BBFY - 2 Nada será como antes. ↬ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛ

4.1 Te proteger de mim

Lili

— O que está fazendo aqui? — Cole me pergunta o óbvio após eu bater a porta de sua sala.

— O que acha que estou fazendo aqui? — Respondo, irritada.

— Meu Deus, Lili. Você não desiste? — Ele joga as palavras no ar, claramente irritado.

— Eu não sou você, Cole. E pouco me importa se você não quer me ver ou algo do tipo, nós temos um laço e isso sempre vai existir.

— Ah, não me diga!? — Ele debocha de mim, e fico cada vez mais irritada. — Vai dizer que me ama e que o que temos é único também?

— Esse laço se chama Anna, seu babaca idiota. — Grito querendo pular em seu pescoço.

— Não mete a minha filha no meio disso, Lili. — Ele enfatiza o substantivo.

— Acontece que ela também está sendo afetada com isso. Filha essa que você nem lembra, seu lixo! — Grito para ele, que me olha com os olhos paralisados.

— Olha, Reinhart, se veio até aqui para me insultar, quero que vá embora. — Ele diz após um segundos.

— Eu vim, de uma vez por todas, resolver o que temos que resolver, Cole. — Respondo, sem deixar de transparecer o meu ódio.

— Lil.. — Ele começa, mas o interrompo.

— Nem vem com essa de "Lil" pra cima de mim, você me disse que não iriamos falar por telefone — Comento depressa. —. Pois bem, agora estou aqui. Pode começar a falar.

— Você me chama de teimoso, mas na real você é muito mais teimosa do que eu.

— Não é questão de ser teimosa. Você simplesmente largou sua vida fazendo com que todos acreditassem em uma mentira.

— Você quem se convenceu disso sozinha, Lili. — Ele diz com toda a tranquilidade do mundo, e tenho vontade de matá-lo.

— Eu não me convenci sozinha, eu sei que não fez nada aquele dia. Eu sei, eu sinto. — Digo, ficando cada vez mais vulnerável.

— Você sempre acha que sabe de tudo, sempre a dona da razão. — Ele diz de forma rude.

— Não me venha com essa babaquice agora. Eu ja sei de toda história, mas quero ouvir de você.

— Lili, de qualquer forma, isso ja passou e ja foi, porque não consegue simplesmente deixar o passado no passado?

— Porque eu não aceito que a nossa história acabe assim Cole. — Admito, suspirando. — Olha tudo que passamos, tudo que conquistamos. Poxa nós temos uma filha.

— Acha que eu não sei disso? — Ele me olha seriamente.

— As vezes parece que não. Você à abandonou comigo sem se quer se explicar.

— Para de dizer que á abandonei, caralho! — Ele grita com ódio, mas não me intimida.

— Gritar você vai é com a sua mãe, Cole. Comigo não! — Digo sem pensar, e ele cala a boca.

— Você é impossível!!!!!

— Você que fez merda. — Jogo na cara dele, que revira os olhos.

No mesmo instante, duas batidas na porta chamam nossa atenção, e Cole encara a porta enquanto seus olhos nadam no sentimento mais profundo de ódio.

— Entra! — Ele enfim diz, e a porta revela uma mulher alta dos cabelos loiros e longos.

Mas será que todos nesse país tem dois metros de altura?