Dilema moral

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P.O.V. Liv.

Eu realmente preciso de uma amiga, então vim á única amiga que eu tenho. Tara Thornton.

P.O.V. Tara.

Nunca pensei que viveria para ver algo assim. Quando Liv chegou ela estava muito nervosa, abalada. Até fiz chá para ela.

-O que aconteceu?

-Aconteceu que eu sou uma necromante mais poderosa do que pensei que fosse possível.

Ela falou sobre sua linhagem, sobre como as outras bruxas massacraram sua família porque  as mulheres da linhagem de Asheron tem o Poder de transformar morte em vida.

-Como o que fez comigo?

-Não exatamente. - Falou arqueando as sobrancelhas e mostrando um teste de gravidez que indicava positivo.

-Está grávida.

-Estou, mas a parte doida vem agora. O pai do bebê que estou carregando é ninguém mais ninguém menos do que Eric filho da puta Northman. Carregar o filho de um homem morto, transformar a morte em vida á nível celular.

Puta que pariu! Ela confessou que não sabia o que fazer, não sabia se contava para ele ou não. Andava pela sala, sapateando de um lado para o outro como uma leoa presa na jaula, passando as mãos pelos cabelos num claro sinal de nervosismo. E prosseguiu com seu desabafo:

-Eu nem sei o que diabos vai sair de mim. Mas, sei lá... nunca conheci meus pais biológicos e minhas mães adotivas achavam que eu era uma aberração, passei minha vida pulando de um lar adotivo para o outro, indo de médico em médico. Psicólogos, psiquiatras até eu fazer treze anos. Eu me lembro como se fosse ontem, acordei no meio da noite ouvindo barulhos, ouvi uma conversa. Minhas mães planejavam me vender para um médico dono de um laboratório privado como cobaia. O Doutor William Fray. Dez milhões de dólares é o quanto eu valho. Naquela noite, empacotei minhas coisas e fugi. Naquela noite fiz a primeira coisa terrível da minha lista de pecados.

Flashback On.

 East Lake, Virgínea á vinte anos atrás...

P.O.V. Liv.

Estou ficando melhor em fazer meus poderes funcionarem, eu procurei na internet, um ritual e reescrevi. Criei um feitiço novo e vamos ver se funciona. Já é tarde da noite, quatro horas da manhã para ser mais exata. Eu invadi a casa do médico William Fray e trouxe a caixa comigo. Uma linda caixa azul quadrada toda decorada com glitter e "pedras" de acrílico azuis aquamarine que eu ganhei de presente do dito cujo do médico. Entrei escondida no quarto dele. E acendi a luz do abajur. Acordando-o.

P.O.V. Doutor William.

Acordei com a luz do abajur acendendo e vi a menina sentada na poltrona do meu quarto, usando uma blusa de moletom, jaqueta jeans e calça jeans juntamente com um tênis all star preto do modelo mais básico.

-Olivia.

-Oi Doutor. Então, dez milhões ein? É isso o quanto eu valho? - Ela soava furiosa. Mas, contida.

-Olivia, suas mães só querem o que é melhor para você. Eu imagino que deva estar muito brava comigo agora.

-Eu estava. Até eu perceber que estava ao meu alcance, em meu Poder te perdoar.

A figura escondida nas sombras, na penumbra saiu movendo-se lenta e silenciosamente como um predador, uma cobra prestes a dar o bote na presa.

-Lembra disso?- Perguntou mostrando a caixa que eu havia lhe dado de presente.

-Sim.

-Bem, minha vez de te presentear Doutor.

Olivia abriu a caixa e estava vazia. Mas, então ela começou a entoar algum tipo de cântico.

Bad ThingsDonde viven las historias. Descúbrelo ahora