Blood heir ( Concluída )

Capítulo três

— Olá, quem é você? — indaga a morena.

— Eu sou a Despina, você deve ser a Hayley, mãe da Hope.

— Pelo jeito vocês duas já fizeram amizade.

— Ela é uma bebê muita fofa.

— Da onde você surgiu? Não me lembro de você.

— Sou amiga do Kol, ele me convidou para passar uns dias aqui.

— Você parece ser bem jovem, ainda estuda?

— Eu sou bem mais velha que você — ela sorri.

— Uma vampira — concluí a Marshall.

— Eu vim atrás da minha família, mas não sei ao certo como chegar até eles. Só sei que estão em New Orleans, mas não sei nada sobre eles.

— Espero que consiga encontrar eles.

...

A loira espalha algumas peças de roupa na cama. Ela queria achar uma roupa para ir a uma festa. Ina morde um cookie e deixa ele num prato.

— Você tem muito bom gosto para roupa.

— São muitos anos vividos — ela sorri.

— Faz muito tempo que você é amiga do meu irmão? — indaga Rebekah.

— Fazem semanas, acho que quase dois meses. É que temos tanto afinidade que parece que o conheço desde sempre.

— E você pretende ficar muito tempo aqui?

— Só até encontrar minha família.

— Se quiser eu posso te ajudar.

— A única coisa que eu sei é que ao menos um dos meus pais não é humano, e que tem pessoas da minha família aqui  em New Orleans.

— E por que você tem certeza que um deles não é humano?

— Eu tenho meus motivos. A questão é que eu nasci mais de mil anos atrás, sua família tem mais de mil anos e quem sabe, por obra do destino não conhecem alguém da minha?

— É bem difícil de saber. Se você foi transformada tão nova, quer dizer que quem te transformou provavelmente foi transformado por um de nós.

— Quem me transformou se chamava Caion.

— Caion? É um nome bem peculiar. Não poderia ser outro, eu conheci um homem com esse nome. Eu lhe dei de meu sangue para curar um grande ferimento, mas ele acabou morto pelo Nik e se tornou vampiro — Rebekah se cala por longos segundos.

Ela se lembra que quando Caion foi transformado, fazia dezoito anos desde a morte de sua filha ou filho. Sophia tinha a exata idade que a criança teria, agora estava ali em busca de sua família.

— E quem te criou?

— Bruxas me criaram. Me encontraram abandonada para morrer e cuidaram de mim.

— Você acha que foram seus pais que te abandonaram?

— Eu realmente não sei. Talvez quem me abandonou tenha feito por maldade ou por medo de algo.

— Eu queria muito que você fosse minha filha. Para eu te dizer que nunca te deixei, e que senti sua falta — a Mikaelson acaricia o rosto da Lebeaut.

— Você seria uma ótima mãe. Se fosse mais nova pediria para você me adotar.

— E quem disse que isso é impedimento? Nossa aparência pode ser da mesma idade, mas sou dezoito anos mais vivida e posso muito bem te ensinar muita coisa.

— Você é o maximo — ela a abraça e por um momento Rebekah se sente como se estivesse abraçando aquela criança que lhe foi tirada pouco tempo antes de se tornar vampira, e carregar o fardo de nunca mais ser mãe.