2.4 Nós teremos muito o que conversar

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Lili

— Cole! — Praticamente grito quando avisto meu ex entrando pela porta da recepção.

— Lil!? — Ele diz, e me jogo em seus braços.

— Graças a Deus. Eu estava com tanto medo de ficar aqui sozinha. — Confesso em meio a meus soluços.

— O que houve, Lil? — Ele pergunta confuso quando eu me recomponho ao chão.

— A Anna.. — Começo, e ele arregala os olhos. — Ela.. desmaiou eu acho.

— Como assim ela desmaiou, Lili? O que aconteceu?

— Eu não sei se foi bem um desmaio. Mas ela não reagia e estava com os olhos virados. Foi horrível.. por um momento pensei que.. ela.. — As lágrimas rolam com mais intensidade pelo meu rosto.

— Meu Deus. — Ele diz, com uma expressão preocupada. — Vem cá, pequena.

Ele me puxa e me envolve com os braços, e eu o abraço de volta, com firmeza. O contato caloroso no qual eu não sentia a uma semana preenche um pouquinho do vazio que se instalou em meu peito.

Após nos sentarmos no banco, deito minha cabeça no ombro de Cole enquanto esperamos alguma notícia. Ele segura minhas mãos enquanto elas tremem internamente.

Por um momento esqueço de toda a dor que eu senti durante essa semana, todas as lágrimas derramadas agora parecem ser quase nada. A dor que eu pensei que jamais poderia ser substituída, agora, parece fraca.

O medo de perder a minha filha é muito maior do que qualquer dor que eu já possa ter sentido, e tudo o que eu quero é que ela fique bem.

Se eu pudesse, mudaria de lugar com ela agora com qualquer que fosse a condição. Mesmo que pra isso eu precisasse sentir todas as dores do mundo. Eu só queria poder salva-la.

— Lil você está bem? — Cole aperta minhas mãos— Está tremendo feito uma doida.

— Eu só tô..

— Vocês são os pais de Rihannon Sprouse? — Uma voz masculina se dirige a nós.

— Sim, nós somos. — Respondo me levantando rapidamente. — Ela está bem né? Ela acordou?

— Calma senhora. Vou precisar que me acompanhem.

Olho para Cole, que tem uma expressão preocupada no rosto. Seus olhos estão tristes e sem esperanças.

Andamos juntos pelo enorme corredor, e Cole segura a minha mão firmemente. As lágrimas correm sem parar por meu rosto, e meu nível de preocupação se encontra no auge.

Quando chegamos a uma porta, que tem o número 78 estampado ao seu lado, o enfermeiro abre ela com cuidado, e encontro minha bebê em um berço, com os olhos abertos.

— Graças a Deus! — Digo, correndo para perto de minha filha.

— O que aconteceu, doutora? — Cole pergunta confuso para a mulher loira.

— Prazer, eu sou a doutora Rafa. — Eles apertam as mãos. — Primeiro, preciso perguntar. Há alguém com casos de epilepsia na família de vocês?

BBFY - 2 Nada será como antes. ↬ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛWhere stories live. Discover now