23. Top 10 esquisitices de escritor

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#pratodosverem | Descrição da imagem: vê-se o autor Henggo em um banheiro, sentado pelado no vaso sanitário, com o papel higiênico desenrolado sobre a perna

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#pratodosverem | Descrição da imagem: vê-se o autor Henggo em um banheiro, sentado pelado no vaso sanitário, com o papel higiênico desenrolado sobre a perna. Ele segura o papel com uma das mãos, tem uma caneta na outra, e escreve com ar pensativo.

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10) ACORDAR DE MADRUGADA PARA ESCREVER. Quem nunca? Quer coisa mais básica para um escritor do que acordar feito doido e sair pelo quarto em busca de papel e caneta? Sim, papel e caneta para dificultar as coisas! O problema é quando me empolgo, escrevo, escrevo, escrevo e... "Meu Deus, amanheceu!". É algo comum na minha vida;

9) TER INSPIRAÇÕES COM TUDO E COM TODOS. Gente, se minha cabeça fosse uma impressora e tudo o que me inspirasse saísse automaticamente, eu já teria me afogado em papel. Sério! Jornais, gente na rua, plantas, o vento, o céu, eu me olhar no espelho, o vidro de perfume, uma caneta, o vaso sanitário (!), uma formiga, o cocô do cachorro, sério, é TUDO!, tudo ao me redor me inspira. É meio bizarro, na verdade. Só para ter uma ideia, já escrevi o conto no meio de uma missa. As pessoas lá pulando e cantando e eu alucinado escrevendo!;

8) ESCREVER EM TODAS AS SUPERFÍCIES DISPONÍVEIS. Você entendeu a palavra "todas"? Lenços de papel, papel higiênico, a folhinha da missa, o verso dos rótulos de embalagens, as paredes, receita do médico (já perdi uma por causa disso!), o chão, minha pele, contas de energia... E não adianta vir com soluções do tipo "Ah, abre o celular e digita no bloco de notas!". É papel! Tem de ser no papel!;

7) COBRIR AS PAREDES COM PAPÉIS. Quando estou no processo de escrita é inevitável que detalhes da história surjam fora do roteiro. É aí que entram em cena os meus amigos post-it. Já cobri uma parede inteira com eles por causa do livro "Um voo na escuridão". Foi lindo! Problema era só as visitas que chegavam, olhavam, sorriam e ficavam com aquele olhar de "Meu Deus, tão novo, tão doido...";

6) PENSAR NA HISTÓRIA ENQUANTO TRANSA. Eu sou maluco. Tá? Eu já aceitei isso. Mas a ideia vem nos momentos mais impróprios. Paciência! Estou lá concentrado (ou deveria estar!) e aí vem "Hum, e se fulano roubar a maçã mágica de ciclano e depois devolver para o avô?". Óbvio que os resultados são terríveis... Em todas as áreas!;

5) OUVIR AS VOZES DOS PERSONAGENS. Você leu acima onde digo que sou maluco? Então... Eu ouço meus personagens. E não, não enquanto escrevo ou leio meus textos. Ao meu redor! Não, eu não sou esquizofrênico. É algo deliberado. Mas, mesmo assim, esquisito, confesso...;

4) CHORAR COM O PRÓPRIO TEXTO. O legal da reescrita após alguns meses de deixar o textos "descansando" é que você volta à história com a visão do leitor e tudo é uma surpresa. Eu já chorei de soluçar com algumas cenas que escrevi. É uma sensação estranha, mas impactante e muito significativa. Há uma verdade naquelas palavras;

3) FAZER ENCENAÇÕES DOS PRÓPRIOS DIÁLOGOS – COM MÚSICAS! Certa vez, minha prima chegou em casa e eu estava com um espeto de churrasco na mão fingindo ser uma espada e declamando versos. E não, eu não era adolescente... De fato, foi há pouco tempo. E quando coloco música, então, vixe!, altas peças de teatro! Doideira ou não, modéstia à parte, meus diálogos são muito bons...;

2) OLHAR PARA AS PESSOAS MAIS QUE O NECESSÁRIO... Eu acredito que personagens interessantes são mais bem construídos quando emanam características reais. Por isso, eu vivo observando as pessoas em tudo o que é lugar. A questão é que, ou elas acham que eu sou um psicopata, ou que estou paquerando... Já cheguei a ir até a rodoviária aqui de São Luís só para sentar e observar o vai-e-vem da multidão. Foi uma aula, apesar de uma senhora ficar interessadíssima no meu caderno e chegar a chamar a colega para ver as anotações que eu fazia sobre a vida alheia - inclusive sobre a vida dela...;

1) VER AS CENAS DO LIVRO COMO SE FOSSEM HOLOGRAFIAS. Para mim, é a maior das minhas esquisitices. Eu vejo as cenas na minha frente; vejo os personagens como se fossem bonecos animados correndo sobre a mesa; vejo prédios e florestas e revoadas de pássaros. Consigo ver personagens escaladores pelas paredes e até cenas inteiras diante dos meus olhos como se fosse um filme. Da palma da minha mão ao capô do carro, as "holografias" aparecem em todo lugar... #tenso 

Eu não preciso de compreensão, eu preciso de internação! É diferente!

Depois de toda esse loucura, deixa nos comentários qual a tua maior esquisitice como escritora, escritor. Precisa de uma camisa de força também?

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WATTPAD: guia de sobrevivênciaWhere stories live. Discover now