Capítulo 1 - O senhor 365547822000/02

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"A privacidade é simplesmente um bem entre muitos outros"

Amitai Etzioni

O direito à privacidade é explicitamente indicado nos termos do artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos

(Universal Declaration of HumanRights):

"Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, família, lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Toda Pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques".

Mas a privacidade não é um princípio absoluto. Não mesmo.

Algumas pessoas, mesmo no tempo atual, podem pensar que vivemos em uma democracia com códigos e leis para serem seguidas, ignorando totalmente a ideia que essas leis, códigos e todo um monte de protocolos e ressalvas servem apenas para controlar vocês, os cidadãos comuns, a grande massa.

Eu posso afirmar que as leis que vocês imaginam que asseguram sua segurança, seus direitos e deveres é uma criação da casta mais alta para domesticar as ovelhinhas e as manter á salvos de si mesmas, do próprio pânico, enquanto o governo rompe regras, cospe no código penal e sinceramente, toda essa ordem que rege cada um das pessoas que andam lá fora, sob a chuva iluminada pelos letreiros de neon na noite fria sob a forma de uma constituição é uma grande piada para quem a faz parecer legítima.

Bebendo um gole de café entre uma tragada e outra de cigarro, me permiti dar uma pausa no trabalho e sair, um pouco, de frente da tela de monitoramento. Lá do alto daquele prédio do governo, com janelas escuras que jamais deixam entrar a luz, eu fazia meu plantão noturno mais uma vez, mas agora meu Receptor estava fora de perigo, estava dormindo e era meu momento de poder relaxar um pouco.

Antes deixe situar o que realmente faço, a razão dessa minha introdução que muitos de vocês chamariam de blábláblá de um cara maluco, mas depois de compreender tudo, concordarão comigo.

Eu me chamo Joseph Joestar, trabalho em uma divisão invisível do governo britânico, atualmente com sede no Distrito Jekyll (menção ao nome antigo da cidade de um famoso personagem da literatura, que depois da terceira guerra e da crise financeira global retornou a se chamar Jekyll, pois o governo viu como um marco de orgulho do povo britânico, pra mim, Jekyll ou Hyde, tanto faz).

Essa divisão sempre existiu, anteriormente se chamava Scotland Yard esta fundida com a "Public Security Intelligence Agency" em 2089 resultou em criar uma ampla organização de Inteligência antiterrorista baseada em precaução e monitoramento assistido contra possíveis suspeitos.

Em palavras mais brandas; somos as porras dos caras que ficam sentados em uma sala escura com cheiro de café e apenas com seu nome podemos saber qualquer coisa sobre você; o que você fez na internet, o que há no seu HD, acessamos suas câmeras do celular e notebook, te seguimos pelas câmeras de segurança, somos onipresentes e onipotentes, como diria o código da agencia; a tecnologia é o novo Deus compartilhando sua supremacia com agentes especiais.

Dentro do governo, nos chamam apenas de "Os Agentes", contudo as equipes de investigação de campo têm nomes bastante jocosos para nós; olheiros, bisbilhoteiros, guarda-noturno, vigilantes.

É comum brincarem na internet sobre os "Vigilantes", assim como há muito tempo as pessoas jogavam com o imaginário da divisão do Arquivo X, ou a MIB, NORAD, inclusive nós mesmos disseminamos essa ridicularizarão sobre nossa existência, assim, ninguém acreditaria em teorias de conspiração e nosso trabalho se torna mais eficaz.

Eu gosto de me autodenominar de Vigia Noturno, até mesmo meu codinome em muitos jogos onlines é The Night Watch, é, eu tenho um pouco de humor.

The night WatchOù les histoires vivent. Découvrez maintenant