3.1 Surpresa

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Lili

— Você chorou!? — Alfonso repete incrédulo após eu contar o que houve na academia.

— Eu sei, é vergonhoso. — Digo, apertando o botão do controle do prédio.

— Meu Deus Lil quando eu penso que não da pra ficar pior você vai e me surpreende assim.

— Eu sei, eu também achava que não poderia ficar pior. Mas valeu pelo apoio moral. — Ironizo, estacionando na minha vaga.

— De nada querida. — Ele manda um beijinho. — Mas e ele, o que ele disse depois?

— Ele deixou eu me recompor sozinha, ai eu tomei um banho querendo morrer.

— Meu Deus, Lili. — Ele diz enquanto caminhamos até meu bloco. — Que vergonha alheia.

— Eu sei. — Aperto o botão do elevador, querendo é apertar com a minha cabeça.

— A amiga, pensa pelo lado bom, você não conhece ele, ele também não sabe onde você mora, a única coisa que ele sabe sobre você é que você é gostosa e patética.

— Você me ajuda tanto quando se trata de conforto, o que seria de mim sem você?

— Absolutamente nada. — Ele responde com um sorrisinho, e eu dou uma risadinha.

— Pelo menos a gente não chegou a transar.

— Espera, vocês não transaram? — Ele pergunta, boquiaberto.

— Não. — Dou de ombros enquanto saímos do elevador.

— A cada momento que se passa isso só piora. Pelo amor de Deus.

— Depois ele me pediu desculpas, disse que se ele tivesse feito algo que me magoou era pra mim perdoa-lo.

— E o que você disse? — Ele pergunta enquanto abro a porta.

— Absolutamente nada. Esperei com que ele saísse e tomei um banho, talvez na esperança de que a vergonha fosse lavada. — Dou de ombros enquanto entramos em casa.

— Me sinto culpado.

— Por que? — Encaro meu amigo, incrédula.

— Eu quem praticamente forcei você a ficar com Luke, mesmo quando você disse que não podia.

— Alfonso, não..

— Foi sim. Me desculpa, tá bem? Eu só queria ver a minha garota feliz novamente, quero ver você superando o traste do Cole e conseguindo refazer sua vida amorosa.

— Não tem o que desculpar. Você só tentou ser legal, e me encorajou também. E tá tudo bem, eu não ter conseguido terminar foi culpa minha, não sua.

— Mesmo assim, Lil. Isso não faz bem ao seu psicológico.

— Se você continuar insistindo que a culpa disso é sua eu vou te jogar da janela. — Ameaço, e ele da risada.

— Senhorita Reinhart!? — A doce voz feminina da nova babá de Anna ecoa pela sala, atraindo minha atenção.

— Sim, Clara. — Comprimento a mulher com um sorriso. — Enfim chegamos. Como foram as coisas?

BBFY - 2 Nada será como antes. ↬ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛOnde as histórias ganham vida. Descobre agora