Capítulo oito

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— Você precisa ir hoje a noite, Rebekah. Se ficar mais um pouco a casa pode ser atacada novamente.

— Eu sei Nik, mas não posso deixar a minha filha aqui. Eu acabei de saber, perdi mil anos da vida dela.

— Então a leve junto, mas não podemos permitir que tentem levar a minha filha.

— Eu não permitir que façam com você o que Esther fez comigo. Em meia hora estarei indo embora com Hope e Despina.

— Serei eternamente grato a você — ele beija a testa da irmã e sai do quarto.

A mala de Rebekah já estava no carro, então ela segue até o quarto de Ina e começa a colocar algumas roupas e objetos pessoais em uma mala. A mais nova estava na sala com Hope e ela queria deixar tudo pronto. Iriam sair com a bebê escondida para que ninguém as seguisse. Até notarem a falta da pequena tribrida as três já estariam longe.

...

— Então você trabalhou como professora de dança?

— Durante esses mil anos eu trabalhei várias vezes com a dança. Já fui bailarina clássica numa companhia e um ano atrás dei aulas de dança para uma menina fã de kpop que me pagou uma boa grana.

— Então você dança de tudo um pouco?

— Exatamente — a Lebeaut sorri.

— Acho que o máximo que dancei na vida foram nos bailes.

— Os Mikaelson tem esse ar que parece que mantiveram coisas antigas que são bastantes belas como os bailes.

— Eu e Kol somos os mais modernos dos irmãos, digamos assim — ela ri.

— Freya também, apesar de ser a mais sensata, enquanto os demais fazem loucuras.

— Vejo que em tão pouco tempo já nos conhece bem.

— Me sinto tão bem com você, mamãe.

— Me chamou de mãe?

— Sempre quis ter alguém para chamar de mãe — ela deita a cabeça no ombro da mais velha.

— Por mais que a situação não a seja a melhor, estou feliz em estarmos as três juntas desfrutando de momentos normais.

— O peso da eternidade é esse. Viver anos é bom, mas ao mesmo tempo tem suas complicações.

— As vezes só queria largar tudo e viver minha vida normal sem ninguém nos atacando ou o Nik querendo nos trancar em caixões.

— Se ele tentar trancar minha mãe no caixão eu que o tranco lá — elas riem.

...

— Eu posso falar com a Ina?

— Desculpa Isaac, mas a Despina precisou ir embora — diz Freya.

— Como assim? Mas para aonde ela foi?

— Viajou com a Rebekah. Depois que infelizmente perdemos a Hope tudo ficou mais difícil e a família acabou se separando.

— Sinto muito pela perda — ele sai dali sem esperar resposta.

Isaac tinha gostado de Despina desde a primeira vez que se viram. Não foi apenas uma noite, uma transa ou qualquer coisa do gênero. Os momentos que passaram juntos ficaram marcados na memória e na pele. Ele ainda conseguia sentir o cheiro doce do perfume que ela usava. Só queria ter a oportunidade de aprofundar a relação que nem sequer tinha começado.

Blood heir ( Concluída )Where stories live. Discover now