Capítulo 11 - Os novatos

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— Ele finge ser alguém forte e malvado mas na verdade ele é... — Jisung sorriu como um idiota. — Ele é
a pessoa mais encantadora que eu já vi na minha vida.

O sorriso não saia do seu rosto, ele não conseguia parar de suspirar e lembrar o que aconteceu a algumas umas horas atrás.

— Eu não posso me apaixonar por ele, ele é namorado do meu melhor amigo, é o cara que vivia me atormentando... Eu deveria parar, não é?

Jisung sempre teve o costume de sentar e conversar com a lua, até porque ele não tem tantos amigos e a única que o escuta sem o julgar é ela.

— Ele está apaixonado pelo Felix, pelo corpo e alma do Felix e não pelo meu.
— Respirou fundo e logo riu desapontado. — Eu nunca tive medo de perder algo ou alguém até conhecer ele. Eu sei que estou sendo idiota e que no fim ele vai voltar pros braços do namorado e eu vou ficar sozinho. Tendo que assistir eles juntos todos os dias.

Só de pensar em algo como isso seu coração doía e suas mãos suavam. Ele não deveria pensar em despedidas assim tão cedo, mas não se pode evitar o inevitável.

Ele levou seus dois braços a altura de seu ombro, se abraçando forte. — Você não entende, eu amo o jeito sarcástico e mandão dele, amo o cabelo dele, principalmente o ruivo. Amo o olhar fundo e penetrante, amo o sorriso... Cara, é sério, é o sorriso mais lindo que eu já vi na minha vida.
Amo aquele corpo que me deixa de pernas bambas, amo as manias e...

Jisung não podia falar aquilo em voz alta, apesar de já ter dito. Ele se sentia tão culpado.

— Ah, não importa.

[...]

— Dá pra acreditar, vó? — Falou com um sorriso radiante.

Minho não conseguia para de pensar na noite anterior.

— Mas você ainda não sabia que ele te amava? — A senhora tecia seu croché enquanto balançava serenamente em sua cadeira de balança. — Quero dizer, sei que o moço tem problemas em demostrar seus sentimentos.

— Ele já disse "te amo" várias e várias vezes, mas eu sentia como se fosse da boca pra fora, eu não sentia verdade nas suas palavras. — Irene assentiu em concordância.

— E você o que sente? O ama? — Olhou para Minho por cima dos óculos de grau.

— Estamos juntos há quase um ano e agora ele me resulta tão surpreendente, tão divertioa, espontâneo, diz as coisas com intensidade. Quando eu o beijei ontem a noite foi diferente. — Fraziu o cenho aos poucos lembrando-se castanho claro em seus olhos. — Não sei explicar. Foi como se fosse a primeira vez. Como se fosse um novo  Lee Felix.

— Você não respondeu minha pergunta. — Irene deu sorriso singelo e Minho sorriu tão lindamente que o sorriso chegou ao olhos.

— Se alguém me fizesse essa pergunta há duas semanas atrás, eu não saberia responder. Mas agora... — Pausou em sua fala sorrindo se lembrando dos momentos. — Sim. Com toda certeza sim... Eu o amo! Como nunca antes.

Jisung passou a noite toda revirando em sua cama sem conseguir dormir. Não conseguia tirar aquele beijo de sua cabeça. A imagem dos beijos repetiam várias e várias vezes em sua mente como um filme insistente ou um disco arranhado.

E por incrível que pareça, ainda podia sentir o gosto da boca de Minho, e durante à noite, por muito tempo, passava levemente os dedos no local acariciando os próprios lábios. Desistiu de tentar pegar no sono, sabia que era uma missão impossível. Passou a madrugada em claro sem conseguir fazer outra coisa a não ser pensar em Minho. E de como beijá-lo era a coisa mais gostosa do mundo.

if i were you;.                                               [minsung//knowhan]Where stories live. Discover now