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"Estou com medo e perdida na floresta, já gritei procurando por eles, mas parece que não foi o bastante. Tento fingir que não estou com medo mas estou chorando em silêncio encolhida próxima as árvores.

Escuto passos e barulhos de galhos quebrados, sinto meu estômago doer de medo, imaginando ser algum monstro da floresta.

- MERCY! - grita uma voz familiar.

Me levanto entusiasmada e aliviada de não estar mais sozinha.

- MARCO! - grito em resposta desejando ver seu rosto outra vez.

Meu coração está acelerado, desejando ser encontrada pelo Marco ,pode de ser só minha imaginação mas eu me sinto feliz de um jeito estranho quando estou com ele, o tempo parece parar e todos meus medos e sonhos ruins deixam de existir.

- Tampinha você deixou a gente preocupado. - diz se aproximando.

Sem pensar muito, corro até ele e o abraço forte não segurando meu choro.

- Eu fiquei com tanto medo de nunca mais ver você. - digo entre soluços.

Ele me segura em seus braços e retribui o abraço.

- A culpa foi toda minha, devia ter segurado sua mão para não se perder.- diz afagando meu cabelo. - Vamos para casa?- diz me deixando novamente no chão.

- Sim!- digo limpando meu rosto molhado de lágrimas.

Ele estende sua mão para me segurar e seguro sorrindo, sentindo minhas bochechas esquentar.

- Vamos nos casar um dia ?- digo animada imaginando o futuro dos meus sonhos.

- Oi? De onde você veio essa besteira ?- diz confusa.

- Primeiro veio do meu coração, segundo você me encontrou e estava preocupado isso é amor. - digo tento acompanhar seus passos pela trilha da floresta.

- Isso não é amor. - diz sério.

- Mas você se importa já é um começo.- digo animada. - E eu amo você, isso é que mais importa. -digo sorrindo tentando ignorar a sensação de leveza só de estar segurando sua mão.

- Espere aí, cadê aquela garotinha chorona agora a pouco ?- diz confuso. - O que aconteceu com você ?

- Seu amor me salvou. - digo sorrindo.

- Mas eu não amo você tampinha. - diz frustrado.

-Mas um dia vai me amar,eu prometo. -digo confiante."

- Minha nossa! Feijãozinho, que fedor não é possível isso tenha saído de você. - digo enquanto troco sua fralda, essa não era a primeira vez cuidando de um bebê.

Molly foi a primeira criança que me arrisquei a trocar fraldas, enquanto ela e o Matt conversavam depois da guerra.

- Agora que está limpinho, vai passar o dia com a Kate enquanto a mamãe trabalha. -digo tenta colocar uma roupinha simples.

O Supremo Rejeitado IIWhere stories live. Discover now