Capítulo 4 - Idiota, estúpido e iludido

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"Alguém realmente se interessaria por mim?"

Han Jisung

— Vamos, ele está ali. Vai se desculpar. — Felix disse com a voz entre cortada pelo esforço que fazia, tentando a todo custo me empurrar para que eu me aproximasse do moreno que estava guardando algo no próprio armário.

— Eu realmente tenho que fazer isso? — Exclamei observando os movimentos de Lee Minho.

— Você prometeu que ia ser mais amável com o meu namorado. — Olhei pra Felix com ironia.

— Eu não prometi nada, Felix.

— Ok, você não prometeu. Mas concordou que ia tentar ser legal com ele, pelo menos até tudo voltar ao normal. — Resmunguei mal humorado. — Vamos Han. Ficarei aqui de longe pra ver se você não faz nenhuma burrada.

— Tá, tá, já estou indo! Mas saiba que você vai ficar me devendo pro resto da vida. — Sussurrei enquanto me afastava.

— O que quiser querido.—  Sorriu sínico.

— Lee Minho. — Murmurei quase sem voz  fazendo o moreno fechar seu armário com força e me olhar depois. — Eu queria...— Levantou o olhar para mim. — Eu queria me desculpar por ontem.

— Eu realmente fiquei muito bravo com você. Não sei o que te deu pra fazer uma brincadeira infantil daquelas. Isso é o que dá ao ficar andando com gente que não presta.

— Não mete Jisung nisso.

— Principalmente ele. Acaba pegando as maluquices dele. — O olhei com ódio. — Já te falei que ele não é uma boa companhia. — Continuava com as críticas sem notar meu olhar.

— Chega de falar sobre o Han, ok? — Falei seco tentando mudar de assunto antes que eu perdesse o controle e enforcar aquele garoto no meio de tanta gente. — Está tudo bem? — Minho concordou positivamente e ajeitou a mochila no ombro. — Então... — Respirei fundo e perguntei lentamente. — Me desculpa?

Eu estava impaciente. Mas tentei ser sútil o possível. Porque o que eu realmente queria era bater nele, espancá-lo até ver o sangue escorrer. Eu não sou violento, sou completamente contra a violência. Mas eu simplesmente não gosto de Lee Minho e de suas críticas.

— Está desculpado neném. — Sorriu e logo depois fez um biquinho. — Mas não volte a fazer esse tipo de brincadeira. Não tem graça. — Disse contundente beijando minha bochecha e entrelaçando sua mão com a minha.

Quando ele não estava olhando, tratei de passar a mão na bochecha recém beijada, limpando.

— Neném?— Questionei a mim mesmo num fio de voz sem perceber o contato que detinha, o que agora era uma mão quentinha de Lee Minho, que me puxava sutilmente caminhando para a sala de aula.

Provavelmente Lee não ouviu meu questionamento, pois estava entretido no celular. Eu estava sem entender nada, por que fiquei constrangido com um simples toque?

O que tem demais em andar com as mãos entrelaçadas?

[...]

A aula passou tão rápido quanto uma lesma, dei graças ao universo e sai da sala.

— Felix! — Fechei lentamente os olhos.

— Ah não. Não. De novo não. — Sussurrei pra mim mesmo antes do garoto se aproximar.

— Hoje à noite eu quero muito ir ao parque de diversões.

— E o que eu tenho a ver com isso?

if i were you;.                                               [minsung//knowhan]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant