9. Necklace

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Oi!

Estamos pertinho do fim, o próximo capítulo já é o último😔

Espero que gostem e boa leitura❤️

🗽

Assim que Harry abriu os olhos naquela manhã ele sentiu seu estômago se revirar e um mal-estar terrível tomar conta de seu ser. Jogou os cobertores para o lado e correu para o banheiro do quarto, apanhou o penico e vomitou todo o seu jantar no recipiente de ágata. Deixou-o sobre a soleira da janela e prendeu os cabelos para não sujá-los, tudo dentro dele parecia se revirar em náusea e enjôo e não era a primeira vez que aquilo acontecia naquela semana.

O cio havia se passado há um mês, praticamente o mesmo período desde que Louis perdeu a carvoaria e o ômega tinha passado a manter a casa para que a renda do marido com as ações de Wall Street fosse destinada aos investimentos. Nos últimos sete dias, Harry percebeu que algo não estava bem com o seu corpo, mudanças sutis, quase imperceptíveis, mas para alguém que ansiava engravidar, ele sabia o que significava.

Um torcer de nariz para um cheiro aqui, um desejo de comer amoras ali, a libido mais baixa que o normal... isso sem contar as pequenas náuseas que tinha toda manhã, algo tão leve que mal o preocupava, era tão suave que nem se deu ao trabalho de contar ao marido. Queria ter certeza antes de dizer a Louis que a família aumentaria, estava ansioso para falar a ele, mas tinha receio em contar, criar expectativas no esposo e depois descobrir que havia sido um mal-estar passageiro e nada relacionado com a gravidez.

Respirou fundo, aquele havia sido o pior momento até então, o enjôo mais forte e a primeira vez que havia vomitado desde que passou a suspeitar que seu corpo era lar de um bebê. Não teve como pensar muito porque uma nova onda de vômitos tomou conta dele e ele teve que se inclinar sobre o penico novamente para expelir o pouco que ainda restava em seu estômago. Ajoelhou-se no chão do banheiro e fechou os olhos, sua respiração ofegante ao apoiar seu peso nas mãos, aquilo era horrível.

Harry usava uma camisola de algodão folgada e simples, em três meses de casamento não se preocupava mais em se arrumar todo para dormir e agradar a Louis, seu esposo sempre arrancava suas camisolas e dormia mais vezes nu do que vestido, então não era uma grande preocupação. Além disso, as camisolas de seda que abraçavam suas curvas e o deixavam sexy e delicioso em sua visão – e na visão do alfa – não eram tão confortáveis porque não permitiam que ele se esparramasse na cama, elas eram mais justas e, francamente, aquelas camisolas eram as roupas de sexo, que só usava quando sabia que ia transar.

Nos últimos dias, Harry não queria fazer amor com seu esposo ou manter qualquer contato sexual, sua libido estava no chão, totalmente sem vontade de sexo, e tirou do baú as camisolas grandes, compridas e nada sensuais porque o conforto era mais importante. Louis estranhou aquele comportamento, o ômega sempre fora tão fogoso e aberto para novas experiências sexuais, mas nada comentou e apenas aceitou sua falta de desejo.

Grunhiu quando precisou vomitar novamente e revirou os olhos ao cuspir uma última vez no penico. Levantou-se um tanto trêmulo, lavou sua boca, dentes e fez a habitual higiene matinal, penteou os cabelos e voltou para o quarto arrastando os pés, vestiu um robe de seda, calçou os chinelos e foi até a janela. Abriu uma fenda na cortina e espiou lá fora, tudo estava perfeitamente normal naquela manhã de domingo, em pleno mês de julho, no auge do verão do Hemisfério Norte.

Fechou a fenda e voltou para a cama, ajeitou os seus travesseiros e ficou ali, em uma posição entre sentado e deitado, de olhos fechados e as mãos sobre o estômago sensível. Ouviu uma movimentação ao seu lado e sorriu preguiçoso ao abrir um olho e ver Louis sentado no colchão, coçando os olhos. Seu alfa usava uma camisola similar à sua e os cabelos lisos estavam desgrenhados, arrepiados para todos os lugares.

1899 | Larry Stylinson Onde histórias criam vida. Descubra agora