13. Getting Rid of Me

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13. Getting rid of me

Depois de ter voltado a dormir novamente sozinha no ‘nosso quarto’, eu tomei um duche após muito esforço por parte da criada para me ensinar como usá-lo. Aquilo tem de ser feito com toques num ‘tablet’ (segundo ela) colado à parede, onde pudemos regular o quão quente e fria está a água, a música que ouvimos, as luzes, se queremos em modo de massagem, etc. Nunca tinha visto algo assim.

A criada trouxe-me também um vestido branco de manga comprida e um casaco comprido preto. Não estava frio aqui, pois o chão tem reguladores, ou seja, nós pudemos regular o quão quente está o chão e paredes, para o caso de estarmos com frio ou calor.

Eu olho-me ao espelho e sorriu fracamente. O meu cabelo está todo hidratado e bem penteado, as minhas roupas parecem custar mais do que todo o dinheiro que as pessoas do Lugar dos Humanos tem e… eu sinto-me bonita.

Contudo, eu tenho saudades dos meus pais. Muitas mesmo. Mas, eu sei que eles estão bem; é o meu sexto sentido que mo diz e eu acredito, por isso estou aliviada… Também, algo em mim acredita naquilo que o Harry disse sobre os meus pais serem transferidos para um novo e melhor lugar com melhores condições.

Eu sento-me na cama e suspiro, apoiando a minha cabeça nas minhas mãos.

Eu quero tanto ir ter com ele.

Ugh! Porquê! É suposto eu odiá-lo depois de tudo, mas não, eu estou aqui, feita parva a imaginar diferentes cenários onde eu e ele estamos juntos ou que pelo menos ele dá-me o mínimo de atenção.

Eu não sou nenhuma expert sobre almas gêmeas, no entanto eu sei o quão importantes elas são para os Shifters. Deus, as almas gêmeas são tudo para eles! Mas, já não basta que eu, uma mera humana, como o Harry diz tenha de ser a alma gêmea de um Shifter, tem de ser do Alpha deles e ele tem de praticamente evitar-me e ignorar-me a todo o custo!

Indesejavelmente, eu sinto uma pequena lágrima a escorrer-me do canto do olho e eu limpo-a logo. Eu só quero a minha vida de volta. Por muito má e difícil que ela fosse, pelo menos eu era… feliz.

Porque é que ele me ignora? Porque é que ele não quer passar tempo comigo? Eu estou tão confusa… Eu não quero passar tempo com ele, mas ao mesmo tempo quero…

“Porquê…?” Eu sussurro, voltando a esconder a minha cara nas minhas mãos.

“Porquê o quê?” Eu quase salto da cama com o susto quando ouço a voz dele.

“Deus! Harry! Tu assustaste-me!” Eu exclamo, pondo uma mão por cima do coração, como se isso fosse acalmar o batimento. Claro.

Pelo canto do meu olho eu vejo que ele está vestido, como sempre que eu o vejo, num fato preto.

Eu desvio logo o olhar e forço-me a conter as lágrimas. Porquê tão emocional, Sky?

“Está tudo bem?” Ele parece querer perguntar mais, muito mais, mas limita-se.

“Sim, claro. Precisas de alguma coisa?” Eu continuo sentada na cama, a brincar com as mãos e a olhar para os meus pés descalços. Sempre gostei de andar descalça, principalmente quando era mais nova perto de casa na relva. Agora, no Lugar dos Humanos, já não há tanta possibilidade para tal; nunca se sabe as doenças que se pode apanhar por estar simplesmente descalça.

“Sim. Eu tenho algumas coisas que gostaria que visses.” Ele aproxima-se e estende a mão para mim.

Deus, só o pensamento de lhe tocar somente com as pontas dos meus dedos faz borboletas na minha barriga.

Eu olho para ele e ele está-me a observar atentamente com aqueles olhos verdes e eu sinto-me um pouco sob pressão.

Eu molho os lábios com a minha língua e dou-lhe a mão, levantando-me de seguida.

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