Apolo - 17 anos

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Ela rebolava na beirada da pisicina, não como uma garota que queria chamar atenção, mas como uma garota que estava se divertindo, a pureza dela praticamente exalava de seu sorriso. Eu me sentia na obrigação de cuidar dela, mas não iria me meter. Não tinha um porquê.

Até um idiota chegar com shots de tequila, e ela tomar não apenas um, nem dois, mas sim quatro shots em seguida.

Fiz as contas, estavamos na festa havia mais de três horas e ela havia tomado vodka, wisky e cerveja. Não, tequila não era uma boa ideia.

O idiota começou a passar as mãos em seu corpo e tentar puxa-la para ele, até quase derruba-la.

No segundo seguinte eu puxava o idiota pela gola da camisa como um cachorro pela coleira e Alpha pela cintura.

-Da licença meu amigo, ela não esta dísponivel para você hoje – nem nunca.

Tá, algum dia, talvez. Mas Alpha nunca ficaria com um babaca daqueles. Não enquanto eu estivesse ao lado dela. Ela merecia mais.

-Céus, o que foi isso? – Ela olhava assustada para o rapaz enquanto eu a guiava pela cintura para fora da casa em direção a caminhonete de tia Mary.

-Apenas um babaca, vamos para casa. Você já bebeu demais. – disse ainda tentando controlar minha pulsação.

-Você está bravo comigo?

Bravo? Eu estava puto, no melhor dos casos. Mas não com ela. Jamais, com Alpha.

Chegamos na frente do carro e ela apenas ficou parada, me fitando e esperando uma resposta para sua pergunta.

Suas bochechas estavam coradas e ela estava um pouco suada. Alguns fios loiros claros grudavam em sua testa, a luz da lua cheia ajudava a iluminar a noite e refletia diretamente nos seus olhos azuis. Alpha sempre foi muito bonita, mas aquela noite, ela estava simplesmente diferente.

-Não baixinha, não estou bravo com você. – disse soltando o ar, implorando que aquilo bastasse.

-Não me chame de baixinha! – ela falou brava e enrolando a lingua. Desde quando ela não gostava disso? – Eu não sou uma criança, Apolo.

-Tem apenas 15 anos, é uma garotinha ainda Alpha. Agora entre no carro – comecei a realmente ficar nervoso.

-Não sou uma garotinha, droga! – Ela falou mais alto.

O que ela queria de mim, meu deus?

-Alpha, é sim uma garota de 15 anos, esta vendo um pouco da vida agora, e...

Sua mão agarrou o colarinho de minha camisa polo me deixando  completamente sem palavras, e antes que eu percebesse estava engolindo em seco, um pouco assuatado.

-Garotinhas fazem isso, Porches? – Disse encarando meus olhos com malícia.

Antes que eu pudesse perguntar o que, seus lábios estavam se encostando suavemente nos meus, me deixando completamente sem reação.

Se minha pulsação antes estava acelerada, naquele momento eu estava infartando. Meu estomago se agitou e uma forma que nunca fez antes com ninguem. Alpha pareceu percebeu o que estava fazendo apenas quando seus lábios já estavam colados nos meus, e perdeu um pouco o equilíbrio. Antes que ela caisse meus braços contornaram sua cintura e eu a puxei para mim, unindo novamente nossos lábios me deixado completamente fora de orbita, sentindo seu corpo mais próximo do meu e seu calor me aquecendo de uma forma reconfortante.

Seus lábios tinham gosto de gloss com cereja e alcool, e eu sabia, desde o momento que ela desceu aquelas malditas escadas, que eu queria muito tirar todo aquele gloss labial.

Puxei suavemente seu lábio inferior fazendo com que ela suspirasse e me desse o espaço necessário para aventurar minha língua por sua boca. Ela pareceu assustada em um primeiro momento, mas em seguida suas mãos puxavam minha nuca em sua direção e eu apertava seu corpo entre o meu e a porta do carro.

Me afastei para pegar folego, me sentia além de sem ar, sem reação. De onde havia saido aquilo?

-Alpha, o que... – Não consegui terminar a frase.

-Apolo, vou vomitar.

Antes que eu pudesse me afastar totalmente, Alpha se apoiou no carro e vomitou uma enorme quantidade de uma coisa rosa em cima de meus tênis. Em seguida, passei meus braços por sua cintura tentando ampara-la. Ela se colocou em pé novamente, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, desmaiou em meus braços, me deixando completamente sem reação pela segunda vez seguida naquela noite.

Trajeto Paralelo - Alpha e Apolo | Parte I (Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora