Um plano

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P.O.V. Eric.

Eu já percebi que Olivia não apenas desgosta de Sookie, mas não a tolera. Entretanto, há uma pergunta que não quer calar.

-Como sobreviveu á ser morta por Tara?- Perguntei e ela respondeu enquanto terminava de se vestir colocando sua jaqueta de couro.

-Você não achou mesmo que eu seria tão idiota de ir contra uma vampira que tem força e velocidade superior sem um feitiço de proteção, achou?- Olívia respondeu.

Ela se levantou, ficou diante do espelho e começou a se maquiar, usando delineador preto, depois rímel e batom sem cor.

-Então, qual é o plano, little witch?- Perguntei.

-O plano é fazer uma telepata acreditar que você está afim de mim, sorte a minha que bruxas são imunes á qualquer tipo de controle mental e eu pessoalmente nasci com um escudo na mente. Então... deve ser simples. Vamos deixar aquela fada com muita dor de cotovelo, até ela ficar verdinha. O Halloween está chegando posso sugerir de nós irmos juntos á uma festa no Campus da minha faculdade. Deixar todo mundo ver a gente junto e deixar a fofoca se espalhar.

Nossa que plano brilhante.

-E o que você ganha com isso?

-Você vai me ajudar a encontrar meus parentes biológicos e descobrir de que linhagem eu venho. E como a adorável Tara me ensinou que a palavra da sua raça não vale merda alguma, se me trair, eu inutilizo seu talismã da luz do dia e mato a sua cria.

Ela acaba de ameaçar a Pam?

P.O.V. Liv.

Senti a mão dele apertando meu pescoço, as presas estavam de fora.

-Se machucar a Pam eu te eviscero viva.

Dei um aneurisma nele forçando-o a me soltar. Lutei para respirar e quando respirei, falei:

-Cuidado Eric, se eu não soubesse eu direi que você tem emoções e realmente dá a mínima para alguma coisa. Só para esclarecer, eu não queria que chegasse neste ponto, eu estava disposta a ajudar numa boa, nunca acreditei nas abobrinhas que os fanáticos falavam sobre os vampiros. Sempre pensei que apesar de serem predadores, isso não necessariamente significava que eram monstros, apenas uma forma de existência que a maioria das pessoas não compreende e nem se importa em tentar. E se Pam vai sair dessa viva e ilesa depende inteiramente de você. Se mantiver a sua parte no acordo, manterei a minha.

Enquanto eu falava, Eric Northman se curvava, estava no chão de joelhos apertando a cabeça. Então, eu parei o feitiço.

-Muito bem então. Mas, se ela se ferir por sua causa...

Ele se aproximou e me ameaçou olhando direto nos meus olhos:

-Eu te mato.

-É. Você já disse isso. Aprecio a sua lealdade, se quer saber. É uma característica que a maioria dos seus... não possui.

P.O.V. Eric.

Eu nunca sei se ela ama os vampiros ou se os odeia.

-Qual é o seu negócio com os vampiros?

-Não tenho negócios com vampiros. Prefiro evitar se eu puder.

-Então, nos odeia.

Ela respirou fundo e se sentou na cama e respondeu:

-Odeio o fato incontestável que vampiros independentemente do gênero ou da idade são um bando de criaturas metidas á besta só porque pensam que são imortais, que vocês filhos da puta adoram tratar tudo e todos ao seu redor como lixo, como bolsas de sangue ambulantes ou objetos descartáveis que usam uma vez e então jogam fora. Total e completamente incapazes de misericórdia ou algo remotamente parecido. Vocês não são leais nem mesmo a sua própria raça e para fechar com chave de ouro são total e completamente incapazes de perceber a sua própria decadência. Não aprendem, não evoluem. Sempre mentindo, traindo, usando, matando, ameaçando e então... vocês sentem essa solidão infinita, opressiva. Porque será? Porque será que um vampiro é incapaz de ter um amigo? E por amigo, quero dizer amigo de verdade, uma pessoa na qual você confia, quem você quer proteger e ajudar e que por este motivo quer te ajudar de volta, sem precisar ameaçar, matar ou compelir. 

Bad ThingsWhere stories live. Discover now