5. A Charming Personality

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Oiii!

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Boa leitura❤️

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As mãos de Harry suavam dentro das luvas de cetim cor de champanhe, seu coração batia acelerado contra sua caixa torácica em nervosismo e tinha certeza que qualquer tentativa de se levantar resultaria em uma queda porque suas pernas eram como geleia. Ele engoliu em seco pela enésima vez, o chacoalhar da carruagem balançava seu corpo trêmulo à medida que os cavalos eram guiados para a pequena igreja onde se uniria legalmente e religiosamente com Louis Tomlinson.

As duas semanas haviam passado rápido demais e abril já havia chegado, a paisagem primaveril trazia cores e alegria após os meses de escuridão e melancolia do inverno. Olhou para fora através da pequena janela e sorriu pequeno ao ver as belas árvores do parque floridas, algumas com flores cor de rosa formavam uma alameda até um pequeno coreto com um violinista e ele mordeu o lábio, seria tão romântico andar por ali.

O ômega sempre fora sonhador, apesar das cicatrizes que carregava e do ambiente ilícito em que cresceu, sempre se manteve otimista e acreditou que a vida seria melhor que a realidade com o qual estava acostumado e, realmente, estava prestes a acontecer. Aquele casamento com Louis o inseriria na alta sociedade e carregaria um nome pelo qual poderia se orgulhar, um nome honesto e digno. Mesmo não desejando a união, por ser arranjada, sabia que era algo bom.

Harry era romântico, afinal o estilo predominante no século XIX era justamente o Romantismo com seus livros repletos de amores e sentimentos, os quadros pintados mostravam o amor jovial e às vezes platônico e era quase impossível um jovem ômega não se render aos encantos que via nos livros. Em seu quarto, durante suas danças secretas, sempre imaginava um alfa charmoso que o amasse verdadeiramente e fizesse tudo por ele, alguém que o tratasse como um príncipe e fosse bom com ele. Bem, teria um alfa elegante e bem apessoado ao seu lado, mas Louis não o amava.

Aquele casamento abria uma infinita gama de possibilidades e oportunidades, uma nova vida nos melhores lugares de Nova York, mas ao mesmo tempo lhe tirava da bolha cor-de-rosa da paixão, pois sabia que romantismo jamais existiria naquela união forjada. Teriam desejo, claro que fariam muito sexo — Harry esperava que sim – e teriam bons momentos, porém o amor passaria longe de sua porta.

Ele respirou fundo e sorriu contido, só estava seguindo o que era considerado certo pela sociedade, sabia que teria que se casar um dia, ele mesmo marcou a data ao lado de Louis e não havia motivos para ficar triste. Estava feito, não cancelaria o casamento ou o mal falado seria ele. Já não tinha uma boa reputação por sua origem, seria escandaloso se mais alguém soubesse de sua impureza e certamente não precisava de mais um fator para piorar sua situação.

Olhou para Liam, que estava no banco oposto, seu irmão usava um terno preto de tecido italiano, feito no melhor alfaiate da cidade, perfeitamente alinhado para o casamento de seu irmãozinho. Harry, obviamente, estava produzido, com um terno preto, colete de cetim branco com botões de água-marinha que davam um toque de elegância e sofisticação. Os cachos estavam presos em um rabo baixo e lateral, com alguns soltos ao redor de seu rosto de expressões inocentes, um adorno de ouro e diamantes pouco acima da fita que prendia os cabelos e sua única joia além daquela era o anel de noivado que pesava em sua mão direita. Ah, e ainda havia o buquê simples que escolhera na floricultura antes de partir para a igreja, apenas cinco rosas brancas presas com uma fita de cetim verde água.

— Você está lindo. — Liam elogiou, com um brilho orgulhoso no olhar, sua felicidade pela união era óbvia, casamentos eram o auge da vida de um ômega. — Tão bonito. Estou tão feliz por você, Hazzy. — inclinou-se e afagou a bochecha do irmão. — Mas não deixo de estar preocupado.

1899 | Larry Stylinson Where stories live. Discover now