Harry Cyrus é um garoto preto lgbt, que vive na bolha de sua mãe, sem contestar suas ordens, que não eram muitos saudáveis. Sua vida era monótona, triste e entendiante. Sua autoestima e inseguranças o dominavam, fazendo ele ser um garoto solitário n...
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Um novo dia havia chegado. E Harry sentia algo no peito, que ele nunca sentira antes. Era felicidade. E não se sentia mal por ter aceitado a proposta de Oliver, já que ele iria aceitar sem ter a ajuda dele para chamar a atenção de Anthony. Isso era apenas um brinde, ele pensava. Seu estômago parecia que tinha borboletas dentro, ele estava animado, só que ao mesmo tempo com medo. Será que a sua voz era mesmo boa? E se Oliver e seus amigos não gostarem de sua voz? O que ele faria?
— Pelo amor de Deus, Harry, você acabou de acordar, vamos parar com a negatividade. — Ele diz ainda sonolento, com seu pijama azul bebê.
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Na mesa do café, o silêncio se manifestava como de costume. Só que pela primeira vez, Harry não se importava com isso. Sua cabeça estava em sua nova decisão. Mesmo estando um pouco negativo, ele queria que tudo desse certo como o vocalista da banda de Oliver.
— Está diferente hoje, aconteceu algo? — Sua mãe tira os olhos do jornal, e o mira com um olhar investigativo.
— Eu fui convidado para cantar numa banda. — Harry é direto. Estava com medo da reação da sua mãe.
— Hum… Não sabia que você gostava e sabia cantar.
— Você não sabe muitas coisas… — Harry murmura olhando a hora no telefone.
— Como?
— Nada. Deixa eu ir pro colégio, senão vou me atrasar. — Harry se levanta rapidamente, pegando sua mochila atrás da cadeira.
— Sobre a sua oportunidade, você disse que não, não é? — Paper diz, sem se virar na direção de Harry.
— Não mãe. Eu aceitei. — Ele toma coragem para dizer, pensando em tudo que Camps disse.
— Harry Cyrus, você não tem tempo para isso. Você deve apenas focar no estudo e… — Ela tenta dizer quando é interrompida.
— Na verdade eu tenho tempo sim. E vou ser vocalista e ponto. — Ele diz com as mãos tremendo, mas não iria arregar.
— Só que eu disse não! — Ela aumenta a voz, deixando ele irritado.
— Que pena, pois eu estou nem aí! Não sou um robô, tiro notas excelentes e quero fazer algo divertido, e você não vai me impedir! E nem me espere no horário, pois provavelmente eu não devo voltar cedo! — Ele fala mais alto que ela, saindo de casa batendo a porta, e respirando fundo com a coragem que teve de usar a sua voz. — Você conseguiu Harry. — Ele diz em voz alta, com um sorriso no rosto.
