Alpha - 15 anos

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Acordei com a cabeça doendo, mas depois de alguns segundos o meu corpo inteiro doía. Sinta que meu estômago estava completamente revoltado com minhas atitudes e que a qualquer momento colocaria algo para fora. Adimito que estava com um pouco de fome também. Fiz uma tentativa de me sentar, porém meu corpo inteiro protestou contra.

O que houve comigo? A última memória que eu tinha da noite passada era estar dançando com Lou próxima a piscina da casa de Emily.

Lentamente me sente em minha cama, e vi Apolo dormindo no pequeno sofá do outro lado do quarto, completamente encolhido de frio. Levantei e levei até ele uma manta, cobrindo-o.

Meus pais chegariam apenas amanhã então não precisava me preocupar em tirar Apolo de lá. Quem me derá meus pais ao menos tivessem um bom motivo para que ele não estivesse lá.

Tentei forçar minha mente a se lembrar de mais algo da noite anterior, mas tudo era uma completa confusão. Tinha alguns flashes, mas não me lembrava de nenhum dialogo. Me lembro também de um gosto muito azedo, e depois disso mais nada. Tudo ficou escuro.

Caminhei na ponta dos pés até a cozinha com medo de despertar Apolo, e tomei alguns copos de água. Não me lembro qual a ultima vez que senti tanta sede na minha vida.

Ainda me sentia um pouco alcoolizada quando pensei em olhar para meus trajes, e notei que eu usava meu incrível pijama de coelhinhos... Como aquele pijama havia ido parar ali?

-Droga! – deixei escapar ao pensar no lógico.

Apalpei meus seios, ainda usava um sutiãn. Um misto de alivio, e devo adimitir, decepção, pairaram sobre mim.

-Esta se sentindo melhor?

Me assustei quando a voz sonoelnta e grossa de Apolo surgiu atrás de mim, fazendo com que eu quase derrubasse o copo de vidro que ainda segurava.

-Desculpe, não quis te assustar – ele estava com o rosto extremamente cansado e não parecia estar de bom humor, seus olhos estavam contornados por olheiras arroxeadas – apenas queria saber se estava melhor. Seria bom tomar um isotônico, você vomitou bastante.

-Não me lembro de vomitar. – disse me sentindo ridícula.

Seus olhos correram pelo meu pijama de coelhinhos, fazendo com que eu me encolhesse e me sentisse quente ao mesmo tempo... O que estava havendo?

-Vou embora. Preciso de um banho. – disse de forma seca.

-Pode usar o chuveiro dos meus pais, sabe disso. – como sempre, quando ele dormia ali. Algo estava errado.

Sua expressão era apenas confusão, talvez um pouco de raiva.

-Eu... – ele passou os dedos entre os cabelos levemente ondulados, os tornando uma bagunça ainda maior – vou embora.

Ele estava mesmo puto por ter me visto bêbada? Claro, ele nem queria que eu fosse, era menor de idade e prometi me comportar, mas não é como se eu tivesse feito algo absolutamente horrível e sem concerto, não é mesmo? Somos jovens, seculo vinte e um, não estamos fazendo nada fora do esperado dentro do paramêtro de normalidade adolescente.

Quantas vezes Apolo apareceu depois de levar uns socos em minha porta, ou depois de beber um bocado e saber que não poderia entrar em casa daquela maneira? Eu não sou mais uma criança.

-Esta bravo comigo? – falei me colocando á sua frente antes que ele chegasse á porta.

-Alpha... – ele tentou passar por mim e fechei seu caminho novamente – Me deixe passar.

-Não, não antes de me responder. Esta bravo comigo? – disse cruzando os braços enquanto tentava não pensar no mal estar e dor de cabeça que estava sentindo naquele momento. Precisava ser madura.

-Alpha, porfavor – ele cerrou os olhos e respirou fundo.

-Eu não sou uma criança Apolo, que porra.

Então ele explodiu.

-Eu não estou bravo, eu estou completamente puto com você Alpha! Puto para caralho, querendo só que você suma da minha frente. Você tem quinze anos, é uma criança sim, e se eu não estivesse lá ontem? Teria feito o que? Dormido por ai? Ido para a cama com aquele... – ele engoliu em seco e abaixou o tom de voz ao me ver estremecer com seus gritos – com qualquer idiota que aparecesse na sua frente? Pelo menos se lembra do que aconteceu ontem?

A cada pergunta que ele fazia eu me sentia pior, e no final a primeira lágrima rolou sem que eu tivesse qualquer controle.

-Fiz algo muito ruim, Polo? – Disse junto ao primeiro soluço.

Senti sua raiva diminuir um pouco com a menção do apelido e ele respirou fundo.

-Não baixinha, você não fez absolutamente nada de ruim. Apenas estou cansado, não dormi bem e estava preocupado com você. Desculpe.

Ele me encarou e secou a lágrima solitária que havia descido junto á seus gritos. Eu não queria que ele fosse embora, não queria que fosse para longe de mim, apenas queria ele aqui, comigo.

Eu ia contar tudo ontem, tinha tudo na cabeça, beberia um pouco pois isso me daria mais coragem, estaria com as roupas a maquiagem de garotas da idade dele, eu agiria como uma pessoa díferente, eu não seria a melhor amiga chaveiro e sim a garota que colocaria Apolo Porches na parede e diria tudo que estava engasgado há anos. Mas ali, naquele momento, tudo me parecia ridículo.

E se eu o perdesse? Estremeci ao pensar em uma vida sem Apolo.

-Volta mais tarde para assistirmos um filme? – perguntei receosa.

Ele sorriu de uma forma triste que eu não estava acostumada a ver, e também não gostava.

-Claro, baixinha. – Beijou minha testa e foi embora, me deixando com o coração apertado com a seguinte duvida: eu estava disposta a aceitar te-lo na minha vida apenas como melhor amigo?

Eu sabia que não. 

Trajeto Paralelo - Alpha e Apolo | Parte I (Amazon)Where stories live. Discover now