0.8 Você traiu a minha confiança

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Lili

- Lili.. - Cole diz, incrédulo.- O que você fez?

Fico apreensiva com sua pergunta e prendo a respiração por dois segundos, enquanto cole franze sua testa esperando respostas.

- Eu.. eu não. Eu.. - Tento dizer, mas não consigo.

- Você transformou minhas obras em uma galeria de arte? - Ele faz questão de dar ênfase na palavra minha.

- Você.. não gostou?

- Porra! Não. - Cole estoura, e eu novamente prendo minha respiração.

- Eu..

- Você nada. Caralho, Lili. Essas porras eram uma coisa minha, uma coisa privada porra!! Eu mostrei pra você porque confiei em você, e na primeira oportunidade você transforma elas em um bando de telas?

- Para de gritar, vai assustar a Anna.

- Ah, por favor!

- Eu só queria ajudar, Cole.

- Ajudar?! - Ele para de falar quando avista um dos maiores quadros, que cobre praticamente uma parede inteira do lugar.

A minha pintura nua.

Incrédulo, ele anda até ela, e posso sentir o ódio que está sentindo em seu olhar.

- Cole..

- Caralho, Lili. Você é uma egoísta do caralho, eu não acredito no que eu tô vendo!

- Me perdoa. - Digo tão baixinho que quase não se dá para ouvir.

- Te perdoar? Caralho, Lili. Eu tô muito irritado contigo, até a pintura que eu fiz de você, essa era pra ser nossa, apenas nossa.

- Eu sabia que você iria ficar chateado quando visse, por isso não contei antes.

- Chateado?! Porra eu tô putasso, Lili você.. você. Mano, por que você não me esperou sair pra gente resolver isso juntos?

- Eu, não pensei nisso.

- Claro que não pensou, você só pensa em você. Nem parece que quem pintou essas obras fui eu.

- Pro seu consolo, elas estão fazendo muito sucesso, Cole!! - Digo para tentar aliviar a tensão, mas sinto que só piorei as coisas.

- Eu não pedi essa merda, Lili.

- Desculpa. - Digo baixinho.

- Cassete, você traiu minha confiança, e eu tô muito bravo.

- Eu tive meus motivos, Cole. Por favor!

- E que motivos são esses?

- Eu.. - Começo, mas não tenho coragem para terminar. - Não tô pronta pra contar ainda. Muitas coisas aconteceram dês de que você foi preso.

- Eu tô vendo.

- Eu só precisava fazer algo.

- Esse algo tinha que ser lançar as minhas obras sem a minha aprovação? - Ele faz questão de dar um ênfase na palavra "minhas obras" novamente.

- Eu não.. tava pensando direito.

- Claro que não tava, isso é um absurdo!! Você não poderia ter esperado eu cumprir a porra da pena para poder cogitarmos e realizar isso juntos?

- Cole, sei que você está chate.. bravo, mas poxa, tenta me entender. Eu não quis te deixar irritado, essa jamais foi minha intenção.

- Me ajuda a te entender então, Lil. Por que ultimamente você tem estado imprevisível demais, me rejeitando, ficando longe, não me conta mais as coisas. Nem parecemos ser noivos mais.

- Eu sei.

- Isso é tudo que você tem a dizer?

- Tô atrasada pro trabalho, Cole. - Digo ajustando Anna em meus braços.

- Trabalho, como assim?

- Kendall.

- Que? - Ele me pergunta incrédulo. - Não acredito que você voltou a trabalhar lá depois de tudo o que aconteceu.

- É mais ou menos isso.

- Só pode ser brincadeira. O que mais eu não sei?

- Cole, eu vou te esclarecer tudo, mas não agora. Agora eu preciso cumprir com minhas obrigações.

Ele balança a cabeça em negação, e eu me dirijo a porta da frente. Cole me segue, olhando para suas pinturas nas paredes.

De qualquer forma eu já esperava essa reação, afinal ele sempre valorizou muito essa coisa toda de ser discreto e tal. Mas achei que isso não teria importância já que ele foi preso.

Eu tava contando demais com seu lado compreensível, talvez não devesse pesar tanto a barra.

Apesar de tudo, tive motivos para isso, eu precisava distrair minha cabeça e me sentir mais perto de Cole, eu tava passando por uma fase bem difícil.

Mas nada justifica fazer isso pelas suas costas, sei que eu errei. E errei feio.

- Galeria Sprousehart!? - Cole lê na grande faixada da nossa galeria.

- Poisé.

- Isso é tipo, um shipp dos nossos sobrenomes?

- Sim. - Digo, sorrindo. - Não é criativo?

- É, sim. Bem criativo. - Cole diz, com sarcasmo, e eu reviro os olhos.

Depois de prender Anna na cadeirinha, eu suspiro no volante enquanto prendo o cinto na trava.

- Me deixa em casa, por favor.

- Quero que você me acompanhe está tarde no Kendall.

- Lil, não tô com cabeça pra te ver dançando em uma barra para outros caras.

- Você costumava gostar disso. - Digo para descontrair, mas Cole não está no espírito.

- Disse bem, costumava.

- Mesmo assim, já estou atrasada. Não posso parar em casa.

- Tá, tanto faz. De lá eu chamo um Uber.

- Como quiser. - Respondo e dou partida no carro.

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Ainda muitas revelações, por que vocês acham que Lili fez isso, especificamente?

BBFY - 2 Nada será como antes. ↬ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα