Brincando com o Perigo

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A imagem do chão de seu quarto foi um grande alívio, seu coração batia forte, como se respirar tivesse se tornado praticamente impossível. Ela se sentou ainda encarando o chão e a porta foi aberta revelando a figura obscura.

— Oi – O olhar de Mal era vazio, o ar ainda falhava.

— Você tem visita, filha – O olhar de Malévola era sombrio, o sorriso em seu rosto indicava que alguma maldade havia sido planejada.

Mal, já arrumada, vestindo algo que não seu pijama, descia as escadas e sentiu o beijo da rainha do inverno por todo o seu corpo ao ver Evie ali. Antes que ela pudesse dizer algo, se lembrou da presença de Malévola ali. Então saiu quase puxando Evie para fora do castelo.

— Você definitivamente ficou maluca – Ela quase derrubou a de cabelo azul.

— Eu precisava falar com você – A herdeira da Rainha Má ficou com o semblante entristecido.

— E vir até o castelo de Malévola é algo extremamente normal, todo mundo tem essa vontade – Mal praticamente gritava.

Evie suspirou fundo, e Mal a repreendeu com o olhar. Decepcionada? Talvez...

— Vem! – Mal segurou nos braços da garota, puxando-a até a loja Enoja.

Malévola observava as duas jovens garotas do alto de sua sacada, os lábios apertados e os olhos pareciam reluzir, havia um brilho de maldade ali.

Elas se sentaram no balcão e fizeram seus pedidos.

— Agora fale, Evie – Mal estava furiosa com tudo aquilo.

Evie estava com a cabeça baixa e sussurrou um pedido de desculpas. Mal, vendo tudo aquilo, tocou suavemente a mão da garota, que a olhou com um sorriso doce até demais.

O duende apareceu e Mal tirou rapidamente a sua mão dali, fazendo as bochechas de Evie queimarem.

Enquanto elas tomavam o seu café-da-manhã, Evie contou mais detalhes da carta e de que maneira Carlos e Jay estavam envolvidos. E com tudo isso Mal explicou a ideia que teve, era óbvio que ela não estava a fim de ir para Auradon, mas caso ela fosse, gostaria de levar algo. Claro, isso se a sua mãe permitisse.

— Mas isso não é perigoso... – Evie tremeu de medo.

— Não acredito que a garota que praticamente invadiu o castelo da senhora de todo o mal está com medo de uma busca tosca.

— É diferente...

— Não diga que não a alertei quando for torturada pela senhora das trevas.

— Eu já fui pela filha dela... – Evie sussurrou provocativa.

— Você curtiu, admita – Brincou. Mal bebericando do seu suco.

— Nunca neguei – A de cabelo azul deu numa mordida em sua torrada.

— Melhor irmos, já estamos mais do que atrasadas, vou ir pegar minha mochila e já volto. – Mal saiu dali antes que Evie pudesse dizer algo.

A de cabelo púrpura entrou sorrateiramente em seu castelo, ou melhor, o de sua mãe.

Ela chegou a seu quarto, colocou a mochila nas costas e desceu correndo o mais depressa possível para sair dali. Quando a sua mão alcançou a maçaneta, Mal sentiu seu corpo se jogando contra a parede, um pequeno grunhido pela dor inesperada saiu de seus lábios. Ela sentiu as unhas afiadas de Malévola perfurarem os seus pulsos, sentiu o sangue percorrer seus dedos e pingar no chão.

— O que você quer com a filha da Rainha Má? – Malévola rosnou as palavras.

— Ela vai pegar o cetro e- – Sentiu as unhas cravarem mais e um quase grito quase saiu pela dor, Mal controlava para não deixar lágrima alguma escapar.

Barreira do destinoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora