"Qual o melhor dia para publicar?" "Por que as pessoas romantizam estupro?" "Quantas palavras devo escrever por dia?" "Qual a importância das fanfics para o desenvolvimento da escrita?" "Como fazer um roteiro?" "Posso escrever capítulos muito longos...
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#praTodosVerem | Descrição da imagem: vê-se uma foto aproximada da mão direita do autor. Ele segura um lápis e escreve em um papel.
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Aprendemos bastante ao longo de nossas caminhadas literárias e é importante valorizarmos isso. A escrita tem seus pontos estressantes, mas até eles nos ensinam algo. É na jornada de escrita que aprendemos a amar nossos personagens, descobrimos elementos da trama que passaram despercebidos até então, constatamos como a nossa narrativa evoluiu e as possibilidades de textos baseados em nossas experiências de vida. Por isso, delicie-se com esse percurso.
Muitas pessoas têm uma ânsia pela conclusão de suas histórias e esquecem de apreciar etapa por etapa, passo a passo. Focam apenas no resultado e ficam cegas para a jornada. A consequência disso é que, primeiro, você fica tão obcecado pelo fim que não percebe detalhes, erros e equívocos no começo e no meio. Segundo, você se pressiona e abre espaço para o bloqueio criativo. Calma.
O bonito da escrita é como nossas palavras afagam leitores, estimulam outras pessoas a escreverem, realizam sonhos mesmo que seja por apenas alguns minutos durante a leitura de um capítulo. No entanto, esse afago só é possível, só é verdadeiro, se você deixa que a narrativa flua. E a narrativa só fluirá que o teu percurso de escrita enfatizar essa fluidez.
Em outras palavras, as falhas que você tem ao longo da escrita do livro transparecerão no texto. A correria de tua mente, a ansiedade pelo fim ou por metas literárias inalcançáveis, tudo infecta teus personagens e teu universo. Podem não estar óbvias na leitura, porém, tenha certeza, estão nas entrelinhas.
Os silêncios e as ausências de um texto revelam muito sobre seus autores.
Quantas obras você já não leu cuja escrita parece tão instintiva, tão natural, que você até se esquece de que está com um livro nas mãos? Parece que a autora está ao teu lado, conversando contigo. Um dos motivos para isso é escrever de coração aberto, sem fardos. Quando você faz isso, quando se permite a esse derramar de sentimentos, o público mergulha em tua obra.
Permita-se.
Curta a interação com os leitores. Transforme cada mero comentário em uma oportunidade de fazer com que aquele leitor se sinta especial. Aprenda sobre a plataforma. Erre e acerte; perca e ganhe concursos. Converse, dedique-se, brinque. Não leia os livros dos outros com cinquenta pedras nas mãos e também não leia o teu próprio livro com cinquenta pedras nas mãos. Aprenda com os erros alheios, mas sem pisar nas pessoas. Encoraje-se a assumir os próprios equívocos. Tenha empatia por ti e pelos outros.
A boa escrita é mais do que a mera técnica. É também o modo como você usa esse ofício para a abraçar o leitor. O talento sem a técnica é uma bicicleta sem freio. E a técnica sem amor é uma abismo sem fim que sussurra belas palavras vazias.
