14. Claimed

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Este capítulo é super grande, por isso, de nada! :p

Não revi!

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“Eu acho que ele não vai deixar, Tori.” Eu declaro, enquanto ando lado a lado pelos enormes corredores com a Victoria – ou Tori – à procura do Harry.

“Claro que ele vai. Tem fé, Sky.” Eu suspiro. Ele muito provavelmente não vai deixar só porque sabe que talvez haja uma possibilidade de eu me divertir com a Tori… Ou então, ele até vai porque ele não se importa se eu me divirto ou não, desde que eu mantenha-me fora do seu caminho.

Eu olho para ela e ela sorri-me, enquanto mete uma madeixa do seu cabelo castanho escuro por detrás da sua orelha. Eu não compreendo porque é que ela quer ser minha amiga e isso refletiu-se na primeira vez que nos vi-mos. Ela contou-me como era namorada de um dos maiores amigos do Harry e que queria conhecer-me melhor. Não percebo o porquê de ela querer-me conhecer melhor, afinal de contas, eu sou uma mera humana, como diz o Harry.

Nós paramos quando estamos diante de uma enorme porta dupla preta.

“É este o escritório dele?” Eu pergunto. As minhas mãos começam a soar um pouco com a ideia de voltar a vê-lo e só me apetece voltar para trás. Se ele me tem andado a evitar ou ignorar é porque não quer, certamente, me ver e vir interrompê-lo agora… simplesmente não me faz sentir muito confortável.

“Sim. Não sabias?” Ela questiona franzindo as sobrancelhas. É verdade... ela ainda não tem conhecimento da minha relação super-funcional com o Harry.

“Não…” Eu respondo e o meu tom dá a entender que gostaria de parar de falar deste tema. Contudo, não o digo com medo que ela se ofenda e eu não quero isso.

Ela sorri levemente na minha direção entendendo e bate à porta.

“Entre.” Eu ouço uma voz responder do outro lado da porta.

Quando entramos, o seu escritório é exatamente como eu esperava: organizado, em tons escuros e intimidante.

Eu olho para ele e ele está sentado na cadeira atrás da sua secretária, com uma caneta na mão, vários papéis à sua frente e… a olhar atentamente para mim.

“Em que vos posso ajudar?” Ele pergunta, gesticulando para que nós nos sentemos perante ele nas cadeiras pretas.

“Nós viemos aqui pedir permissão para ir ao shopping.” Declara Tori por mim.

“Definitivamente, não.” Ele diz sem pensar duas vezes num tom frio.

“O quê? Porquê?” Eu questiono com um pouco de incredulidade. Ainda havia uma pequena amostra de esperança nos confins da minha mente, no entanto esta acabou de ser esmagada.

“Porque não. E não é não.” Ele responde decisivamente.

“Tori, será que podias deixar-nos a sós por uns momentos?” Eu não sei o que me fez dizê-lo ou como é que esta coragem apareceu repentinamente.

“Claro.” E num abrir e fechar de olhos, ela já não se encontra mais ao meu lado.

Eu volto a olhar para o Harry e ele já está a olhar para mim.

“Por favor, deixa-me ir, Harry.” Eu suplico.

Ele suspira e massaja as suas têmporas. “Porque é que queres tanto ir ao shopping? Eu pensava que não te interessavas com roupa, pelo que me pareceu.”

“E não me interesso, é só que… eu tenho estado sempre aqui, fechada na sala de cinema, sem falar com ninguém, sem fazer nada, sem ser ver filmes, séries e comer. Não é que eu não o goste de fazer, porque eu gosto, mas é que eu estou habituada a sair de casa, apanhar ar fresco e estar enclausurada entre quatro paredes tem-me dado em doida.” Eu tento explicar-me da melhor forma, decidindo não dizer-lhe que sinto falta dos meus pais e quero vê-los. Um passo de cada vez.

EmpireWhere stories live. Discover now