Cativeiro

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P.O.V. Eric.

Descobrimos o que era a sequência numérica. Latitude, longitude. E quando chegamos no local marcado não tinha nada lá.

-Não tem nada aqui. Vamos continuar procurando.

P.O.V. Tara.

Posso ver que ela está lutando. Em conflito.

-Nunca vai acabar não é? Você mata quem eu amo, eu mato você, Pam me mata e assim vai. Nunca acaba.

Oh, mas que vaca. Olhei bem no fundo dos olhos dela e berrei cheia de ódio:

-Eu te odeio!

Então, ela olhou para mim e falou honestamente:

-Mas, eu não. Tara, tenho pena de você. Você se transformou na mesma besta que destruiu a sua vida. Então, vou ser forte e corajosa por nós duas e vou fazer o que pensei que nunca fosse capaz.

A loira arrancou as correntes de prata de mim. Doeu para cacete, então ela tinha uma bolsa de sangue na mão.

-Maria iria querer que eu fosse melhor, não vou agir como uma vampira desalmada. Não sou vampira, sou uma bruxa! Sou uma serva da natureza e protetora dos inocentes, portanto... eu te perdoo.

Ela jogou a bolsa de sangue para mim. Eu me alimentei, mas não consegui sair do lugar.

-Está presa. Eu perdoo você, podemos deixar tudo isso no passado, não vou mais te machucar e você vai deixar a mim e o restante da família da Maria em paz. Combinado?

-Combinado.

-Jure. Jure pela vida da Pam, pela vida da sua criadora que vai deixar pra lá que não vai mais nos machucar.

-Eu juro pela vida da Pam.

P.O.V. Liv.

Deixei-a sair e foi um erro. Ela me atacou, enfiou uma faca no meu coração. A última coisa que eu fiz antes de apagar foi desativar o anel dela. Quando acordei, estava enterrada. Numa cova rasa. Tive que me desenterrar, foi horrível. Mas, agora VOU matar aquela vadia.

P.O.V. Pam.

Tara voltou para o Vamtasia. A bruxa deixou ela ir.

-Ela disse que me perdoava e me deixou ir.

-Que tonta.

-Ai, eu enfiei uma faca no peito dela e enterrei em algum lugar.

Então, de repente Tara simplesmente explodiu. Alguém tinha estacado ela e Meu Deus! A Bruxa apareceu do nada, toda suja, imunda de terra.

-Isso foi eu, retirando o meu perdão. - Disse Olívia.

Tentei partir para cima, mas eu não fui rápida o suficiente. Senti como se o meu cérebro estivesse derretendo e eu não era a única. Ela incapacitou todos os vampiros no bar, todas as portas se fecharam do nada. O chão abaixo do bar começou a tremer e ela perguntou com um senso de humor negro:

-Sentiram a minha falta?

Ai Bang! Todas as janelas, portas, vasos, garrafas, tudo feito de vidro simplesmente explodiu encima da gente.  Outra vez tentei partir para cima dela, mas senti algo.

-Você faz alguma ideia de como é ter a sua única família tirada de você? De como é tentar fazer a coisa certa e perdoar a assassina, só para ela... enfiar uma faca no seu coração?!

Senti como se estivesse sendo esfaqueada, o ferimento sangrou.

-Mas, a melhor parte ainda está por vir Pâmela, porque sua preciosa cria, jurou pela sua vida que me deixaria em paz, que não iria atrás do que restou da minha família! E então ela me traiu, me matou e me enterrou numa cova rasa. É a pior sensação do mundo. Imagina, acordar na terra fria e úmida ainda sendo biologicamente humana, com medo e sozinha. No seu desespero para sair,  você escava a terra até seus dedos sangraram em carne viva.

Bad ThingsWhere stories live. Discover now