Capítulo sete

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— Eu era uma jovem inexperiente. Me apaixonei por um lobisomem e sabia que mamãe não aprovaria nossa relação. Após algumas semanas passei a perceber mudanças no meu corpo e quando a barriga foi crescendo não pude mais esconder. Esther me viu me trocando e logo notou a barriga. Eu nem a vi ali, foi assustador a sentir segurar em meu braço e gritar comigo.

— Você deve ter se sentido horrível ao ser tratada assim — comenta Freya.

— Foi quando ela me levou naquela viagem para me "educar". Naquela época as viagens eram longas, e isso serviu de desculpa para os meses que passaram.

— Então foi por isso que Esther te levou daquele jeito estranho — diz Kol.

— Quando meu bebê nasceu eu supliquei para o ter em meus braços — lágrimas borravam a maquiagem da loira — Nem sei se era um menino ou menina. Só consegui ver sua pele clara, os fios ralos cor de ouro e a marca de lua em seu ombro.

— Lua... — murmura Ina.

— Você quer falar algo? — indaga Klaus.

— É que pensei que só eu tivesse essa marca estranha — ela abaixa a manga da blusa revelando a marca em seu ombro.

— Por isso que quando vi essa marca me assustei. A criança que Esther arrancou de meus braços, ela tinha a mesma marca.

— Eu sempre pensei que fosse uma tatuagem — comenta Kol.

— Sempre tive essa marca. As bruxas que me criaram contaram que nunca viram nada parecido.

— Você não conheceu seus pais biológicos? — indaga Elijah.

— Eu fui abandonada para morrer. Elas disseram que eu estava embrulhada numa manta de um tecido bem comum na época. Elas viram uma bebê loira ainda  com sinais do parto como se não tivesse sido bem limpa. Elas me pegaram e me aqueceram. Disseram que quando foram me limpar notaram a marca de lua.

— Isso mais de mil anos atrás, na mesma época que a criança da Rebekah foi levada por Esther — diz Elijah.

— São realmente muitas conhecidencias — comenta Freya — Ainda mais somada a semelhança que ela tem conosco. Os olhos e o cabelo da Rebekah e  o buraquinho no queixo do Kol.

— É verdade... Outro dia Marcel me perguntou se a Despina era alguma irmã perdida nossa que voltou — diz Rebekah.

— Eu sou a única irmã que voltou — exclama Freya.

— Assim vocês me deixam confusa — diz Ina — Eu sei que são muitas conhecidencias. A questão é que o feitiço de sangue me indicou que eu tenho familiares aqui em New Orleans.

— Eu sinto que você é minha filha. Eu senti esse carinho assim que te vi — ela se aproxima da Lebeaut — Posso te da um abraço?

— É claro — elas se abraçam.

Nenhuma das duas conseguia explicar, desde o início sentiam um carinho imenso uma pela outra. Quando Despina brincando falou sobre a adoção, quando Rebekah acariciou os cabelos da mais nova. No inconsciente elas já sabiam que eram mãe e filha, juntar todos esses fatos só confirmou. A marca de lua foi apenas mais uma peça nesse quebra cabeça que Rebekah já tinha iniciado. 

Blood heir ( Concluída )Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz