Capítulo 43

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Heitor Guerra

Já amanheceu, a luz do sol que bate forte no vidro da janela suja, pude perceber já deve ser em torno de umas 4:30 ou 5:00 da manhã. Abaixei a cabeça e passei as mãos no rosto, ainda estou tentando digerir tudo que aconteceu.

Meu estômago está doendo e meu ombro que havia levado um tiro na noite anterior está um pouco machucado, Fenício conseguiu machucar a região, a morte para ele foi pouco, eu deveria ter torturado ele um pouco mais, ele merecia isso. Mas isso agora não importa mais, ele matou Alicia, a mãe da minha sobrinha, por isso ele deve esta agora no inferno, pagando pelo seus erros.

Ouvir as palavras de Alicia antes dela morrer, foi como se ela tivesse me levado junto, sabe quando você sente uma dor tão forte dentro do peito, que te faz por um instante perder todo o ar dos pulmões? Foi exatamente desse jeito que me senti, na hora que ouvi Alicia dizer que foi ele, meu próprio pai que havia tirado minha mãe de mim.

Agora só o que resta dentro de mim no momento é angústia, rancor, magoa e sofrimento, como meu pai pôde fazer uma coisa dessas comigo?

Tirar a mãe de um filho que era tão feliz por tê-la, ela era minha única alegria, meu refúgio, tudo que minha mãe tocava ganhava vida, cor, ela era uma pessoa iluminada, suas voz doce me acalmava quando ele me dava surras por que eu não fazia o que ele queria.

Mas não tô me sentindo triste só por isso, a morte de Alicia também me atingiu em cheio, foi como um soco no estômago, aquele tiro era para mim, e ela sem exitar se jogou na minha frente, eu nunca iria imaginar que ela teria tal atitude.

Sei que Maya se senti culpada, eu e Alexia já conversamos com ela, sabemos que ela não teve culpa da morte de Alicia, ela sempre foi impulsiva, agia sem pesar, sempre foi assim.

O pai de Maya, Sr Luca, tentou me acalmar, eu estava desolado, ainda estou, mas naquele momento eu pude ver que ele foi um pai para mim, acho que é por instinto, ele simplesmente se ajoelhou ao meu lado e puxou minha cabeça para seu ombro, ele me amparou de um jeito que eu nunca imaginei que um dia fosse fazer, eu não esperava essa atitude dele.

Eu só queria que meu pai fosse assim, fosse como ele, que ama seus filhos e faz de tudo por eles. Eu vou ser eternamente grato ao Sr Luca, por tudo que ele fez por mim, por ele ter me aceitado na sua família, por ele deixar que eu namorasse a filha amada dele, por ele me amparar.

Enquanto eu estava desolado em seus braços fraternos no chão, ele disse no meu ouvido que vamos fazer justiça, que a morte da minha mãe não vai ficar impune. E que ele e os tios de Maya vão estar ao meu lado também. De uma coisa eu tenho certeza, eu vou vingar a morte de Helena Guerra, meu pai vai pagar pelo que fez.

Maya me deu um beijo demorado e um abraço de consolo, ela disse que iria me deixar a vontade com minha sobrinha, para que pudéssemos conversar em particular, ela é sempre compreensível.

— Tio, o que vamos fazer agora?

— Agora — suspirei — agora só temos um ao outro, e pode ter certeza que eu vou cuidar de você — beijei seus cabelos.

— Obrigado por sempre esta do meu lado, obrigado por cuida de mim — chorei silenciosamente com suas palavras.

— Somos uma família Alexia, eu sempre vou cuidar de você.

— Nunca imaginei que o vovô fosse esse monstro.

— Eu também, mas vamos esquecer isso, quero que vá para casa descansar.

Sedução Iminente - Livro 4 Da Série Iminente (Completo) Where stories live. Discover now