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Catarina Ramos era uma mulher que vivia momentos, apreciava-os tanto que buscava eternizá-lo nas fotos que tirava. Engajada em projetos sociais, utilizando seu trabalho para ajudar outras mulheres, sempre teve muito certeza do que...
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— Vou pedir pra você voltar. Vou pedir pra você ficar— Catarina balançava os ombros com as os dedos batendo no volante, como sempre fazia quando cantava. — Eu te amo. Eu te quero bem.
Certa vez seu pai disse que tinha se apaixonado por sua mãe assim que colocou os olhos nela e já naquela época, ela desdenhou disso. Nunca acreditou em amor à primeira vista, nunca acreditou que poderia ser um sentimento que surgiria do nada e pronto. Acreditava que qualquer tipo de sentimento era como criar uma planta. Precisava de cuidado, de dedicação e a acima de tudo, de tempo.
E não tinha se apaixonado à primeira vista. Não mesmo. Mas os sentimentos estavam lá na noite passada, que pareciam terem crescidos nas últimas semanas que passou a conviver mais com Leandro e então, quando ele a beijou, soube nomear todos aqueles sentimentos, aquelas reações, as palpitações nervosas do seu coração. Estava apaixonada. E agora, precisava pensar sobre o que faria com isso.
Dirigindo seu amado carro, deixou os pensamentos de lado com um sorriso ao perceber que a música combinava muito bem com o seu humor e com um sorriso enorme, aumentou o som para poder cantar junto.
— A semana inteira fiquei esperando. Pra te ver sorrindo. Pra te ver cantando — revirou os olhos, amava de como a música se introduzia na sua vida, como se ela tivesse nascido com sua própria trilha sonora. — Quando a gente ama não pensa em dinheiro. Só se quer amar se quer amar se quer amar.
Ela seguiu dirigindo em direção ao Instituto junto com Tim Maia, quando a música se encerrava, colocava para tocar novamente e todas as vezes cantava junto com empolgação. Estava apaixonada! Nunca tinha se sentido assim antes e por mais que uma parte dela tema os resultados desses sentimentos, não queria se importar com isso. Era besteira se preocupar com o futuro, não era da sua natureza ter preocupações que não poderiam ser resolvidas. Aproveitaria esses sentimentos, cantaria em plenos pulmões que amava e se estava sendo equivocada, ou muito romântica, pouco importava.
Nunca tinha se sentido assim, nem mesmo com Bruno, e faria como sempre fez. Viveria esse amor da melhor forma que conseguiria, sem se preocupar com o que pode acontecer. O presente era tudo o que ela tinha, e naquele instante, estava amando e ninguém poderia tirar isso dela.
Apesar de ser idealizadora do instituto Elisa Costa não era uma pessoa pública. Poucos poderiam dizer que a conhecem. Era uma pena, Catarina concluiu ao terminar de ouvir as últimas ideias para a comemoração do aniversário do lugar, porque Elisa era uma pessoa incrível. O rosto redondo era delicado, a pele escura brilhava tão jovem, tão linda, que Catarina sentiu as mãos formigarem para pegar a câmera e enquadrar a luz que se atravessa a pequena janela, refletindo nos cachos volumosos e escuros, iluminando os olhos castanhos lhe dando tons dourados.