3. No Choice

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Olá!

Aqui está a att, a próxima só daqui 15 dias!

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Boa leitura❤️

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Louis estava com uma sensação estranha desde que saiu de casa, assim que colocou o pé nos degraus de sua residência e trancou bem as portas duplas, virou-se à procura do par de olhos que ele sabia que estava sobre si. Assustado com a possibilidade de estar sendo perseguido, chamou seu cavalariço para acompanhá-lo à Tomlinson Coal & Co. O prédio onde ficavam os escritórios era na Broadway, a quarenta minutos a pé de sua casa, já que morava no Upper East Side. Poderia ir de carruagem, mas aquela era a sua caminhada diária e realmente gostava daquele momento, cumprimentava alguns senhores, fazia gracinhas para algum bebê ou galanteava um ômega solteiro.

Não olhou para trás durante todo o trajeto, poderia ser apenas uma paranóia sua, realmente esperava que fosse, estava com medo. Não havia feito mal a alguém para ser perseguido, não ofendeu ou brigou, nem mesmo saíra de casa naquele final de semana. A última vez em que deixou sua residência para algo além do trabalho fora quando foi ao prostíbulo no norte de Manhattan e teve uma noite incrível com um rapaz belíssimo e dono dos olhos verdes mais interessantes que já vira. Harry, o nome do moço misterioso.

Apesar de estar curioso para vê-lo novamente, Louis se recusava a voltar para o puteiro no Harlem, não alimentaria aquela indústria e só iria em último caso, não manteria aquele vínculo semanal com o lugar. Provavelmente nunca mais o veria na vida e estava bem com aquilo, era só um rapaz bonito que transou com ele e lhe deu uma das melhores transas de sua vida, seu aperto era de outro mundo e o deixou louco. Contudo, Louis tinha que tirá-lo da cabeça e criar vergonha na cara para arranjar um marido, estava beirando aos trinta e não seria bom para sua imagem demorar muito para casar, mesmo que não quisesse.

Agradeceu ao seu cavalariço assim que chegou no prédio e subiu rapidamente para o quarto andar, as luzes já estavam ligadas indicando mais um longo dia de trabalho e os diretores já estavam em suas respectivas salas. Foi para o seu próprio escritório e se sentou em sua cadeira, pronto para um novo expediente. Ainda tinha uma ameaça de greve iminente e não poderia bobear ou tudo ficaria parado e ele perderia clientes importantes se o carregamento não fosse entregue.

Leu a carta que o líder dos grevistas o mandara, havia cerca de dez exigências muito bem detalhadas e uma mensagem abaixo informando que o não cumprimento de qualquer uma delas resultaria na paralisação total da fábrica e o prazo máximo era de quinze dias corridos. Louis suspirou, aquilo era insano, não poderia acatar todos os pedidos dos funcionários ou perderia muito, tentou negociar e chegar ao meio termo, mas os grevistas estavam irredutíveis. Ele não achava que era um patrão ruim, era generoso em comparação aos outros, que tinham práticas absurdas, ele era razoável, ouvia seus funcionários e tentava chegar a acordos, mas o que lhe propunham era ridículo. Estava em uma encruzilhada e sua única certeza era que a cada dia odiava ainda mais os ideais subversivos que se espalhavam tão rápido quando fogo em capim seco.

Ergueu o olhar do papel ao ouvir uma agitação do lado de fora e não teve tempo de reagir quando dois alfas irromperam pela porta de seu escritório, um deles foi direto para Louis e posicionou uma faca em seu pescoço e o outro baixou as persianas para que os diretores não vissem o que acontecia ali. Por último, um ômega apareceu e Louis arregalou os olhos ao ver o dono do corpo escultural que provou há uma semana, Harry. Ele estava tímido e quieto, envergonhado até.

— Você é Louis Tomlinson? — o que estava com a faca em seu pescoço rosnou em seu ouvido e Louis engoliu em seco, sentindo seu pomo de adão se esfregar vagarosamente pela lâmina afiada. Agradeceu internamente por sua bexiga estar vazia ou teria a esvaziado sem se importar com decoro.

1899 | Larry Stylinson Onde histórias criam vida. Descubra agora