Revange

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Capítulo especialmente dedicado á NanStilinski24 pelo seu comentário. Pelo seu apoio, obrigado.

P.O.V. Sookie.

Estou assim á meses. Onde quer que eu vá ela aparece, possuindo o corpo de algum vampiro. Aqueles olhos, aqueles terríveis olhos brancos. Quando vou dormir ela assombra meus sonhos, não consigo dormir, nem trabalhar, nem sair de casa. 

Já é noite e ouvi um barulho estranho, peguei a minha espingarda, enfiei as balas, engatilhei a arma e fui caminhando pelos cômodos até cheguei no meu quarto e contemplando aquela cena fiquei apavorada. O meu lençol branco estava ensopado de sangue e Olívia estava lá, calma e tranquilamente lavando o chão com um balde, então ela levantou o olhar em minha direção. A roupa que ela usava era... era uma toga, uma toga roxa com um véu da mesma cor.

-Olá Sookie.

-O que... O que você fez?

-Eu te trouxe dois presentes. O Primeiro é um cálice de ouro no qual eu deveria beber na minha cerimônia de ascenção. E o segundo... imagino que será seu favorito. Sei que é o meu.

-Eu não quero seus presentes. Quero que saia da minha casa!

-Isso poderia funcionar, se eu fosse únicamente uma vampira, mas não sou. Sabe, achei que merecia uma chance de olhar no fundo dos seus olhos e fazê-la entender o quanto você me feriu, Caramba... você me matou. Estraçalhou a minha garganta com uma faca e me deixou para me afogar no meu próprio sangue e sequestrou a minha filha. Sabe o quão ruim isso te torna?

-O que você quer?

Olívia sorriu, um sorriso que parecia gentil, mas não era. O que tornou tudo ainda mais apavorante, era uma ameaça, sim. Porém, era uma ameaça velada, que outros, os que veem de fora acham que é uma gentileza.

-Quero te ajudar Sookie. Te ajudar a ser uma pessoa melhor, te ajudar a entender que você ser uma fada princesa não te torna imune ás consquências. Sabe, eu soube que sua vó foi assassinada por um maníaco. O tal do Renné. Trágico, pobre Senhora Stackhouse. Ela não merecia pagar pelos seus pecados. Mas, aparentemente... não importa o que aconteça a Sookie sempre sobrevive. E isso me deu uma ideia. Decidi usar isso a meu favor.

-O que você fez?

Perguntei tendo a sensação de que não gostaria da resposta, de que realmente eu não queria saber. Um arrepio, um nó no meu estômago. Eu sentia nas minhas entranhas que algo terrível havia acontecido bem aqui. Que ela tinha feito algo terrível.

-Essa é a beleza das cidades pequenas elas são sempre tão pacíficas e pacatas que os Policiais são terrívelmente despreparados. Eles quase nunca pegam na arma, passam os seus dias sentados numa cadeira diante de uma mesa fazendo trabalho burocrático. Aqui é Bon Temps, nada de ruim acontece aqui. 

Jason.

-Jason.

-Ele não conseguia falar... depois que eu estraçalhei a garganta dele. Mas, posso dizer... 

Ela tirou de dentro do cálice dourado um coração humano ensanguentado.

-Pelo jeito que o coração dele batia... que ele sabia que ia morrer. Fiz questão de usar isso...

Falou mostrando a adaga com cabo decorado.

-Para acabar com ele. 

Era a mesma adaga que eu usei para matá-la na igreja. Sem sombra de dúvida.

-Esse coração pode ser de qualquer um.

-Tem razão, mas porque não chega mais perto? Por favor... não me deixe te impedir.

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