra tomar um porre daquele em plena quinta-feira.

Assim eu fiz, fui quase que me arrastando até o banheiro, tomei meu banho, quando cheguei na cozinha Tabata me entregou uma xícara de café, estava super forte.

- Obrigado amiga.

- Me explica o que deu em você? - ela tava séria.

- Não sei...

- Não sabe? Cê tava chorando que nem um bebê Gizelly, eu não entendia nada que você falava. Então não me vem com esse "não sei" - ela parecia irritada.

- Não me faz falar sobre isso, já tô muito na merda pra tá relembrando - encarava a xícara.

- Vamos. - a loira me encarava - Temos que trabalhar - deixou isso para lá, por hora.

A manhã foi horrível, eu tava quase morrendo com a ressaca, minha vontade era só de vomitar, apesar de ter tomado dois remédios pra dor de cabeça, ela não havia passado. No horário do almoço preferi ficar na minha sala, deitei e dormir no sofá, pedi pra Tabata me acordar quando ela chegasse. Quando acordei minha cabeça estava relativamente melhor, mas eu ainda tava com o corpo pesado... Ou cachaça errada essa, sangue, fogo e labareda!

Rafaella me ligava, mas eu não atendia, ela mandava algumas mensagens, mas sem sucesso, não queria falar com ela.

A noite apareci no meu Instagram, haviam muitos directs, a maioria falando sobre Girafa, meu número de seguidores aumentou muito e haviam vários comentários em minhas fotos... 

EncontroTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang