8. Chaos

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Oi!

Boa leitura❤️

🗽

Harry acordou inquieto no meio da madrugada. Ficou alguns minutos olhando para o teto, desejando voltar a dormir, mas seu corpo estava alerta e assustado com algo que ele não fazia ideia do que era. Olhou para o lado e viu seu marido dormindo tranquilamente, Louis tinha um biquinho adorável em seu sono profundo, como se estivesse emburrado com algo, e estava de bruços, seus braços sob o travesseiro de penas de ganso e os cabelos lisos espalhados na fronha de algodão caro e bordados com o monograma do casal, uma bela combinação das letras H e L juntas em uma caligrafia caprichada cuidadosamente escolhida pelo ômega.

Ele não tinha muito o que fazer quando estava sozinho em casa, geralmente passava horas na biblioteca entretido com um livro ou aproveitava os dias ensolarados do verão para aprender a arte da jardinagem, plantou algumas flores e estava aguardando seu crescimento. Era frequente ele receber visitas de vendedores de lojas que batiam de porta em porta oferecendo seus produtos. Harry era recém-casado e não tivera tempo de construir um enxoval digno para uma vida a dois, apenas colocou em uma caixa as poucas coisas que tinha comprado para a vida conjugal durante os poucos anos de sua juventude e trouxe para a casa do marido.

Não tinham algo próprio, então uma das coisas que Harry fazia quando recebia os vendedores era encomendar roupas de cama do mais puro e caro algodão, bordado com fios de seda dourada com o monograma que ele mandou fazer para o casal, era algo pessoal e único de ambos. Algo que dava ao seu ninho de amor uma identidade própria e requintada. Também aproveitou para comprar novos talheres de prata, jogos de porcelana, copos e taças. A casa ganhava o visual de que era ocupada por um casal e não por um solteirão que herdara a moradia dos pais e a última decoração havia sido realizada por sua mãe.

Não que estivesse desmerecendo o trabalho de Johannah. Sua sogra que infelizmente não chegou a conhecer tinha feito algo incrível naquela moradia, tudo era de muito bom gosto e requinte e Harry admirava aquilo, mesmo que quisesse algo que fosse mais a ver com ele. Morava ali também, era o esposo de Louis, e queria que a residência se parecesse mais como um lar para ele. Por isso fez algumas mudanças pequenas, trocou objetos de lugar e fez cantinhos mais aconchegantes. Ele era o ômega daquela casa agora e, era sua função – aos olhos da sociedade – cuidar da casa.

Havia passado uma semana desde o seu cio e mordeu o lábio ao olhar para o teto e se lembrar dos momentos que tivera com o marido, havia sido deliciosamente quente. Geralmente o cio era um período de muito sofrimento para um ômega, era desesperador precisar tanto de algo e não ter como se saciar da devida maneira e usar apenas os dedos para uma satisfação quase nula, ou estar sujeito a ter um alfa mau caráter se aproveitando de seu corpo sedento e da falta de controle que qualquer ômega apresentava naquele momento.

Ele nunca achou que ser saciado por um alfa, alfa que era o seu marido e tinha total liberdade para tocá-lo, seria tão bom e gostoso. Era comum ouvir que ômegas saíam machucados após passarem seus cios com os alfas, mas nada daquilo aconteceu entre os dois. Fora bruto, sim, em todas as vezes não houve um resquício de piedade por parte de Louis, mas ele não machucou Harry em momento algum. Ficou ligeiramente dolorido, como era o esperado depois de um sexo violento, mas aquilo não incomodava o ômega.

Os cinco dias de cio haviam sido regados a safadeza e libertinagem, transaram onde quer que estivessem, a qualquer hora do dia, afinal dependiam do corpo sedento do ômega. Fizeram sexo no sótão, na cozinha, no jardim escondidos atrás de uma árvore, na sala de jantar e, principalmente, no quarto. Marie os olhava com vergonha depois daquilo e Harry sabia que tinham sido pêgos no flagra pela governanta.

1899 | Larry Stylinson Where stories live. Discover now