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"Desde que nos mudamos,eu tenho sonhos estranhos e da última vez segurei a mão da mamãe,eu vi ela e o papai em uma guerra, tinha fogo, destruição e gritos.

Eu contei para ela mas apenas achou que foi um pesadelo,mas já a madame Lin acreditou no meu pesadelo,me pediu para desenhar tudo que eu me lembrava e depois disso faríamos um teste.

Todas as noites de sexta-feira, jantamos na casa dos Lincoln, papai sempre fica empolgada contando sobre seu treinamento e sobre a expansão de novos territórios, mamãe também está participando dos treinamentos, enquanto eu passo maior parte do tempo com a Lin e suas atividades.

Eu não alcança a mesa de jantar,por isso Matt me emprestou dois livros para me sentar na cadeira, ainda não consigo conversar muito,tenho medo de ser estranha ou da minha voz ser irritante.
Mas agora já perdi a fome ao escutar Mark zoar o Marco.

- Não acredito que você está afim da Lauren,ela é estranha demais.- diz Mark .

- Você não precisa gostar dela,quem tá afim sou eu não você. - diz Marco irritado.

- A qual é ela só fica na jardinagem,nem faz seu tipo. - diz Mark.

- Você gosta mais das garotas corajosas, Lauren nunca participou das caças de verão.- diz Matt entrando na conversa.

Do outro lado da mesa meus pais continuam animados,com um assunto de uma nova missão para expandir territórios,todas as vezes que eles tocam nesse assunto minha cabeça dói e me lembro do sonho.

E agora Mark falando dessa garota,sinto meu estômago doer.

- Isso é problema meu,me deixem jantar em paz. - diz Marco ignorando seus irmãos.

- Ei tampinha você está bem?. - diz Matt me observando.

Tampinha eu odeio esse apelido mas fez o Marco sorrir uma vez para mim. Agora talvez eu não odeio tanto assim.

- Sim. - digo mexendo a colher no prato sem encarar eles.

- Você está em silêncio desde que chegou. - diz Mark agora também me encarando.

Apenas sorrio e encho minha boca com o purê de batata.

- Precisamos de uma foto juntos em família. - diz a Sra. Lincoln chamando a atenção de todos.

- Ótimo ideia!. - diz mamãe animada.

A poucos semanas ela odiava tudo e agora nem parece que um dia chegou ter medo dos sobrenaturais, eu não entendo os adultos.

Depois do jantar nos juntamos nas escadas da grande casa do Alfa, todos sentados nos degraus e a serviçal preparando a câmara para a foto.

Marco senta ao meu lado e então bagunça meus cabelos.

- Tudo bem tampinha?. - diz me encarando.

Posso sentir meu rosto esquentar e minhas mãos tremer, porque fico estranha todas as vezes que ele aparece? Ou porque eu nunca vejo ele sorrir com frequência?

O Supremo Rejeitado IIWhere stories live. Discover now